sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Bolsonaro volta a atacar os jornalistas

Inflação foi mais alta para os mais pobres

Da revista CartaCapital:

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o ano de 2019 em 4,31%. A taxa é superior aos 3,75% observados em 2018, segundo dados divulgados nesta sexta-feira 10 pelo Instituto Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa também ficou acima do centro da meta de inflação, estipulada pelo Banco Central para 2019, um valor esperado de 4,25%. O grupo de alimentação e bebidas foi o setor que teve maior variação e maior impacto – ou seja, pesou mais no bolso dos brasileiros -, com alta de 6,84% nos preços.

Bolsonaro e seu exército de Brancaleones

Por Sergio Araujo, no site Sul-21:

Jair Bolsonaro não sabe falar direito. Se atrapalha com a língua pátria e por isso mesmo tropeça nas ideias e não consegue se fazer entender. O que se por um lado é ruim – transparência não só é uma exigência constitucional para quem exerce cargo público, mas uma pré-requisito cada vez mais cobrado pela sociedade -, por outro é bom, pois evita que o pior dele seja explicitado e gere mais temor pelo que está por vir.

2019 bateu recorde de empregadas domésticas

Por Juliane Furno, no jornal Brasil de Fato:

O fim de 2019 veio carregado de más notícias: uma economia praticamente estagnada; desemprego persistente; queda da renda média dos trabalhadores; aumento da desigualdade e concentração de renda; elevação dos ganhos na faixa dos super ricos à revelia da perda de rendimento dos mais pobres.

Um dos sintomas de uma coalização política como a liderada pelo conservador Jair Bolsonaro (sem partido), e tendo como representantes da política econômica a fina flor do liberalismo, é a junção de uma economia que não deslancha, ou seja – um “bolo” que se mantém pequeno – e, uma divisão cada vez menos equânime da riqueza criada, ou seja – cada vez mais a fatia dos mais ricos se torna maior e a parte pertencente aos trabalhadores míngua.

A boçalidade do ministro da Educação

Por Renato Rovai, em seu blog:

Alguns cargos de um governo merecem o mínimo de respeito. Um deles é o reservado à Educação. Isso vale para municípios e estados, não apenas para o governo federal.

Não se escolhe um analfabeto funcional para tocar a gestão municipal nesta área na cidade mais minúscula. A secretaria da Educação sempre é reservada para alguém que seja uma referência no setor ou que tenha títulos que lhe permitam ocupar o cargo.

Isso está sendo destruído por Bolsonaro neste seu primeiro ano de governo. Vélez e agora Weintraub não passariam num concurso nem pra ser administradores de uma pequena escola.

Assim os impérios cometem suicídio

Por Chris Hedges, no site Outras Palavras:

O assassinato, pelos Estados Unidos, do general Qassem Soleimani, chefe da força de elite Quds do Irã, deflagrará ataques retaliatórios múltiplos contra alvos norte-americanos por parte dos xiitas, que são a maioria no Iraque. Ativará insurgentes e grupos paramilitares apoiados pelo Irã no Líbano, Síria e outras partes do Oriente Médio. O caos de violência, Estados falidos e guerra, resultados de duas décadas de insanidades e erros dos EUA na região, vai converter-se numa conflagração ainda mais vasta e perigosa. As consequências são dramáticas. Além de os norte-americanos se verem sob cerco no Iraque, e talvez expulsos – resta apenas uma força de 3,2 mil soldados no Iraque, todos os cidadãos foram aconselhados a deixar o país “imediatamente” e os serviços consulares, fechados – a situação pode descambar para uma guerra direta contra o Irã. O Império Americano, parece, não morrerá com um lamento, mas com uma explosão.

Agrotóxicos e a mortalidade na infância

Por Robson Ribeiro, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O estudo desenvolvido como pesquisa de mestrado em Desenvolvimento Territorial da América Latina e Caribe na Unesp buscou compreender a relação entre os riscos introduzidos nos territórios rurais com a modernização do campo e o consequente alargamento das desigualdades socioterritoriais, a partir do processo de otimização da produção agrícola, especificamente no cultivo do tomate.

Concomitante a isso, entender as conexões entre a intensificação da precarização do trabalho e a utilização de agrotóxicos visando alavancar a produtividade na relação com o aumento significativo de casos de mortalidades na infância (0 a 5 anos) no município de Ribeirão Branco, região do Vale do Ribeira, São Paulo.

"Moro será desconstruído na vida política"

Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:

O elemento mais flagrante da entrevista com Lula feita pelo DCM - a melhor dele desde que saiu da cadeia - é a diferença de estatura para o palhaço pirulito que ocupa a cadeira atualmente.

Lula contou sobre o acordo com o Irã, descumprido pelos EUA, num assunto que viraria naquele mesmo dia alvo de fake news de Jair Bolsonaro.

Um dos pontos altos foi a chamada para a briga com Moro.

Cheio de gás, com sangue no olho, o ex-presidente quer ver seu perseguidor num terreno neutro, livre, em que o outro não esteja blindado e a briga possa evoluir de igual para igual.

Chama-se democracia.

Quem ganha no voto?

Retomar os trilhos do desenvolvimento

Por Amir Khair e Paulo Gil Souza, no site da Fundação Perseu Abramo:

Entre as décadas de 1930 e 1980, a economia brasileira cresceu em média 7% ao ano. A redução do PIB em 4,1% de 1981 em relação a 1980 marcou o final deste ciclo de crescimento. Durante o período o país deixou de ser uma economia agrária exportadora de primários, e se transformou em país de predomínio urbano dotado de uma economia complexa.

A expressiva ampliação da riqueza nacional e a profunda transformação da economia brasileira do período não se traduziu na diminuição das desigualdades sociais, econômicas e regionais. Tampouco o Brasil consolidou um sistema de seguridade social, e manteve as marcas da exclusão com as altas taxas de analfabetismo e pobreza.

Bolsonaro tenta destruir o 'Bolsa Família'

TeleSur aborda as tensões entre EUA e Irã

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

A desigualdade mata no Brasil!

A situação da cultura é preocupante

Indústria derruba a euforia do "agora vai"

Por Fernando Brito, em seu blog:

O IBGE anunciou hoje que a produção industrial brasileira caiu 1,2% em novembro, comparada à de outubro, e 1,7% comparada a de novembro de 2018.

É o dobro das expectativas colhidas no mercado financeiro pela Reuters: -0,6% e -0,8%, respectivamente.

A queda foi muito mais intensa nos setores de produtos hard: bens de capital, veículos, indústria extrativa…

EUA deflagram a guerra midiática

Charge: Anne Derenne
Da Rede Brasil Atual:

A única guerra que já está dada é a guerra da informação, apontam analistas internacionais em entrevista à Rádio Brasil Atual. Enquanto o conflito entre Estados Unidos e Irã vive seus dias de escalada, deixando em alerta países e vizinhos fronteiriços, do ponto de vista da indústria da comunicação há um arsenal de notícias que não se confirmam como fatos, mas são suficientes para trazer intranquilidade não só aos protagonistas, mas para o mundo inteiro.

Porta dos Fundos: depois do terror, a censura

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Nestes tempos terríveis e perigosos há uma observação única e fundamental a se fazer sobre a proibição de "A Primeira Tentação de Cristo," do Porta dos Fundos, que ontem teve sua exibição proibida por decisão do desembargador Benedito Abicair, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Trata-se de uma iniciativa incompatível com o regime de democracia e liberdade em que o país escolheu viver a partir da Constituição de 1988, escrita por constituintes eleitos pelo voto direto de brasileiros e brasileiras.

Ali se diz, no parágrafo IX do artigo 5, que "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença".

A liberdade de imprensa sob ataque

Editorial do site Vermelho:

Os reiterados ataques do presidente Jair Bolsonaro à imprensa são apenas a confirmação da sua conduta autoritária. Para ele, o jornalismo é uma mal em si. Esse tipo de comportamento, sem mediação e ponderação nas críticas, é o oposto da defesa de uma imprensa democrática, com ampla liberdade de expressão e de difusão de pensamento. No fundo, tanto Bolsonaro como os grupos midiáticos que monopolizam a imprensa falam a mesma coisa, embora às vezes com idiomas diferentes.

Bem-feito para os coleguinhas jornalistas

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

“O pior é que ele disse a verdade. Isso que vemos hoje não é jornalismo” (Dilea Frate, jornalista, ex-Globo, em comentário no meu Facebook).

***

Claro que não podemos generalizar, minha cara Dilea, porque nem todos os jornalistas se comportam como sabujos do poder - e não é de hoje.

Mas a submissão de boa parte dos profissionais encarregados de fazer a cobertura dos chiliques diários de Bolsonaro e seus inacreditáveis ministros, sem nenhuma reação, acaba mesmo dando razão aos que não respeitam mais o nosso trabalho.

Bolsonaro faz mal à saúde

Por Dilma Rousseff, em seu site:

O país e o mundo já sabem que Bolsonaro se considera no direito de ser grosseiro, truculento e inverídico ao abusar dos xingamentos e das fake news em suas manifestações públicas. Agora, comete crime de difamação e calúnia contra os médicos cubanos que atuaram no Brasil entre 2013 e 2018, acusando-os de terroristas e de profissionais sem habilitação.

Os norte-americanos no Oriente Médio

Tariq Ali
Por Ricardo Musse, no site A terra é redonda:

Em 21 de março de 2003, uma coalizão liderada pelos Estados Unidos invadiu o Iraque. Foi o desfecho de uma guerra anunciada e da polêmica acerca de sua necessidade – cujo fórum privilegiado foi a ONU, mas também as ruas, palco de um protesto mundial, em 15 de fevereiro, que mobilizou cerca de oito milhões de pessoas.

A intenção do exército norte-americano, efetivamente posta em prática, de permanecer no Iraque depois do fim da guerra e da deposição de Saddam Hussein causou perplexidade geral. As potências do Ocidente estariam retornando à “Era dos Impérios” e aos métodos neocoloniais de ocupação territorial? O século XX não havia consolidado, em todo o mundo, a política de “descolonização”? Os Estados Unidos não haviam obtido sua hegemonia incontestável, em parte devido ao seu discurso e à sua ação em favor da autonomia e independências nacionais? As guerras pontuais, após 1945, não foram apenas escaramuças em fronteiras de um mundo dividido pela Guerra Fria e que, com o fim desta, estavam destinadas a desaparecer?