segunda-feira, 8 de junho de 2020

Imagens de um império que agoniza

Manifestantes protestam no sábado, 6 de junho de 2020,
no Lincoln Memorial, em Washington. Foto: Alex Brandon/AP
Por Umberto Martins, no site da CTB:

De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (3) pela agência de notícias Associated Press mais de 9 mil pessoas foram presas em oito dias de protestos contra o racismo nos Estados Unidos. As manifestações começaram em 25 de maio após o assassinato de George Floyd, um trabalhador negro sufocado por um policial em Minneapolis, se alastraram para dezenas de municípios e estados e também foram realizadas em outros países.

A estratégia de comunicação do bolsonarismo

Por João Feres Júnior, no site A terra é redonda:

Qualquer pessoa com alguns neurônios já percebeu que o Brasil foi brindado por uma confluência terrível de duas catástrofes: a pandemia do Covid-9 e a presidência de Jair Bolsonaro. Nós cientistas políticos frequentemente nos jactamos a falar das “instituições democráticas”, mas o que está em risco hoje no Brasil é mais do que o funcionamento dessas instituições propriamente, é a democracia como valor cultural, os mecanismos de agregação social, do Estado e da sociedade civil, e mesmo a vida das pessoas.

Racismo é racismo em qualquer lugar

Foto: Baz Ratner/Reuters
Por Cezar Britto, no site Congresso em Foco:

A violência policial racista contra jovens negros nos EUA ganhou as manchetes internacionais e deu início a um inédito movimento antirracista em vários países. Mas o racismo não é uma novidade na terra da Ku Klux Klan (KKK), ainda ativa em sua criminosa ação em defesa da supremacia branca e da eliminação física dos chamados “racialmente impuros”.

Bolsonaro chama antifascista de "terrorista"

Floyd, Miguel e o 'novo normal' pós-pandemia

Como será o golpe armado por Bolsonaro?

Pela unidade contra o fascismo

Mídia, Estado, direito e políticas públicas

Milhares protestam contra escalada fascista

domingo, 7 de junho de 2020

Bolsonaro veta R$ 8,6 bi no combate à Covid

Fundação Palmares contra quilombolas

O fascismo é um carro sem freios

Como dialogar com os bolsonaristas?

Entregadores criam movimento antifascista

Brasil é hoje a escória do planeta

Os atos pela democracia e contra o racismo

Largo da Batata, São Paulo/SP, 07/6/20
Foto: @cost_luuh/Mídia Ninja
Da Rede Brasil Atual:

Manifestações em diversas cidades do Brasil pediram democracia e protestaram contra o racismo na manhã e na tarde deste domingo (7). Algumas sofreram com a repressão policial.

Em São Paulo, a concentração no Largo da Batata começou às 14 horas, após a Justiça ter proibido a mobilização na Avenida Paulista. A decisão, segundo o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, teve como objetivo desmobilizar a manifestação.

No ato, ele discursou e rebateu as acusações de Jair Bolsonaro contra manifestantes, conforme registrou o site Viomundo. “O Bolsonaro passou esses dias todos dizendo que a gente é terrorista. Terrorista não é quem defende a democracia, terrorista é quem é expulso do Exército por tentar explodir o quartel!”, disse.

O poder bélico do bolsonarismo

Por Jeferson Miola, em seu blog:         

O poder político do Bolsonaro se origina em estruturas armadas e violentas. E se vincula ao fanatismo/charlatanismo religioso. O poder da facção extremista é resultado de um amálgama que condensa uma base religiosa, miliciana e militar assim representada:

1- praças e a imensa maioria de subalternos e oficiais intermediários das Forças Armadas, além de inúmeros comandantes [incluindo da reserva] das 3 Armas, mas em especial do Exército;

2- polícias militares estaduais, altamente bolsonarizadas. Em muitos Estados, encontram-se PMs radicalizadas, fora de controle, obedientes a lideranças bolsonaristas e insubordinadas ao comando de governadores [Ceará, SP, RJ, BA …];

Bolsonaro e a marca de uma morte por minuto

Editorial do site Vermelho:

A marca superior a 35 mil mortes e de mais de 600 mil contaminados pelo coronavírus no Brasil é a maior comprovação da irresponsabilidade do governo Bolsonaro. Atualmente, em média uma pessoa perde a vida por minuto. Para se ter uma ideia do tamanho do seu descaso com a vida, após cinquenta dias do registro da primeira morte pela Covid-19 o governo federal inaugurou o primeiro hospital de campanha pelo governo federal, na cidade de Águas Lindas, repassado ao governo do estado de Goiás.

George Floyd: "Não posso respirar"

"Eu não consigo respirar"/Maarten Wolterink
Por Frei Betto, no site Brasil-247:

Foram as últimas palavras de George Floyd: “Não posso respirar”. Eu também. Não consigo respirar neste Brasil (des)governado por militares que ameaçam as instituições democráticas e exaltam o golpe de Estado de 1964, que implantou 21 anos de ditadura; elogiam torturadores e milicianos; acertam o “toma lá, dá cá” com notórios corruptos do Centrão; plagiam ostensivamente os nazistas; manipulam símbolos judaicos; tramam, em reuniões ministeriais, agir ao arrepio da lei; proferem palavrões em reuniões oficiais, como se estivessem num antro de facínoras; debocham de quem observa os protocolos de prevenção à pandemia e saem às ruas, indiferentes aos 30 mil mortos e suas famílias, como a celebrar tamanha letalidade.

Moro e sua monumental hipocrisia

Por Fernando Brito, em seu blog:

A entrevista de Sérgio Moro à Folha de S.Paulo é um monumento à hipocrisia, à vaidade e ao cinismo.

Nela, descobre-se que, na versão do ex-juiz, o que o levou a ser ministro não foi a evidente ambição, mas uma alegada missão de exercer, sobre Jair Bolsonaro, um “poder moderador” e, com isto, ser “um anteparo a medidas mais autoritárias” do chefe.

Moro diz que saiu do Governo apenas por defender a democracia, não porque tenha sido contrariado nas suas pretensões de mando: “Teve certo sacrifício pessoal, poderia ficar muito bem confortável no governo buscando uma vaga no STF”.