sexta-feira, 19 de junho de 2020

Mais cotados para o MEC são "olavistas"

Da Rede Brasil Atual:

O agora ex-ministro da Educação Abraham Weintraub foi demitido não por uma avaliação de seu desempenho à frente da pasta, mas pelos problemas que causou ao governo de Jair Bolsonaro com o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF). Essa é a avaliação do professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e membro da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara.

Queiroz, Weintraub e o baque no bolsonarismo

Editorial do site do Vermelho:

A prisão de Fabrício Queiroz e a saída de Abraham Weintraub do Ministério da Educação são fatos que podem ser contabilizados como vitórias do Estado Democrático de Direito. O caso do amigo íntimo do clã Bolsonaro envolve práticas de ilicitudes e de crimes que agora tendem a vir à tona com mais clareza.

Desde seu nascedouro, o bolsonarismo, apesar do discurso moralista, esteve envolvido em práticas ilícitas. São conhecidos os envolvimentos com milícias, a ponto de pessoas apontadas como criminosas serem homenageadas pelo filho do presidente, o então deputado estadual no Rio de Janeiro e atual senador Flávio Bolsonaro.

Trabalho uberizado e capitalismo virótico

Do site DigiLabour:

Ricardo Antunes é, sem dúvida, o sociólogo do trabalho mais conhecido do Brasil. Professor da Unicamp e autor de livros como O Privilégio da Servidão e Os Sentidos do Trabalho, Antunes acaba de lançar pela Boitempo o e-book Coronavírus: o trabalho sob fogo cruzado.

Segundo ele, antes da pandemia, mais de 40% da classe trabalhadora brasileira já atuava na informalidade. E isso se aprofunda ainda mais. A explosão do coronavírus soma-se ao sistema de metabolismo antissocial do capital e sua crise estrutural no que Antunes chama no livro de capital pandêmico e, nesta entrevista, de capitalismo virótico.

Ecoa a história dos generais no poder

Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:

Durante um dos períodos mais sombrios da história do Brasil, as principais autoridades da ditadura militar se compraziam, entre outras práticas em que ofendiam o bom senso, em mandar recados ameaçadores: “Segurem seus radicais que nós seguramos os nossos”, diziam os generais Ernesto Geisel e Golbery do Couto e Silva. Tentavam assim intimidar a oposição institucional, abrigada no antigo MDB, então um partido democrático, que agasalhava numa espécie de partido-frente liberais, conservadores, democratas autênticos, socialistas e comunistas. No interior daquele MDB conviveram por quase duas décadas “adesistas” e “autênticos”, “moderados” e “radicais”. Do seu tronco saíram várias costelas que vieram formar o mosaico de partidos depois da reforma política de João Batista Figueiredo, último general-ditador a governar o Brasil.

A história do advogado de Flávio Bolsonaro

Com racismo não haverá democracia

Queiroz é o PC Farias de Bolsonaro

O esquema entre o clã Bolsonaro e Queiroz

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Brasil desgovernado ruma para a tragédia

O inferno astral do "véio da Havan"

Aroeira e o humor em tempos de cólera

Tradicionalismo: a extrema direita no poder

Por Venício A. de Lima, no site Carta Maior:

O Valor Econômico noticiou no início de junho que Gerald Brant, executivo do mercado financeiro e diretor de uma empresa de investimentos nos Estados Unidos, deverá ser nomeado para assessor especial no Ministério das Relações Exteriores, uma espécie de conselheiro, ligado diretamente ao gabinete do chanceler Ernesto Araújo. (Cf. Daniel Rittner, “Amigo de Bannon, Gerald Brant pode quebrar tabu e ter cargo no Itamaraty”, 5/6/2020). A notícia causou estranheza, dentre outras razões, porque o indicado não é da carreira diplomática. Uma das reações indignadas veio do ex-ministro Celso Amorim. Se confirmada esta nomeação, afirmou, representaria “um estupro” na diplomacia brasileira; “uma coisa inexplicável, uma violência sem tamanho. Um tiro final no Itamaraty” (Cf. “Amorim: nomear aliado de Bannon no Itamaraty é um estupro” in https://www.brasil247.com/mundo/amorim-nomear-aliado-de-bannon-no-itamaraty-e-um-estupro ).

Pela liberdade artística e o direito ao humor

Charge Continuada/Montagem: CUT 
Enviado por José Augusto Camargo (Guto)

Os, chargistas, caricaturistas, desenhistas e ilustradores de todo o Brasil que subscrevem esta carta aberta manifestam sua solidariedade aos colegas vítimas da intolerância e da perseguição política assim como protestam contra a violência daqueles que procuram censurá-los.

O desprezo pela democracia dos nossos governantes chega ao ponto do próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, por meio do seu ministro da Justiça, André Mendonça, solicitar à Polícia Federal e ao Ministério Público abertura de investigação sobre uma charge de autoria de Aroeira. A imagem, uma clara alusão a ausência de políticas sanitárias em plena pandemia causada pelo vírus da Covid-19, mostra uma cruz vermelha (símbolo da saúde) transformada em uma suástica pelas mãos autoritárias do presidente. O absurdo da iniciativa fica evidente quando sabemos que “O pedido de investigação leva em conta a lei que trata dos crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social, em especial seu art. 26”. O Brasil está se tornando um país onde o humor passa a ser censurado como nos piores períodos da ditadura. O que é mais estarrecedor; uma charge ou pessoas atirando fogos sobre o STF? Esta uma ação que, sim, mereceria a atenção do Ministro da Justiça.

Lei Aldir Blanc e o descaso com a cultura

Por João Guilherme Vargas Netto

Em meu último texto publicado dei vários exemplos de como o governo de Bolsonaro e Guedes faz corpo mole para efetivação dos auxílios emergenciais e dos créditos às micros empresas e com isto cria dificuldades para o isolamento social e trabalha pelo caos.

Apresso-me a dar um novo exemplo conclusivo.

No dia 4 de junho o Senado aprovou por unanimidade a lei 1.075/20, Lei Emergencial da Cultura, conhecida deste então como Lei Aldir Blanc.

Ela beneficia artistas, produtores, técnicos e trabalhadores do setor cultural com uma renda emergencial de 600 reais por três meses (retroativa a 1º de junho) e linha de crédito a pequenos empresários culturais descentralizando os recursos para estados e municípios.

Queiroz na cadeia e Bolsonaro encurralado

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

As trovoadas judiciais desta semana culminaram na tempestade perfeita que desabou hoje sobre Bolsonaro e eu clã, com a prisão de Fabrício Queiroz.

Ontem ele foi profético sem querer, ao dizer a uma apoiadora: “está chegando a hora de tudo ser colocado no devido lugar”. Queiroz já está na cadeia mas isso é apenas o começo. As consequências jurídicas e políticas serão devastadoras.

Passadas mais de oito horas da prisão de Queiroz, Bolsonaro ainda não se pronunciou, pois sabe que precisa responder à pergunta que não se cala: ele sabia que seu próprio advogado, e do filho Flávio, Frederick Wassef, escondia Queiroz há mais de um ano em sua propriedade de Atibaia?

Ainda nesta quarta-feira ele estava no Planalto, na posse do ministro Fábio Faria.

Se ficar demonstrado que sim, há crime grave nesta conduta. E ainda que isso nunca seja provado, só os cegos e surdos pela paixão ideológica sustentarão que não.

O timing da prisão do Queiroz

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Depois de mais de 1 ano e meio de dúvidas e interrogações, a pergunta Cadê Queiroz!? foi finalmente respondida.

Fabrício Queiroz estava escondido e bem protegido pelo clã dos Bolsonaro em imóvel do advogado e amigo deles, Frederick Wassef, aquele que disse que está “no dia a dia aqui com o presidente e com a família”, que conhece “tudo que tramita na família Bolsonaro”.

Neste período todo, desde o final de 2018 até hoje, a Polícia Federal [ainda sob a direção de Sérgio Moro], assim como o MP e a Polícia Civil do Rio tiveram inúmeras oportunidades para captura Queiroz, mas curiosamente preferiram não fazê-lo.

STF desconfia de plano golpista de Bolsonaro

Sara Winter vai para a penitenciária

As quedas de Queiroz e Weintraub

Onde está o nacionalismo dos militares?