terça-feira, 29 de outubro de 2019

Bolsonaro amplia a miséria e corta BPC

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Nossa dificuldade para separar o principal do secundário chegou a um ponto máximo por esses dias.

Enquanto colunistas e até o decano do STF se indignavam debatendo a semiótica de leões e hienas num vídeo publicado no site de Bolsonaro, a máquina federal ocupada em mastigar direitos dos mais pobres prossegue seu trabalho incansável, sem ser incomodada por ninguém.

Não fosse pelo trabalho do repórter Thiago Rezende, da Folha de S. Paulo, ninguém teria sido informado sobre um novo avanço no programa de exclusão social em curso no país.

Vitória na Argentina e o papel decisivo da TV

Por Antonio Lisboa, no site Jornalistas Livres:

No retorno da esquerda ao poder na Argentina há um personagem fundamental que não pode passar despercebido: a televisão. Não fossem alguns elementos televisivos, dificilmente a esquerda teria vencido ontem. E o que digo aqui não é movido a elucubrações, apego à ideias específicas e especulações teóricas, mas a certos fatos concretos:

1) A enorme ousadia dos empresários que insistiram em manter os riscos financeiros de se sustentar um canal privado de esquerda, o excelente C5N, em pleno governo Macri. No início, o canal sofreu perseguição jurídica e policial e chegou a ser vendido e mudar de linha editorial, inclusive demitindo alguns de seus maiores apresentadores, mais afinados à esquerda. Mas a experiência não deu certo, pois o público cativo do canal já era de esquerda e, meses depois, voltou ao comando original numa aposta corajosíssima de seus empreendedores (sim, neste caso, o termo é este, gostemos ou não). Com o ato ousado, seus principais apresentadores voltaram ao ar, entre eles, Victor Hugo Morales, Gustavo Sylvestre, Pedro Brieger, Ivan Schargrodsky, e outros.

Bolsonaro não está à altura do cargo

Por Umberto Martins

Pressionado pela forte reação negativa da sociedade e do STF, o presidente Jair Bolsonaro foi constrangido a retirar do ar o vídeo bizarro e fascistóide que postou ou mandou postar nas redes sociais. Nesta terça (29), ele confessou que errou, pediu desculpas pelo inacreditável conteúdo e prometeu retratação.

Na peça, temperada pelo amadorismo e a estupidez política, o “Mito” aparece como um leão acossado por hienas. Essas são identificadas como o STF, a CNBB, a ONU e o próprio partido pelo qual se elegeu (PSL), sem contar os inimigos de sempre como PT, PCdoB e MST. Ou seja, revela uma situação de isolamento político da qual se esquiva com a ajuda de outro leão, designado de “conservador patriota”.

Gilberto Carvalho e PT processam a 'Veja'

As caravanas do país na Vigília Lula-Livre

Imprensa e o ovo da serpente do bolsonarismo

O fracasso de Macri e o acerto de Cristina

Bolsonaro patina na economia

Sistema Bolsonarista de TV (SBT) demite!

Por Altamiro Borges

Enquanto o “topa tudo por dinheiro” do SBT bajula o fascistoide Jair Bolsonaro em busca por mais grana, os profissionais da sua corporação empresarial vivem momentos de angústia. Nos próximos dias, o Grupo Silvio Santos deve demitir cerca de 150 funcionários – incluindo jornalistas do Sistema Bolsonarista de Televisão (SBT). O motivo alegado para o facão é a piora da crise econômica, apesar do noticiário da emissora ludibriar seus telespectadores midiotas com a bravata de que o Brasil ruma celeremente para o paraíso.

Bolsonaro, as hienas e o leão acuado

Por Altamiro Borges

O “capetão” Jair Bolsonaro tem mania de perseguição. Ele até parece possuir um grave distúrbio psicológico. Recentemente, o esquizofrênico revelou que dorme com sua arma ao lado da cama para evitar “atentados”. Nesta segunda-feira (28), ele – ou seu filho 02, o Carluxo, que é mais doente ainda e manda na conta do pai no Twitter – postou um vídeo em que se compara a um leão acuado por hienas. A montagem é patética!

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Eleição na Argentina e as reações da mídia

Alberto Fernandez clama por Lula Livre

A derrota do neoliberalismo na Argentina

Do site Vermelho:

Deputados e lideranças de diferentes partidos veem na eleição do presidente eleito Alberto Fernández e a vice Cristina Kirchner na Argentina a derrota das políticas neoliberais que afundaram a economia daquele país.

A vitória da chapa Fernández-Cristina representa o retorno dos peronistas ao poder e o fim do governo neoliberal de Mauricio Macri, mandatário que, desde 2015, protagonizou um mandato marcado por profunda crise social e econômica.

CPMI pode identificar fábricas de mentiras


O sociólogo Sérgio Amadeu, professor associado da Universidade Federal do ABC (UFABC), diz que a a Comissão Parlamentar de Mista de Inquérito (CPMI) que investiga notícias falsas nas redes sociais vai ter muito trabalho pela frente para identificar as “fábricas de desinformação” que foram utilizadas durante a campanha eleitoral do ano passado. Ele afirma que a partir dos metadados de postagens patrocinadas no Facebook e disparos em massa no Whatsapp é possível chegar aos responsáveis que financiaram ilegalmente esses esquemas.

As novas mentiras do ministro "lacrador"

Por Cleo Manhas, do Inesc, no site Outras Palavras:

Ao anunciar que o governo liberaria todo o recurso contingenciado do MEC para o ensino superior, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, se julgou “lacrador”. Sem entrar na questão da falta de maturidade que o cargo ocupado por Weintraub exige, há ainda dois problemas. Primeiro, ninguém “lacra” anunciando o que é obrigação do governo, ou seja, liberar o recurso que as instituições federais precisam para fechar o ano com as contas pagas.

A única ameaça a Bolsonaro

Por Vinícius Mendes, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Este outubro que o calendário encaminha para o fim é, deste lado do mundo, mais um desses meses que permanecerão durante muito tempo como parte de nossas características nacionais. Há muitos desses na história da América Latina, como o janeiro da Revolução Cubana, em 1959, o março da Guerra da Água, na Bolívia, em 2000, o abril da tentativa de golpe de Estado na Venezuela, em 2002, ou mesmo o junho de 2013, no Brasil – todos eventos fundamentais para explicar os países que eles são hoje. A hesitação em acabarem também são, como nos livros de Gabriel García Márquez, manifestações inequívocas do nosso realismo mágico.

Porém, enquanto boa parte da América se rebela, o Brasil – das mesmas demandas – se silencia.

A luta pelos direitos sociais no Chile

Ilustração: Rice Araújo/Rebelión
Por Raoní Beltrão do Vale, no site da Fundação Perseu Abramo:

Há duas semanas o Chile vive a sua maior crise política desde o fim da ditadura. Iniciada com o aumento da tarifa dos transportes, em uma semana, a convocatória secundarista a saltar roletas do metrô se transformou na maior mobilização social em décadas.

O presidente Sebastián Piñera contribui à revolta, primeiro, invocando a Lei de Segurança Nacional contra manifestantes, segundo, declarando Estado de Emergência e Toque de Recolher por todo o país e, terceiro, anunciando medidas insuficientes e tardias.

Aos secundaristas se somou a Unidade Social, cem sindicatos e os movimentos por: água, assembleia constituinte, direitos das mulheres e migrantes, educação, justiça e memória, moradia e terra; e contra as previdências privadas, tratados de livre comércio e pedágios.

O cérebro tarado de Jair Bolsonaro

Por Fernando Brito, em seu blog:

Confesso que me sinto tentado a ouvir um psicólogo – ou mesmo um psiquiatra – para entender a estranha dinâmica daquilo que ocupa a caixa craniana do sr. Jair Bolsonaro.

Francamente, nem em Freud descobre-se tamanha obsessão por sexualizar as relações humanas que a política expressa.

Dos “namoros” e “noivados” em que se declarou com Rodrigo Maia, Dias Toffoli e outras autoridades da República até a grosseiríssima “brincadeira” de perguntar a Sergio Moro se faria um “troca-troca” com Ricardo Salles, o infeliz do meio ambiente, tudo é sexo no universo bolsonariano.

A derrota do candidato do FMI na Argentina

Por Leonardo Wexell Severo, de Buenos Aires:

O candidato da Frente de Todos, Alberto Fernández, foi eleito presidente da Argentina neste domingo (27) derrotando o atual mandatário e candidato do Fundo Monetário Internacional (FMI) à reeleição, Mauricio Macri, por 48,03% a 40,45%.

Com 97,58% dos votos apurados, não havia forma de reversão. No país, para vencer a eleição é necessário obter 45% dos votos ou 40%, com pelo menos dez pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado.

Alberto Fernández tem como companheira de chapa Cristina Kirchner, senadora, ex-presidente (2007-2015) e viúva do também ex-presidente Néstor Kirchner, falecido em 2010 e que é um ícone nacionalista.

A correção de rumo na América do Sul

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A espetacular vitória de Alberto Fernandez-Cristina Kirchner na Argentina mostra que está em curso uma correção de rota à esquerda na América do Sul, após uma guinada passageira em direção a governos conservadores.

Se Maurício Macri foi derrotado em primeiro turno, o que é sempre uma demonstração de força do lado vencedor, o prolongado cerco popular enfrentado por Sebastian Pinera em Santiago sinaliza o esgotamento sem retorno de uma experiência conservadora iniciada em março de 2018.

Pinera promete entregar todos os anéis ministeriais na esperança de não perder todos os dedos presidenciais.