quinta-feira, 5 de março de 2020

Coronavírus e a exploração do medo

Por Celso Japiassu, no site Carta Maior:

Enquanto a quase unanimidade da comunidade científica internacional minimiza o perigo trazido pelo vírus denominado Covid-19, ou Coronavírus, alimenta-se o pânico entre as populações da Europa. A imprensa é parte na disseminação desse pânico e pergunta-se quem está fazendo lucro com essa mobilização internacional do medo. Além disso, a extrema direita política faz uso da epidemia para fortalecer suas teses xenófobas e pregar o fechamento de fronteiras.

Queimadas crescem em todos os biomas

Por Ronnie Aldrin Silva, no site da Fundação Perseu Abramo:

De acordo com os dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), 2019 foi o primeiro ano em que aumentaram as áreas degradadas por queimadas em todos os seis biomas terrestres brasileiros. O programa acompanha estes dados desde 2002.

Naturalmente há anos em que um bioma sofre mais do que outro, seja por ações da natureza ou antrópicas. Mas o fato inédito de todos terem suas áreas mais degradadas em 2019 em relação a 2018, sem que intempéries extremas da natureza tenham ocorrido em todos eles, mostra que o homem foi realmente o fator diferencial neste último ano no aumento do desmatamento em todo o país. São diversos os relatos da população que mora nestas regiões e de profissionais do meio ambiente de que os desmatadores sentiram-se mais empoderados do que nunca no último ano e agiram com maior contundência e violência.


A formação do público evangélico no Brasil

Por Renata Nagamine e Aramis Luis Silva, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Em coluna publicada no dia 4 de fevereiro no Estado de S. Paulo, Pedro Nery abordou um fenômeno que nomeou de “crentefobia“, em reflexão sobre a entrevista da cineasta Petra Costa ao programa Amanpour & Company, da PBS. Questionou falas de Petra e posicionamentos públicos diante de declarações biográficas e propostas políticas de Damares Alves, pastora evangélica que chefia o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Nery ilustrou o que entendia pelo inusitado termo, mas não o definiu. Em coluna publicada no dia 10 do mesmo mês, na Folha de S. Paulo, Thiago Amparo percorreu seus potenciais sentidos, apontando as armadilhas postas pelo que descreveu como sendo um uso sem rigor dos conceitos.

O perverso humor dos ultraliberais

Por Almir Felitte, no site Outras Palavras:

Nesta quarta, finalmente foi publicado o resultado do crescimento do PIB brasileiro em 2019. E o índice foi uma verdadeira ducha de água fria para quem ainda nutria alguma esperança de que o país estaria saindo do buraco econômico em que se meteu. Com um crescimento pífio de 1,1%, o primeiro ano do governo Bolsonaro representou uma desaceleração da economia para o Brasil, com um verdadeiro “PIBinho” ainda menor que o do ano anterior, ainda no capenga governo Temer. Com o terceiro ano de crescimento minúsculo, a economia brasileira vai atravessando uma das piores recuperações da sua história, ainda longe de compensar o tombo sofrido na recessão de 2015 e 2016.

Com Guedes, Brasil flerta com passado servil

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Por mais que a grande mídia, correia de transmissão dos interesses do grande capital nacional e internacional, se esforce por manipular a opinião pública, tentando transformar em sucesso o objetivo fracasso da “pauta Guedes-Fiesp-Febraban” – porque é impossível promover desenvolvimento sem investimento público e privado (este puxado por aquele) –, os números do desempenho da economia brasileira revelam algo entre estagnação e retrocesso, com suas óbvias implicações na qualidade de vida de nosso povo.

Fake news e a privatização da Eletrobras

Da Associação de Empregados da Eletrobras, no site Brasil Debate:

Recentemente, para defender a privatização da Eletrobras, o Secretário Especial de Desestatização, Salim Mattar, afirmou que “a empresa só tem capacidade de investir R$3 bi ou R$4 bi ao ano” e que por isso a estatal “vai diminuir o market share se não houver investimento anual de R$ 15 bilhões”[i]. Uma fake news que cai como uma luva para o discurso de privatização.

A Eletrobras tem capacidade de investimento suficiente para manter seu market share. Além disso, a afirmação de que é fundamental para o país que a Eletrobras continue a ser a principal investidora do setor, já majoritariamente privado, abre uma contradição no discurso governista, pois revela o caráter dos agentes privados, de baixo apetite para investimentos, especialmente os de grande porte.

quarta-feira, 4 de março de 2020

Jornalistas finalmente reagem a Bolsonaro

Por Altamiro Borges

Após sofrerem inúmeras humilhações, alguns profissionais da imprensa finalmente começam a reagir ao “capetão” fascista. Nesta quarta-feira (4), segundo informa o repórter Plínio Teodoro da revista Fórum, “jornalistas que fazem a cobertura diária da saída de Jair Bolsonaro do Palácio da Alvorada viraram as costas e deixaram o local após o capitão escalar o humorista Márvio Lúcio, o Carioca, vestido de presidente, para comentar o crescimento pífio do Produto Interno Bruto (PIB)”.

O "pibinho" no primeiro ano de Bolsonaro

Da Rede Brasil Atual:

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,1% em 2019, abaixo dos dois anos anteriores (1,3%), informou o IBGE na manhã desta quarta-feira (4). A agropecuária e o setor de serviços tiveram alta de 1,3%, enquanto a indústria avançou apenas 0,5%. Com PIB de R$ 7,257 trilhões, o valor per capita subiu só 0,3% em termos reais, calculado em R$ 34.533. Segundo a coordenadora de Contas Nacionais do instituto, Rebeca Palis, o PIB está no mesmo patamar do terceiro trimestre de 2013.

Não foi crescimento de 1,1%. Foi 0,3%

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

Desmentindo estimativas risonhas anunciadas na posse e nos meses seguintes, o IBGE reconhece que em 2020 a economia cresceu 1,1% - ou 0,3% em termos per capta.

Imagine uma pessoa que em janeiro de 2019 elevou o consumo de arroz e feijão em 0,3% em comparação com 2018. Alguém consegue calcular o que significa colocar 0,3% de gasolina no tanque do carro? Ou fazer uma dieta para emagrecer 0,3% em doze meses?

É disso que estamos falando.

O resultado marca o pior desempenho da economia brasileira nos últimos três anos. Nem Michel Temer-Henrique Meirelles, empossados num país arrebentado pelas pautas-bomba que conduziram o golpe de 2016, deixaram um saldo tão magro e miserável.

Biden pode ser um tiro no pé dos Democratas

Por Marcelo Zero

Os resultados da Super Tuesday, ocorrida neste último dia 3, mostram que a poderosa máquina do Partido Democrata foi colocada a serviço do pré-candidato Joe Biden.

Biden, que tinha ido muito mal nas prévias anteriores, à exceção da Carolina do Sul, ressurgiu das cinzas para ganhar em 9 estados: Arkansas, Alabama, Massachusetts, Minnesota, North Carolina, Oklahoma, Tennessee, Texas e Virginia. Em alguns desses estados, como Minnesota e Massachusetts, lugares nos quais se esperava a vitória de Sanders, Biden ganhou sem sequer fazer campanha.

Já Sanders assegurou a vitória no maior colégio eleitoral (Califórnia) e em Vermont, Utah e Nevada. O resultado do Maine continua indefinido.

Coronavírus e o fracasso de Paulo Guedes

RJ trava batalha entre civilização e barbárie

O chorinho do ministro Paulo Guedes

Provas contra Lula foram adulteradas

O que explica o Pibinho de Paulo Guedes?

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Nessa quarta-feira 4, o IBGE anunciou o crescimento do PIB em 2019: 1,1%. Em meados do ano passado, os mercados e seus economistas sonharam com um resultado mais auspicioso em 2019. Diziam os otimistas que a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária injetariam ânimo nos espíritos animais dos empresários e dos consumidores.

"Superterça" foi um desastre para Sanders!

Avanço dos negros na sociedade vai continuar

Guedes confirma que tem ‘prazo de validade’

Por Fernando Brito, em seu blog:

Vai mal a coisa na área de economia, não só nos indicadores numéricos, mas nas indicações que vai dando o chefe da não-política econômica de Paulo Guedes.

Hoje, relata o Estadão, ele fez uma reunião com os grupos direitistas de agitação e, num almoço cheio de apelos dramáticos e lágrimas, apresentou um “calendário” de ações de 15 semanas, prazo que coincide com a “meta” que lhe teria dado Jair Bolsonaro para cumprir até o meio do ano.

A contar da semana que vem, coincide com o final de junho.


Autoritarismo e casuísmo do ministro Moro

Editorial do site Vermelho:

A postura do ministro da Justiça, Sergio Moro, a respeito do motim de policiais militares do estado do Ceará tem enorme gravidade. Para ele, “prevaleceu o bom senso”, e não houve radicalismos. Ao mesmo tempo, provocou o que chamou de os “Gomes”, uma referência aos irmãos Cid Gomes, Ciro Gomes e Ivo Gomes (este, prefeito da cidade de Sobral).

Segundo Moro, “apesar dos Gomes” a crise “só foi resolvida pela ação do governo federal”. O ministro também distribuiu elogios aos policiais amotinados e não fez uma condenação explícita às ilegalidades cometidas. Para ele, com seus reiterados atos de afronta ao Estado Democrático de Direitos, o motim foi uma paralisação ilegal de “profissionais dedicados” que “não deveria ser feita”.

Bolsonaro, o maior inimigo da imprensa

Por Renata Mielli, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Nesta sexta-feira, 6 de março, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido) e seu governo serão denunciados na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH-OEA) por violar sistematicamente a liberdade de expressão e atacar jornalistas.

Curiosamente, três dias antes, publica cartilha sobre direitos humanos de jornalistas e comunicadores.

Coincidência?!

Claro que não. O governo Bolsonaro tenta limpar sua barra. Mas não vai colar. A prática é o critério da verdade.