terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Destruição econômica é efeito da praga Guedes

Por Fernando Brito, em seu blog:

Não e só na Educação, na Saúde, nos programas sociais, nas liberdades individuais, nas instituições republicanas, na universidade, na política – siga aí você com a lista, infindável – que o Brasil sofre um processo de destruição.

Os quatro anos de crise econômica – porque, afinal, tudo o que se anunciou como “retomada” foi ou está sendo, senão zero, bem perto disso – se assemelham a um cenário de devastação, e não daqueles que se tem após algum desastre, mas a uma terra arrasada, como nos versos e Sérgio Ricardo: “Quando a terra se arrebenta/Sem jeito de consertar”.

Afinal, todos os projetos econômicos, há cinco anos, resumem-se cortar investimentos, despesas, desmontar serviços estatais, alienar patrimônio… Ou seja, podar a árvore da economia e recolher lenha para queimar.

Arapuca do Moro para enganar miliciano?

Por Jeferson Miola, em seu blog:                   

Além de descumprimento de obrigação funcional, a não inclusão do miliciano Adriano da Nóbrega na lista nacional de bandidos do Ministério da Justiça foi interpretada como gesto de camaradagem e, ao mesmo tempo, de servilismo do ministro Sérgio Moro ao clã Bolsonaro.

No último 31 de janeiro, o Ministério justificou que “as acusações contra ele [o miliciano Adriano] não possuem caráter interestadual, requisito essencial para figurar no banco de criminosos de caráter nacional”.

Esta justificativa é insustentável, porque desde janeiro de 2019 existe um alerta vermelho da Interpol para a captura internacional do miliciano vinculado ao clã Bolsonaro. Adriano foi incluído na lista da Interpol com outros foragidos e investigados na Operação Intocáveis, do MP/RJ.

Interpol é a sigla de Organização Internacional de Polícia Criminal, entidade da qual a Polícia Federal faz parte.

O desprezo de Paulo Guedes aos servidores

Editorial do site Vermelho:

A exasperação do ministro da Economia Paulo Guedes ao chamar os servidores públicos de “parasitas” vai muito além da ofensa propriamente dita. Na exaltação, ele revelou o pensamento do governo Bolsonaro sobre o papel do Estado. Suas desculpas não revogam a concepção de desprezo por essa categoria essencial.

Paulo Guedes tem dito isso abertamente, um meio para passar a mão nos R$ 296 bilhões que diz ser possível “economizar” com a “reforma” administrativa. Ele apenas expressou a forma como essa ideologia vê o povo. Para ela, a sociedade é composta de dois universos, sendo que um, o dos donos do dinheiro, se acha investido, por algum desígnio divino, de plenos poderes para decidir o que o outro deve fazer.

Silêncio dos Bolsonaro aumenta as suspeitas

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Quarenta e oito horas depois, tudo é mistério e silêncio sobre a morte do miliciano Adriano Nobrega, domingo, no interior da Bahia.

Foi queima de arquivo? Houve confronto? Há fotos do corpo? Quem o protegeu na sua fuga? Que segredos guardavam seus 13 celulares? Onde será o enterro?

A família presidencial limitou-se a soltar uma nota do seu advogado, negando qualquer relação com o falecido, que o então deputado Jair Bolsonaro já defendeu da tribuna da Câmara.

Pelo segundo dia seguido, Jair Bolsonaro simplesmente negou-se a falar com os jornalistas sobre o acontecido.

Preferiu exaltar Donald Trump aos seus seguidores na porta do Alvorada. O que Trump teria a ver com isso?

EUA são a verdadeira ameaça militar ao Brasil

Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:

Os Estados Unidos e a Otan se preparam para gigantescas manobras militares no território do Velho Continente, os exercícios denominados Defender Europa 2020.

No total, os EUA e a organização que é na prática o seu braço armado para a região do Atlântico Norte e alhures, mobilizarão 37 mil militares, 20 mil dos quais norte-americanos nas manobras bélicas que se realizarão nos meses de abril e maio, as maiores desde a Guerra Fria.

O objetivo declarado é reforçar a cooperação entre os Estados Unidos e a Aliança Atlântica e a presença estadunidense na Europa, como afirmou poucos dias depois da cúpula da Otan em Londres, em dezembro último, o general Barre Seguin, responsável por supervisionar as operações conjuntas. As manobras demonstram a “união transatlântica e o compromisso dos EUA para com a Otan”, disse.

"Reforma" administrativa e Estado-Coronel

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:

Sob o título genérico e pomposo de “Reforma” Administrativa, Paulo Guedes tenta convencer seu chefe a encaminhar ainda nessa semana, ao Congresso Nacional, um conjunto de medidas para cumprir mais uma etapa em sua missão de promover a destruição do Estado e de finalizar o desmonte das políticas públicas.

Esse processo vem de longe. Desde que se consolidou nas classes dominantes e nos meios de comunicação a ideia força de “austeridade” fiscal a qualquer custo, a agenda política passou a ser dominada por essa verdadeira obsessão emanada pelos sucessivos responsáveis da política econômica dos diferentes governos. A única alternativa que esse pessoal enxerga para resolver a maior recessão que o Brasil já enfrentou em sua História é insistir no “cortar, cortar e cortar”. Seria apenas triste, se não fosse tão trágico.

Bolsonaro e a morte do miliciano

A arte contra a barbárie

Garotada do MBL abraça o bolsonarismo

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Depois de ajudar a eleger Bolsonaro, o MBL passou a fazer uma oposição de fachada ao bolsonarismo. Enquanto esperneia nas redes contra a chucrice bolsonarista, apoia com entusiasmo o projeto ultraliberal dos fascistoides que estão no poder. É o velho cacoete de um certo tipo de liberal em se indignar com o autoritarismo no campo político, mas tolerá-lo em nome das medidas econômicas que protegem os interesses dos mais ricos. A história está farta desses exemplos, desde o nazismo na Alemanha até o golpe militar no Brasil em 1964.

Dos Oscars de 'Parasite" até a chuva em SP

Desinformação e fake news: como evitar?

Queima de arquivo? A morte do miliciano

Petra Costa revelou o golpe para o mundo

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Medidas de Doria mergulharam SP no caos

Por Mauro Donato, no Diário do Centro do Mundo:

São Paulo e cidades vizinhas amanheceram submersas nesta segunda-feira após algumas poucas horas de chuva ininterrupta.

Embora certamente ouviremos e leremos ao longo de todo o dia afirmações do tipo “choveu mais do que o previsto” ou mesmo diagnósticos estupendos como o do prefeito de Belo Horizonte em situação semelhante (“Essa água veio do céu”, disse ele há poucas semanas), a verdade é que esse desastre tem o dedo de João Doria.

Ainda no ano passado, o governador Doria extinguiu órgãos que regulamentavam e fiscalizavam setores ligados ao urbanismo e ao meio ambiente.

Porta do Alvorada: chega de humilhações

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Na sexta-feira Jair Bolsonaro deu uma banana para os repórteres que o esperavam na saída do Alvorada, onde tantas vezes já agrediu e humilhou jornalistas. Uma boa evidência de que ele faz um jogo de manipulação com a imprensa veio hoje, quando não parou para o sinistro quebra-queixo, para não ter que falar sobre a morte do miliciano Adriano da Nóbrega, de notórias relações com ele e sua família, numa operação que tem toda a pinta de queima de arquivo.

Então, não é por consideração para com a imprensa, que ele detesta, nem pelo dever de prestar informações aos governados, que Bolsonaro para na saída do palácio residencial. Ele para quando lhe convém, quando quer soltar fake-news ou disparar agressões verbais, seja contra os jornalistas, seja contra outras pessoas.

Covas não usou verba de combate a enchentes

Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

A cidade de São Paulo amanheceu nesta segunda-feira (10) alagada mais uma vez. Até as 10 horas, a chuva contínua desde a noite anterior já havia causado 77 pontos de alagamento, incluindo as marginais Pinheiros e Tietê, parado linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e levando a prefeitura, a Defesa Civil e os bombeiros a recomendar que as pessoas ficassem em casa, em vez de seguir para o trabalho.

Os agentes públicos nas redes sociais

Por Rafael Valim, no site A terra é redonda:

O Direito Público afirma-se, historicamente, como um projeto de contenção do poder. No lugar de autoridades incontrastáveis foi se impondo, em meio a avanços e retrocessos, um exercício condicionado e limitado do poder. Engana-se, porém, quem pensa que tal processo histórico tenha alcançado o seu fim. Na luminosa expressão do Prof. García De Enterría, “a luta contra as imunidades do poder” é um fenômeno inconcluso e periodicamente revivificado por novos desafios sociais.

Os industriais contra a indústria

Por Liszt Vieira, no site Carta Maior:

O silêncio da indústria a respeito da desindustrialização galopante do Brasil merecia maior destaque na mídia, que silencia sobre esse estranho silêncio da indústria brasileira. A relação de manufaturados nas exportações totais chegou a atingir 59%, depois baixou para 40%. Nos anos 1980, o peso da indústria de transformação no PIB era de 33%, depois caiu para 16%. Nos últimos cinco anos, o comércio exterior desse setor passou de um superávit para um déficit de 65 bilhões de dólares.

Como a Lava-Jato derrubou a Petrobras

Todos às ruas em apoio à greve na Petrobras