segunda-feira, 6 de abril de 2020

Coronavírus e a internet no Brasil

Governo estrangula a ciência brasileira

Classe dominante faz festança no Congresso

Por Jeferson Miola, em seu blog:                 

Se crise é oportunidade, uma catástrofe pode ser aproveitada como uma oportunidade preciosa; como uma chance de ouro.

1. Consciente disso, a classe dominante aproveita a calamidade sanitária do coronavírus para executar o mais ambicioso e vultuoso assalto ao cofre do Banco Central do Brasil através da PEC 10/2020, que cria o “orçamento de guerra” fake [aqui e aqui]

As estimativas mais baixas estimam que com esta PEC o Banco Central fará um socorro indecente de mais de R$ 600 bilhões a bancos e especuladores do mercado. Com isso, os especuladores poderão desovar os títulos podres das suas carteiras nos cofres do BC.

Vidas e economia na pandemia do coronavírus

Por João Sicsú, na revista CartaCapital:

Nessa crise, um governo pode financiar um programa de salvação de três formas: impostos, dívida e emissão de dinheiro. Seria ideal taxar as grandes fortunas (um imposto de solidariedade) e os lucros e dividendos recebidos por empresários e acionistas. Seria ideal, mas não seria exequível. O governo precisa de dinheiro imediatamente e, além disso, tais medidas causariam cisão política no momento em que são necessárias união e unidade de propósitos.

Austeridade, a grande ceifadora na saúde

Por Michael Marmot, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Em termos de progresso social, o Reino Unido perdeu dez anos, e é nítido. Avaliada em termos de expectativa de vida, a saúde dos britânicos está se deteriorando, depois de um período em que melhorou sistematicamente ano após ano. Ao mesmo tempo, as desigualdades na saúde estão aumentando. E o que é verdade para a Inglaterra é ainda mais para a Escócia, o País de Gales e a Irlanda do Norte.

Quando a saúde de uma população não está mais melhorando, a sociedade como um todo está parada. Dados globais confirmam que o estado de saúde é um bom indicador de progresso econômico e social, de modo que o desenvolvimento de uma sociedade tende a se expressar também na melhoria da saúde de sua população. Por outro lado, profundas disparidades econômicas e sociais se traduzem em desigualdades na saúde.

Pandemia, pandemônio e alternativas à crise

Por Marcus Ianoni, na revista Teoria e Debate:

A pandemia do coronavírus exacerba profundamente a crise do capitalismo neoliberal. Há uma recessão internacional e, muito mais ainda que na crise de 2008, novamente o Estado é induzido a injetar imensos estímulos fiscais nas economias e também novamente a questão da coordenação das ações globais se coloca em contraponto à profunda retração da produção, do consumo e do mercado de trabalho. O impacto da crise internacional nos países emergentes é ainda mais preocupante, dada a maior fragilidade de suas economias e a maior desigualdade.

O coronavírus e a guerra das máscaras

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

A pandemia do coronavírus provocou uma nova modalidade de conflito: “A Guerra das Máscaras”. Trata-se de uma nova modalidade de pirataria. O cenário não é mais o espaço dos Sete Mares, como no bom tempo. Seus agentes não são mais corsários a serviço de coroas europeias, ou freelancers, como no antigo Caribe e nem mesmo os piratas que agem no Oceano Índico, abrigados em países do leste africano. Nem se caça mais o ouro que singrava e sangrava da América para a Europa, por exemplo.

Ninguém segura o capitão tresloucado

Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:

Duas coisas chamaram a atenção neste domingo: o silêncio dos grandes meios monopólicos brasileiros de comunicação sobre um detalhe que se alastra na imprensa de vários países do mundo, e a nova (a enésima) demonstração de que o desequilíbrio e a falta de noção de ridículo de Jair Messias crescem numa velocidade vertiginosa.

Vamos primeiro a Jair Messias.

Desde o anoitecer da sexta e até o entardecer de domingo, ele se mantinha em silêncio, sem participar do espetáculo bizarro da sua paradinha no portão do Palácio da Alvorada para conversar com o grupo de fanáticos seguidores arrebanhados sabe-se lá a troco de quê.

Guedes e Bolsonaro conduzem país ao caos

Bolsonaro em declínio terminal?

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

A dupla crise da saúde pública e da economia pode vir a ser devastadora. A pandemia não está sob controle. A recessão é inevitável a esta altura, no Brasil e em grande parte da economia mundial. A questão é se será possível evitar uma grande depressão, como a que ocorreu na década de 1930.

E, no entanto, as piores desgraças têm o seu potencial positivo. É preciso saber enxergá-lo e, sobretudo, agir para transformá-lo em realidade. Graças à atuação de figuras excepcionais como Roosevelt, no campo político, e Keynes, no campo da economia, a crise dos anos 1930 foi aproveitada para mudar os paradigmas em termos de teoria e políticas econômicas e de políticas públicas em várias outras áreas.

SUS é a saída diante do coronavírus

Será que ele cai?

domingo, 5 de abril de 2020

Datafolha atiça ciumeira de Bolsonaro

STF questiona MP-936 de Bolsonaro

O risco da intervenção militar

Golpistas alastram a fome na Bolívia

Por Leonardo Wexell Severo

O governo da autoproclamada presidenta Jeanine Áñez “entrou de forma errada e tardia no combate à pandemia”, denunciou Luis Arce Catacora, candidato à Presidência da Bolívia pelo partido Movimento Ao Socialismo – Instrumento Político para a Soberania dos Povos (MAS-IPSP), em entrevista exclusiva.

Arce acrescentou que foi aprovado um minguado “bônus família” que não foi pago, apenas se obriga as pessoas a ficarem em casa passando fome. “Por isso vocês viram pela imprensa em Riberalta, cidade próxima ao Brasil, muitas pessoas terem de sair e romper o cerco das Forças Armadas e da polícia, porque a fome não pode ser combatida enviando pessoas para a prisão. Vão precisar mandar todos os bolivianos à prisão, porque o povo está faminto”, condenou o candidato do MAS, cobrando a ampliação do “bônus família” que “alcança no total a somente 22% das pessoas necessitadas”.

Acabou, Bolsonaro

Por Bernardo Ricupero, no site A terra é redonda:

No dia 16 de março, um dia depois de Jair Bolsonaro confraternizar com seus apoiadores numa manifestação contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente foi surpreendido pela observação: “acabou, Bolsonaro”.

O espanto deve ter sido maior em razão dela ter sido proferida no “cercadinho” do Palácio do Alvorada, espaço onde os admiradores do capitão reformado costumam se concentrar para encontrá-lo no fim do dia, ocasião em que também aproveita para hostilizar os jornalistas ali presentes. Talvez o assombro do primeiro mandatário tenha sido maior já que a advertência foi feita por um negro, ao passo que os frequentadores do local normalmente são brancos e de classe média. Além de tudo, falava com sotaque, aparentemente haitiano, o que permitiu a Bolsonaro esquivar-se, alegando não entender suas palavras.

A tentativa de silenciar a voz da oposição

Por Dilma Rousseff, em seu site:

O pedido do vice-procurador-geral eleitoral mostra um perigoso jogo anti-democrático ao buscar calar a voz dos adversários políticos do governo Bolsonaro.

Curioso que parta de um membro do MPE o pedido, atendendo a denúncia fantasiosa de um deputado do PSL do Ceará.

É grave e sintomático dos tempos de Estado de Exceção que o Brasil vive. E, mais uma vez, ocorre baseado em convicções e nunca em fatos ou provas.

A medida traz lembranças amargas de uma época em que as vozes adversárias na política eram caladas com violência, quando não silenciadas para sempre.

O Bolsonaro irresponsável de sempre

Editorial do site Vermelho:

Em recente pronunciamento, o presidente da República, Jair Bolsonaro, adotou um tom moderado, diferente do seu habitual. Aparentemente, ele estaria sinalizando para outra direção, numa espécie de lampejo de lucidez, adotando uma conduta condizente com a exigida de adotando uma conduta condizente com a exigida de um chefe de Estado.

Mas foi só isso – um lampejo. Logo ele voltaria ao seu normal, dissipando eventuais ilusões de que aquela fase de insensatez e irresponsabilidade havia ficado para trás. O que se viu, em seguida, foi o mesmo comportamento de incentivo a tensões políticas e fomento ao caos.

A ação sindical contra a MP 936

Por João Guilherme Vargas Netto

As direções sindicais têm mantido sua capacidade de ação e de coordenação por meios eletrônicos. As modernas tecnologias têm servido para divulgar orientações para a base e para a realização de reuniões não presenciais com os dirigentes, os empresários, os políticos e administradores, os membros do judiciário e do Ministério Público, os formadores de opinião e os jornalistas.

Na primeira dessas tarefas consolidou-se o exemplo de Miguel Torres que diariamente grava e transmite sua palavra em um minuto com informações e orientações que se renovam e são sintetizadas em bordões fortes.