quarta-feira, 22 de julho de 2020

Militares, poder e contrapoder

Por André Singer, no site A terra é redonda:

O ministro do STF, Gilmar Mendes, afirmou recentemente: “Não é aceitável que se tenha esse vazio no Ministério da Saúde. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a este genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso”.

Evidentemente trata-se de uma declaração muito forte, mas ela é esperada diante dessa situação em que o governo brasileiro está crescentemente militarizado, muitos ministérios importantes da Esplanada ocupados por oficiais das três Forças, sobretudo do Exército. E no caso do Ministério da Saúde por um general da ativa. 

Extrema direita ganha por W.O. nas redes

Por Rosana Pinheiro-Machado, no site The Intercept-Brasil:

Enquanto você lê esta coluna, parte da rede bolsonarista de WhatsApp recebe aproximadamente 5 mil mensagens nos quase 2 mil grupos de apoio ao ex-capitão.

“A extrema direita ganha por W.O.”, quando há vitória de um time sem adversário. Assim Pedro*, expert em tecnologia e política, define a atual disputa ideológica entre direita e esquerda nas redes sociais. Ele segue sua explicação: “é como se fosse uma guerra aberta, na qual a direita vem com drone e bombardeio, e a esquerda joga um fogo de artifício para o alto para tentar demonstrar reação, sem exatamente entender que está numa guerra”.

Contra os rentistas, revogar o Teto de Gastos

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:

O cenário era aquele do período posterior à aprovação definitiva do impedimento de Dilma Roussef, em agosto de 2016. Michel Temer já tinha se aboletado no Palácio do Planalto e havia nomeado Henrique Meirelles para chefiar o ministério da Fazenda. A enorme pressão exercida pelos representantes do sistema financeiro e pelos “especialistas” dos grandes meios de comunicação referia-se – dia sim, outro também – à necessidade de impor um maior rigor no controle dos gastos públicos e mais austeridade na chamada “responsabilidade fiscal”.

A vitória histórica na batalha do Fundeb

Parabéns, Felipe Neto!

O racismo estrutural no Brasil

Corrida das vacinas: dá para comemorar?

Bolsonaro se alia aos EUA contra a China

Por Umberto Martins

Agindo como um fiel e vil vira-lata do presidente Donald Trump, o governo Bolsonaro decidiu ingressar nesta terça-feira (21) junto com os Estados Unidos com uma proposta na Organização Mundial de Comércio (OMC) estabelecendo que o princípio de economia de mercado tem de valer para todos os seus membros.

O alvo da ação é a China, acusada pelos imperialistas de Washington de não ser uma economia de mercado. O pano de fundo é o duelo pela liderança geopolítica do mundo. Tal conflito não é uma nuvem passageira na conjuntura, vai perdurar certamente pelos próximos anos e terá por provável desfecho uma nova ordem internacional, se antes não resultar numa guerra nuclear.


terça-feira, 21 de julho de 2020

A guerra midiática contra a Venezuela

Consórcio do Nordeste no combate à pandemia

Bolsonaro é bancado pelas Forças Armadas

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O plano da Presidência do Bolsonaro nasceu muito antes de 2018. Concebido como projeto secreto da cúpula militar, foi parido nos quartéis e conduzido com inteligência estratégica. Os obstáculos ao plano foram todos removidos do caminho – como, por exemplo, a candidatura do Lula e o altíssimo risco que seria a participação do Bolsonaro nos debates eleitorais.

A gratidão do Bolsonaro ao comandante do Exército deixou implícito o engajamento dos comandos militares na mecânica conspirativa para elegê-lo: “General Villas Boas, o que já conversamos morrerá entre nós. O senhor é um dos responsáveis por eu estar aqui”, declarou ele, talvez aludindo aos twitters do general para ameaçar e tutelar o STF.

Austeridade fiscal: uma concha vazia

Por Isabela Prado, no site Brasil Debate:

Os principais arquitetos intelectuais das políticas que destroem países, Alesina e Ardagna [i] já foram criticados técnica e politicamente, sendo que o problema de causalidade reversa já foi largamente apontado por pesquisadores [ii]. Porém, mais do que um erro estatístico não tratado, surpreendentemente, o próprio conceito de austeridade é definido pelos seus defensores se utilizando dessa confusão causal [iii]. Ou seja, o termo é significado pelos resultados observados e não pelo seu conteúdo propositivo.

Em votação 'histórica', Câmara aprova Fundeb

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Em votação histórica e crucial para a educação do país, a Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta terça-feira (21), por 499 votos a 7, o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), a PEC 15. O texto prevê que a participação da União começa com 12%, para aumentar gradativamente até atingir o total de 23% em 2026. Apresentado antes da pandemia de coronavírus e apoiado pela oposição, o relatório da deputada Professora Dorinha Seabra (DEM-TO) torna o fundo permanente e o constitucionaliza.

A reforma tributária contra o povo

Editorial do site Vermelho:

A primeira parte da proposta de reforma tributária apresentada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, dá bem a medida de como o governo Bolsonaro entende a distribuição de renda. A profunda desigualdade social e econômica do Brasil exige uma reforma que busque instituir a justiça tributária e a distribuir riqueza. Quando se deveria debater propostas como a taxação das grandes fortunas e cobrança de impostos de lucros, juros e dividendos, o que se tem é a ideia de aumentar a tributação sobre o consumo.

Serra é alvo da Polícia Federal

Fake news e a pandemia do coronavírus

Fundeb e a guerra do meio ambiente

A ocupação de cargos pelos militares

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Bolsonaro não tem cura

Por Fernando Brito, em seu blog:

A cena patética de Jair Bolsonaro exibindo a seus fanáticos uma caixa de cloroquina é uma das maiores humilhações que este país já teve.

Ainda que fosse cerimônia religiosa, seria da mais torpe idolatria.

O bezerro de ouro de Aarão é “fichinha” perto do Messias cloroquínico.

Mas é também um retrato do que gente que não é como o cento de imbecis que se uniram para o culto ao charlatanismo, mas que é cúmplice dele.

É preciso nominá-los.

Brasil será reduzido a escombros com Guedes

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Europa, julho de 2020

Os líderes da União Europeia anunciam em Bruxelas um plano de resgate da economia devastada pela Covid-19 no valor de 750 bilhões de euros. Para tirar os países da Zona do Euro da recessão, esse dinheiro seria tomado emprestado do mercado, criando uma dívida comum, algo inédito no âmbito da UE.

Embora ainda não haja acordo, porque os países chamados de “frugais”, adeptos do rigor fiscal ortodoxo, como Holanda, Dinamarca, Suécia e Áustria, são contrários, sob o argumento de que o plano beneficiaria principalmente os países mais vulneráveis do Sul do continente, o socorro financeiro vai na direção correta.