sábado, 22 de fevereiro de 2020

Petardo: Impeachment de Bolsonaro é viável?

Por Altamiro Borges

Pela lei n° 1.079, que regula o impeachment, o "capetão" já poderia ser enxotado da Presidência da República. Artigo 9°, por exemplo, tipifica como crime de responsabilidade "proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo". Bolsonaro se enquadra nesse crime!

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Mas não basta citar um dos 65 tipos de crimes listados na lei 1.079 sobre o impeachment. É preciso mobilização de rua para convencer 2/3 dos deputados federais a autorizar a cassação e 2/3 dos senadores para decretá-la. Quem topa ir para rua para derrubar o laranjal de Bolsonaro?

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Até a revista IstoÉ  a mercenária "QuantoÉ", que apostou na desestabilização política no país e ajudou a chocar o ovo da serpente fascista  agora teme o fascismo do "capetão". Na edição desta semana, ela deu um "Basta!" garrafal na sua manchete.

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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Mídia detona machismo de Bolsonaro

Os maus modos do neofascismo brasileiro

Charge: Grossomodo, por Muna/Causa Operária
Por Tales Ab'Sáber, na revista CartaCapital:

O neofascismo no Brasil, para quem não entendeu, não emula o fascismo italiano dos anos 1920. Nunca foi isso, evidentemente. Muita energia importante foi gasta com esse debate estéril, de especialistas querendo fixar pontos históricos e palavras, enquanto a vida política do país se degradava de fato. A evocação do termo fascismo vem de uma tradição do pensamento político do século XX, que se refere a uma escala imaginária, ou efetiva, dependendo do que somos capazes de ver, do mal na política. É isso o que importa. Nosso neofascismo diz respeito aos modos de nossa conversão própria da política em violência, o que ninguém pode negar. Ele se ordena e se unifica, por fim, ao redor do bolsonarismo. Uma conversão sistemática, organizada por circuitos oficiais e randômicos sociais, nos seguintes termos:

Motim no Ceará: acabou a brincadeira!

Por Charles Alcantara

O endosso maldisfarçado à tentativa de homicídio contra o senador Cid Gomes e ao motim de policiais no Ceará não são atos irrefletidos ou irresponsáveis do clã Bolsonaro. São um movimento calculado para avançar num projeto cada vez mais evidente: o de instaurar um governo autocrático.

Acontece que esse projeto não se viabiliza sem o engajamento efetivo das forças armadas e do seu braço auxiliar e mais numeroso e capilarizado: as polícias militares.

Bolsonaro, seus filhos e militares do núcleo duro do governo já colocaram em marcha esse projeto.

Os sinais estão aí, todos os dias e noites, evidentes, gritantes.

Bolsonaro bate às portas de nova ditadura

Por José Dirceu, no site Metrópoles:

A militarização do governo Bolsonaro com as últimas indicações para a Casa Civil e a Secretaria de Assuntos Estratégicos tem raízes em nossa historia recente e no passado.

O general Braga Netto era chefe do Estado-Maior do Exército, o mesmo que no julgamento do habeas corpus de Lula publicou uma foto da reunião de emergência convocada pelo comandante do Exército Eduardo Villas Bôas para, numa aberta e flagrante violação da Constituição, ordenar – isso mesmo – ao STF que não ousasse conceder HC a Lula. Villas Bôas fez a mesma ameaça via Twitter, o que levaria a sua prisão imediata em qualquer democracia.

Bolsonaro destrói imagem do Brasil no mundo

Da Rede Brasil Atual:

Correspondente internacional há mais de duas décadas, o jornalista Jamil Chade afirma que o governo de Jair Bolsonaro destruiu a reputação do Brasil no cenário internacional. Em pouco mais de um ano, acrescenta, ele colocou em risco a imagem do país construída ao longo de mais de um século.

“Nunca vi o que está acontecendo hoje. É um desmonte de qualquer capital que o país tinha em termos de credibilidade. É impressionante como foi rápido”, afirmou Jamil aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta sexta-feira (21). “No caso da opinião pública europeia, vai levar muito tempo para reverter essa imagem”, afirmou.

Filas do INSS são o novo corredor da morte

Por Alexandre Padilha, no jornal Brasil de Fato:

É abominável a disposição do governo em destruir o que existe de eficiente no serviço público brasileiro. O INSS era um órgão desamparado, que tinha um histórico de filas enormes e mal garantia atendimento à população. Porém, durante o governo Lula foi transformado, tornando-se uma estrutura eficiente e capilarizada em todo o país, com distribuição de agências em pequenos municípios e nas periferias das grandes cidades.

Motim no Ceará serve de palanque político

Por Cecília Olliveira, no site The Intercept-Brasil:

“O governador acha que que manda na polícia. Mas se a polícia cisma de botar fogo nessa cidade, não há quem impeça. Ninguém controla o guarda da esquina”. Ouvi essa frase de um delegado das antigas, “da época em que policial era tira”, como ele dizia.

Apesar do diagnóstico ser sobre o Rio de Janeiro, há pontos comuns com a situação vivida no Ceará, que está em chamas e não é de agora. E o modo como são tratadas – ou melhor, não são tratadas – as greves e motins de policiais faz com que o bolo cresça. Agora, com novos ingredientes: bolsonarismo e WhatsApp. O ministro da Justiça Sergio Moro se manifestou de forma protocolar, avisando que a situação está sendo monitorada. Jair Bolsonaro disse apenas uma frase: “A democracia nunca esteve tão forte”.

Bolsonaro e as jornalistas de direita

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

O mundo dá voltas, e não é porque agora existe gente que acredita ser a Terra plana que ele irá parar de girar.

Há um aspecto convenientemente pouco comentado no golpe jurídico-midiático que derrubou Dilma Rousseff em 2016: a misoginia. Dilma se tornara, em 2010, a primeira mulher presidenta do Brasil, após uma campanha suja em que chegou a ser chamada de “assassina de criancinhas” pela mulher do rival, José Serra. Digo presidenta? Pois: o primeiro ato de machismo contra Dilma na imprensa comercial foi se recusarem a reconhecer o termo, perfeitamente dicionarizado tanto em língua portuguesa quanto em língua espanhola.

Reações da Globo aos ataques de Bolsonaro

Por Jeferson Miola, em seu blog: 

No caso da agressão sexista e criminosa do Bolsonaro contra a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de São Paulo, o jornalismo da Globo agiu com o rigor e a dignidade que deveria ter adotado – mas não adotou – para defender o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept-Brasil.

A Globo repercutiu a agressão de Bolsonaro com a veemência devida no Jornal Nacional, no noticiário da Globo News e de todas emissoras e rádios associadas ou repetidoras; nos sites do G1 e do Globo.com.

Glenn Greenwald, assim como Patrícia Campos Mello, foi vítima de uma incriminação fascista.