domingo, 24 de novembro de 2019

Câmara isenta racismo de deputados do PSL

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Os deputados do PSL têm se sentido cada vez mais à vontade para barbarizar a vida política brasileira. Até o ano passado, Jair Bolsonaro era um dos poucos parlamentares que usava o mandato para expressar seu desprezo pelos valores democráticos. Com o bolsonarismo, isso virou padrão. Todo dia tem um figurão do PSL xingando opositores, atacando as instituições, perseguindo jornalistas, exaltando assassinos e fazendo ameaças de todo tipo contra a democracia. A coisa já está fora de controle.

Bolsonaro golpeia recursos para a saúde

Por Alexandre Padilha, no jornal Brasil de Fato:

Com a falsa promessa de atender os mais necessitados, Bolsonaro faz o maior ataque da história ao princípio da universalidade do Sistema Único de Saúde (SUS).

A portaria do novo financiamento dos recursos para que os municípios possam abrir e colocar para funcionar unidades básicas de saúde, imunização e ações e prevenção visa impedir que o SUS atenda a todos.

Essa nova portaria baseia o repasse de recursos aos municípios não mais pelo tamanho da população e por indicadores de vulnerabilidade, e sim pelo número de pessoas cadastradas pelas equipes de saúde da família.

O neofascismo em marcha no Brasil

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Ao lançar as bases do primeiro partido neofascista que chegou ao poder pelo voto no Brasil, Bolsonaro abriu as cartas do seu jogo da morte: ele só está em busca de um pretexto para botar as tropas na rua.

Cada vez mais isolado no mundo e aqui dentro, com o país cercado por rebeliões populares pra todo lado nos países vizinhos, a plataforma da Aliança Pelo Brasil, nome de fantasia do partido da familícia, o capitão presidente soltou seus cachorros loucos para provocar um confronto com as oposições, que não reagiram.

No Equador, na Bolívia, no Chile e, agora, também na Colômbia, o povo foi às ruas contra os governos, mas aqui pode acontecer o contrário: o próprio governo ir às ruas contra o povo.

O autoritarismo líquido do século XXI

Por Pedro Estevam Serrano, no site A terra é redonda:

Uma das grandes preocupações daqueles que, no campo da política e do Direito, se dispõem a debater e a compreender este começo de século é o surgimento de novas formas de autoritarismo e de uma crescente onda de medidas autoritárias instauradas no interior de regimes democráticos. Em várias partes do mundo e, especialmente na América Latina e no Brasil, assistimos ao recrudescimento dessas medidas, que resulta em brutais retrocessos no campo dos direitos. Em meus artigos, livros e entrevistas, já há alguns anos venho também me dedicando a entender as características do fenômeno, a que tenho chamado de autoritarismo líquido.

Frente Ampla e o segundo turno no Uruguai

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O segundo turno da eleição uruguaia entra na reta final num cenário de polarização política e disputa acirrada. Há um relativo favoritismo do direitista Lacalle Pou, do Partido Nacional.

No 1º turno, Daniel Martínez da Frente Ampla [FA] liderou com 39%, livrando mais de 253 mil votos de diferença sobre Lacalle Pou, que ficou em 2º lugar com 28,6% dos votos.

Uma diferença bastante significativa a favor de Martínez, considerando-se o pequeno colégio eleitoral uruguaio de 2,4 milhões de eleitores. Apesar dessa expressiva diferença, entretanto, os sinais indicam dificuldades para a conquista do 4º mandato consecutivo da Frente Ampla.

Golpistas da Bolívia reprimem até os mortos

Por Eric Nepomuceno

O que está acontecendo na Bolívia desde o golpe que derrubou e despachou para o exílio o presidente Evo Morales é, além de trágico, de uma perversão sem limites.

A fúria descontrolada da polícia militarizada ganhou nos últimos dias um reforço extra com a participação, nas ações dirigidas principalmente contra indígenas e apoiadores do presidente deposto, de tropas do Exército.

Desde a derrubada de Evo Morales e a entrada em cena da autoproclamada presidente Jeanine Áñez mais de 30 bolivianos foram mortos.

E o que se viu em La Paz na quinta-feira, dia 21, mostra que a brutalidade sem limites não poupa sequer os mortos dessa violência.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Fator Carlos Bolsonaro vai mexer na política

O clã Bolsonaro e o caso Marielle

O Dia Nacional da Consciência Negra

O país do porteiro é o país do medo

Por Fernando Brito, em seu blog:

Por incrível que pareça, há verdade no que falou o porteiro do condomínio Alberto Jorge Mateus ao dizer que se sente “pressionado por ele mesmo”.

Estamos todos.

Até uma conversa de botequim com desconhecidos, historicamente um hábito do carioca, passou a exigir cuidados e contenção.

Vai que é um fanático?

O Brasil do ódio, do policialismo, da agressividade e do “escracho” que se formou nos últimos seis anos, de uns tempos para cá, também se tornou o Brasil da milícia e da bala.

O temor dos diplomatas venezuelanos

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Uma semana após a embaixada da Venezuela em Brasília ter sido invadida por um grupo de extrema direita, os diplomatas que trabalham e vivem no local continuam a temer por sua integridade física. “Nos preocupa a questão da impunidade”, diz o encarregado de Negócios Freddy Meregote, representante do país no Brasil – desde 2016, em protesto ao golpe contra Dilma Rousseff, não foi nomeado um novo embaixador. “Como ninguém foi punido, a embaixada ficou vulnerável. A qualquer momento podemos ser atacados por facínoras.”

Os 30% de Bolsonaro revelam fraqueza

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Alguns analistas consideram que os 30% de apoio que Bolsonaro ainda mantém, segundo as pesquisas, devem ser vistos como uma fortaleza inexpugnável. Ressalvando que algumas sondagens situaram seu contingente de apoiadores até abaixo deste patamar, é preciso contextualizar estes dados politicamente.

Primeiro não podemos perder de vista que todas as pesquisas, incluindo as dos institutos mais tradicionais como Datafolha e Ibope, registram queda acentuada da popularidade de Bolsonaro em todas as faixas de renda, níveis de escolaridade, idades, gêneros e regiões do país. A perda de terreno que mais chama a atenção se dá entre os mais pobres.

Rede Globo assustada com Bolsonaro

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Rede Brasil Atual:

As Organizações Globo estão assustadas. Nunca antes em sua história foram tão atacadas como neste governo. Não que em outros momentos não tivesse sido tachada de parcial e golpista. A diferença, desta vez, é que os ataques passam da escala verbal para a material. A ameaça do presidente da República, Jair Bolsonaro, de não renovar as concessões dos canais de TV e o apelo aos anunciantes para que deixem de veicular propagandas nos veículos globais têm como alvo a própria sobrevivência da empresa. Para não se falar no fim da exigência da publicação de balanços em jornais impressos e no corte radical das verbas publicitárias oficiais passando a favorecer as concorrentes SBT e Record.

Bolívia: e os indígenas resistem ao golpe…

Foto: Natacha Pisarenko/AP Photo
Por Álvaro García Linera, no site Outras Palavras:

Feito densa neblina noturna, o ódio percorre ferozmente os tradicionais bairros de classe média urbana da Bolívia. Seus olhos transbordam de ira. Não gritam, cospem; não reclamam, impõem. Seus clamores não são pela esperança nem pela irmandade, são de desprezo e de discriminação contra os índios. Montam suas motos, sobem em suas caminhonetes, agrupam-se em suas confrarias e faculdades privadas e saem à caça dos índios atrevidos que tiveram a coragem de arrebatar-lhes o poder.

Luiz Gama, o primeiro jornalista negro

Por Karina Berardo, no site da Fundação Maurício Grabois:

“A escravidão é uma espécie de lepra social: tem sido muitas vezes abolida pelos legisladores e restaurada pela educação sob aspectos diversos”. A frase é de Luiz Gama, primeiro jornalista negro do Brasil e foi escrita em 1876, mas permanece atual. O baiano Luiz Gama nasceu em 21 de junho de 1830. Aos 10 anos, filho de uma mulher brasileira negra e de um português branco, ele foi escravizado, condição que permaneceu até os 18 anos, quando conseguiu provar que nasceu livre.

Fascismo e racismo de mãos dadas

Por Paulo Pimenta, no site da Fundação Perseu Abramo:

Não há dúvida sobre o fato que marcará para a história a passagem do dia 20 de novembro, em que se celebra a memória da morte de Zumbi dos Palmares, nesse ano de 2019. A exposição “(Re)existir no Brasil: Trajetórias Negras Brasileiras”, de peças informativas e artísticas organizada pela Curadoria da Câmara dos Deputados no túnel de acesso ao Plenário Ulysses Guimarães, nesse mês da Consciência Negra.

É tudo pago: o Chile além da desigualdade

Por Emilio Chernavsky, no site Brasil Debate:

O que iniciou com protestos localizados contra o segundo aumento no ano na tarifa do metrô de Santiago, capital do Chile, se transformou num movimento de grandes proporções que se alastrou em todo o país e gerou enormes manifestações populares contra o governo que, recebidas com violenta repressão policial, resultaram em dezenas de mortes e milhares de presos e feridos.

Os acontecimentos surpreenderam quem acompanha à distância os indicadores macroeconômicos do país, que apontam nas últimas décadas taxas de crescimento entre as maiores da América Latina, baixas taxas de inflação e contas públicas equilibradas, dando insumos a órgãos multilaterais como FMI e Banco Mundial e a analistas conservadores que colocam o Chile como exemplo a ser seguido.

Racismo marca Dia da Consciência Negra

Da revista CartaCapital:

O professor do curso de Jornalismo da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Juarez Xavier, foi vítima de racismo e de um ataque a canivete na quarta-feira 20, em Bauru, dia em que se celebra a Consciência Negra. A vítima relatou o caso em seu Facebook.

Segundo o policiamento da área onde o crime ocorreu, Xavier estava caminhando na Avenida Nações Unidas quando um homem passou e chamou-o de “macaco”. A vítima questionou a ofensa e foi derrubado no chão pelo agressor, que o atingiu com um canivete. Xavier sofreu duas perfurações superficiais, uma no ombro e uma no tórax.

Primeiro passo diante do agressivo Guedes

Por João Guilherme Vargas Netto

Uma coisa é certa: Guedes e Cia querem fazer no Brasil o que o FMI fez na Grécia em 2010 (veja a descrição disto no livro de Paulo Nogueira Batista Jr. – “O Brasil não cabe no quintal de ninguém”, da editora Leya Brasil, especialmente na página 203).

Frente a essa sucessão de medidas e propostas agressivas é até compreensível um grau de atordoamento, como o de um boxeador encurralado no canto do ringue.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

O racismo mata, mutila, machuca

Por Abigail Pereira, no site Vermelho:

Nesta quinta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra, o deputado federal Coronel Tadeu (PSL), da base do governo Bolsonaro, destruiu charge do artista Latuff que denunciava a violência policial contra os negros em exposição na Câmara dos Deputados. Em 2018, dois trogloditas candidatos que depois viraram deputados, também apoiadores de primeira hora de Bolsonaro, destruíram placa em homenagem a Marielle, vereadora negra brutalmente assassinada.