sábado, 19 de setembro de 2020

Brasil ajoelhado aos pés dos EUA

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A subserviência e o capachismo do governo Bolsonaro e do comando das Forças Armadas do Brasil aos EUA não têm limites.

Engana-se quem imagina que gestos vergonhosos, como a reverência do Bolsonaro à bandeira estadunidense e celebração do 4 de julho na Embaixada dos EUA, a isenção de tarifa de etanol dos EUA, a entrega da base de Alcântara e o financiamento, com orçamento nacional, de oficiais das Forças Armadas para servirem ao Comando Sul dos EUA, poderiam significar o fundo do poço que o Brasil seria capaz de alcançar em termos de ultraje e humilhação.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Losurdo e a luta pela teoria revolucionária

Por Jones Manoel, na revista Princípios:

A distinção entre “negro da casa” e “negro do campo” ficou famosa com Malcolm X. O primeiro se identificava com o senhor de escravos — e colocava-se contra a luta antiescravagista — dadas as suas condições de vida e trabalho um pouco menos brutais na casa grande do que a situação em que viviam os escravizados nas plantations. Malcolm X falava da cooptação e da servidão ao poder instituído numa sociedade escravagista pouco complexa. A ordem burguesa criou várias possibilidades de cooptação e servidão ao poder impossíveis de se imaginar no escravagismo. Se no exemplo de Malcolm eram transparentes as posições políticas e compromissos de cada sujeito, o capitalismo torna a questão bem mais intrincada.

Horizonte pesado na economia

Por Fernando Brito, em seu blog:

Embora você ainda vá ver muitos ensaios de comemoração da “retomada da economia” pós-Covid (e lembremo-nos de que este “pós” é uma armadilha pronta, porque a pandemia está longe, muito longe, de passar), repare que elas não serão esfuziantes como aqueles “agora a coisa vai” que nos acostumamos desde que nos prometeram o céu depois da derrubada do governo legítimo, em 2016.

E porque isso acontece?

Uma diplomacia fake e terraplanista

Charge: Marcelo Fiedler/Jacobin Brasil
Por Alexandre Padilha, no site Carta Maior:
 

Um dos principais expoentes do olavismo terraplanista neste governo é o Ministério das Relações Exteriores. O Brasil que sempre teve um papel de liderança regional e força global no que diz respeito a sua capacidade de articulação com o mundo, hoje se reduz a um país secundário e que tem a sua política externa organizada em duas vertentes: a subserviência ao Trump e a fake terraplanista.

Nesta semana acionei o Tribunal de Contas da União para investigar a divulgação de notícias falsas por parte da Fundação Alexandre Gusmão, órgão ligado ao Ministério de Relações Exteriores, que divulgou vídeo que dizia que máscaras são “inócuas” no combate à pandemia do novo coronavírus e “nocivas” à saúde. Esta mesma Fundação, em julho deste ano, tentou fazer uma ampla divulgação de palestras de bolsonaristas e olavistas investigados pelo inquérito das fake news.

Ato virtual contra MP que privatiza a Caixa

Do site da Fenae:


Defender a Caixa é defender o Brasil! A Fenae, juntamente com a Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos, o Comitê Nacional em Defesa da Caixa e a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos se unirão na próxima semana para denunciar à população brasileira os ataques à Caixa promovidos pela Medida Provisória 995, que na prática privatiza a empresa.

A intenção é reunir em uma grande live entidades e parlamentares, sociedade, ex-presidentes da empresa, esportistas e artistas num ato virtual na próxima quarta-feira, dia 23, a partir das 19h no Facebook da Fenae para alertar que a MP, ao permitir desmembrar e vender áreas importantes da Caixa, comprometerá o desenvolvimento do país.

Em solidariedade ao padre Júlio Lancellotti

Da Comissão Arns


Nota pública número 25, de 18 de setembro de 2020

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns - Comissão Arns vem a público manifestar solidariedade ao Pe. Júlio Lancellotti, pelo trabalho que realiza em favor dos mais pobres, e expressar sua preocupação com as ameaças que ele vem sofrendo, reiteradamente.

Por décadas, Pe. Júlio oferece seu labor pastoral às pessoas em situação de rua, enfrentando problemas que hoje desafiam governantes e administradores públicos. Grupos marginalizados na cidade de São Paulo têm encontrado neste homem a possibilidade do acolhimento humano, seja na forma de um agasalho, um alimento, um remédio ou de uma palavra de apoio.

Contexto do golpe político-jurídico-midiático

Por Jairo Demm Junkes, no site do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos (Ibep):
 

O livro Realidade nacional e crise atual traz uma reflexão importante sobre a situação política nacional em um período recente, realizando profundas considerações de um contexto que, muitas vezes, passa diante de nós de maneira superficial na correria de nossa vida cotidiana.

Parece interessante, inicialmente, contextualizar a palavra golpe. Segundo o dicionário Michaelis de 2010, golpe pode significar: “desgraça, infortúnio, esperteza ou, mais popularmente, manobra traiçoeira”. Conhecer o significado específico desta expressão ajuda a compreender o direcionamento que os autores da obra buscam dar às suas argumentações.

Pompeo e o Apocalipse Bolsonaro

Por Marcelo Zero

Os quatro cavaleiros do Apocalipse são a Peste, a Morte, a Fome e a Guerra.

Três já cavalgam há muito com Bolsonaro.

Graças à indiferença e à incompetência de um governo sociopático, a Peste e a Morte fazem a festa entre nós, especialmente entre os mais pobres.

Rumamos céleres para 150 mil mortos, ante um presidente que ri da tragédia e recomenda o falso milagre da cloroquina. Há um Apocalipse Sanitário no Brasil.

E a morte não é só de seres humanos. Em nome do lucro de poucos, são eliminados, com fogo, animais, plantas e ecossistemas inteiros. O Brasil de Bolsonaro é um assassino do clima e da natureza. Temos também um Apocalipse Ambiental.

Bolsonaro ataca professores e sindicatos

Por Carlos Pompe


O presidente Jair Bolsonaro usou sua participação semanal nas redes sociais, nesta quinta-feira, 17, para atacar os professores e sindicatos que exigem procedimentos científicos para a volta às aulas com segurança sanitária durante a pandemia do covid-19. “Mais uma vez o presidente da República destila seu ódio e sua desconsideração com a educação e os(as) professores(as) - que demonstraram seu comprometimento e responsabilidade, revelando repetidamente seu heroísmo, trabalhando bem mais do que no presencial e tendo que enfrentar, juntamente com os pais, o descaso do governo com as desigualdades”, reagiu a coordenadora-geral da Contee, Madalena Guasco Peixoto.

Caetano Veloso é vítima de uma infâmia

Por Gilberto Maringoni

Caetano Veloso está sendo usado numa campanha de interdição do debate e de cancelamento, como virou moda falar.

Caetano é acusado de "stalinista" por gente de má-fé extrema.

Caetano não é e nunca foi stalinista, até por ser anacrônico classificar alguém como tal, fora do contexto histórico em que viveu Josef Stalin. Pode-se debater a vida e o tempo do líder comunista à exaustão.

Só penso ser pauta para lá de lateral no Brasil de hoje, a não ser para uma bolha apartada das urgências da vida.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Entenda a nova armação contra Lula

Damares Alves e o conservadorismo

Imperialismo e dominação dos povos

Cartão Vermelho para Paulo Guedes

Bolsonaro: o que vale é sua prática

Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Nesta última terça-feira, dia 15, praticamente todos os jornais do Brasil, telejornais e rádios noticiaram o desejo do governo federal - sobretudo da equipe econômica de Bolsonaro - em congelar aposentadorias e pensões por no mínimo dois anos, ou seja, de desvincular esses benefícios e estes proventos do salário mínimo.

A notícia foi tão forte que logo na manhã do dia 15, Bolsonaro fez um vídeo lendo as manchetes dos jornais e dizendo que aquilo não iria acontecer. Dizendo que não tiraria do pobre para dar para o paupérrimo, que isso jamais passou pela sua cabeça.

Doria deseja estrangular as universidades

Por Carmen Sylvia Vidigal Moraes e Lincoln Secco, no site Outras Palavras:


Os anos recentes assinalaram uma ruptura histórica. A inteligência crítica debate se vivenciamos o fim da “nova república” ou também o desmonte do próprio estado brasileiro como foi estruturado ao longo do século XX. Em nenhum momento da nossa história a integridade nacional, os direitos sociais e as funções básicas do estado estiveram tão ameaçadas.

Por trás do discurso autoritário que desciviliza a esfera pública há um ataque muito mais mortífero aos fundamentos econômicos, legais e institucionais que sustentam uma coesão mínima da sociedade brasileira, por si mesma aluída constantemente pela insuportável desigualdade social. A universidade, neste contexto, também jamais enfrentou um desafio maior.

Bolsonarismo: 449 violações contra jornalistas

Da Rede Brasil Atual:

Monitoramento de violações contra jornalistas divulgado pela ONG Artigo 19 na última terça-feira (15), no marco do Dia Internacional da Democracia, revela que o presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e ministros cometeram 449 ataques contra profissionais da imprensa e comunicadores, desde janeiro de 2019 até agora.

São ações de deslegitimação e estigmatização do trabalho da imprensa, além da exposição de jornalistas e comunicadores. Segundo o coordenador da área de proteção e segurança da Artigo 19, Thiago Firbida, que coordenou o levantamento, trata-se de uma “explosão de agressividade” nunca antes vista.

Greve em defesa dos direitos e dos Correios

Foto: Eric Gonçalves/Sindipetro
Editorial do site Vermelho:


A greve dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ETC) tem um significado muito grande. A começar pela luta contra a retirada de direitos, a tentativa do governo Bolsonaro de reduzir a remuneração dos ecetistas – como a categoria é conhecida – consideravelmente. Questões como licença-maternidade, pagamento de adicional noturno e de horas extras, adicional de risco (insalubridade), indenização por morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, anuênio por tempo de trabalho e o auxílio-creche estão sob ameaça.

O arrependimento de Bolsonaro

Por João Guilherme Vargas Netto
 

Estou convencido que a fúria de Bolsonaro ao desancar, jornalões nas mãos, as plantações de um badeco do ministério da Economia que anunciara o corte de salários, aposentadorias e benefícios para os pobres é a manifestação de seu arrependimento pelo mau passo que deu cortando pela metade o auxílio emergencial de 600 reais até dezembro.

Deve ter raciocinado assim: já me fizeram perder prestígio popular com a MP 1.000 (eu que poderia, mês a mês, conceder o auxílio), agora querem bater mais um prego no meu caixão, fechando a tampa.

Legado de Bolsonaro: morte, fome e fogo

Charge: Fadi Abou Hassan/Noruega
Por Marcelo Zero

O Brasil é o segundo maior produtor de alimentos do mundo. Perde apenas para os EUA. Além disso, praticamente todos os anos há recorde de safras.

No entanto, nosso país vive hoje gravíssima insegurança alimentar, com forte inflação de alimentos e desabastecimento de produtos básicos, como o arroz. Já ocorrem saques em supermercados.

Entre janeiro e agosto deste ano, a inflação medida pelo IPCA foi de apenas 0,7%. Porém, a inflação da alimentação no domicílio foi de 6,7%, ou seja, quase 9 vezes acima da inflação média, com tendência a acelerar ainda mais.

Essa inflação de alimentos afeta muito intensamente os mais pobres, que gastam quase tudo o que ganham justamente em alimentação. Segundo levantamento feito pelo professor Gerson Teixeira, especialista na matéria, alguns alimentos básicos subiram bem mais. O arroz subiu 27,5% (mas aumentou bem mais neste mês), o leite longa vida aumentou 32,8%, o feijão subiu 17,3%, o tomate aumentou 17,7%, o óleo de soja subiu 26,6%, e por aí vai.