domingo, 17 de janeiro de 2021

Os impostos dos cilindros de oxigênio

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

A partir de outubro do ano passado, a pandemia deu sinais de recrudescimento, com aumento de casos e mortes.

Inacreditavelmente, em outubro, e depois em dezembro, o governo Bolsonaro fez a Camex (Câmara de Comércio Exterior) suprimir a isenção para importação de vários insumos e equipamentos adotada no início da pandemia.

Entre os itens que voltaram a ser tributados estavam cilindros para oxigênio e agulhas e seringas. Incompetência demais ou tática genocida?

Em março, quando o coronavírus começou a matar no Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que o governo iria facilitar ao máximo a importação de insumos e equipamentos.

A estrutura da morte

Por Lygia Jobim, no site Carta Maior:

"A gente está sem oxigênio para os pacientes, a previsão é que acabe em duas horas. Já tivemos baixas de pacientes, então quem tiver oxigênio em casa sobrando, por favor, traga aqui para o hospital", suplicou o médico intensivista do HUGV, Anfremon D'Amazonas Monteiro Neto nas redes sociais.

"Acabou o oxigênio e os hospitais viraram câmaras de asfixia", diz o pesquisador Jesem Orellana.

"Os pacientes que conseguirem sobreviver, além de tudo, devem ficar com sequelas cerebrais permanentes."

As frases acima são do dia 14 de janeiro de 2021 e se referem à situação no Estado do Amazonas. Entrará para a história de nosso país como o Dia da Infâmia.

sábado, 16 de janeiro de 2021

A pressão pelo impeachment ganha força

"As elites estão sentadas numa bomba"

Hospitais ficam sem oxigênio em Manaus

Brasil sem emprego, sem Ford e com inflação

É hora de se falar a sério do impeachment

O escândalo do gás de cozinha

A situação dos povos indígenas

Existe algo de podre na justiça brasileira?

Para entender o caos em Manaus

"Somos hoje o Brasil de amanhã"

População de Manaus pede socorro

Governo Bolsonaro e o golpe anunciado

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Panelaço reforça pressão por impeachment

Minhocão, São Paulo. Foto: @projetemos/Mídia Ninja

Por Altamiro Borges


Vídeos de todos os cantos do país mostram que o panelaço desta sexta-feira (15) contra Jair Bolsonaro foi o maior desde a sua posse. Nas redes sociais, as postagens indicam que cresce o movimento pelo impeachment do "capetão". O crescente descontentamento talvez explique o nervosismo do genocida no programa “Brasil Urgente”, da Band. Ele se enrolou e mentiu descaradamente, sem ser incomodado pelo cordial âncora José Luiz Datena. Algo se move em plena quarentena!

Convocado às pressas pela internet por ativistas sociais, lideranças políticas e artistas, o protesto agitou vários bairros nas capitais e nas maiores cidades do país. Em São Paulo, por exemplo, além do panelaço foram projetadas imagens nos edifícios do centro da cidade contra o genocida que preside o país. “Sem oxigênio, sem vacina, sem governo”, protestava uma das projeções.

Bolsonaro negocia com os lobistas de armas


Por Altamiro Borges


Enquanto os brasileiros morrem por falta de oxigênio em Manaus e milhões passam fome sem o auxílio emergencial, Jair Bolsonaro segue com suas negociatas às escondidas, sem qualquer transparência pública. Ele agora se nega a prestar informações sobre as visitas de lobistas de armas ao Palácio do Planalto.

Segundo denúncia da revista Época, o governo federal decidiu usar a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais como base para negar o pedido da Lei de Acesso à Informação (LAI) sobre a visita de lobistas e de outras figuras sinistras à sede oficial. O pedido rejeitado foi apresentado pelo deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP).

A mídia alternativa em tempos de Bolsonaro

Bonner já sabia que "esgrimava com loucos"

Por Eliara Santana, no site Viomundo:

Após uma edição contundente do Jornal Nacional, que mostrou o absoluto caos em Manaus, no Amazonas, onde não há mais oxigênio para tratar dos pacientes do Covid – ou seja, as pessoas estão morrendo sem conseguir respirar –, o jornalista e apresentador do JN, William Bonner, chamou para a apresentação da média móvel, os números compilados pelo Consórcio de Veículos de Imprensa sobre a Covid-19 no Brasil.

E se pronunciou, em forma de um apelo à nação:

Mortes em Manaus: Auschwitz é aqui

Por Jeferson Miola, em seu blog:


A asfixia de seres humanos por falta de oxigênio é, provavelmente, a forma mais cruel, mais sofrível e mais macabra de se matar e de se morrer.

Morre-se em desespero, debatendo-se em sofrimento e em pânico com o fim iminente e asfixiante.

A falta de oxigênio representa a privação do elemento químico absolutamente essencial que o organismo humano não pode prescindir além de alguns segundos.

É impensável que no enfrentamento de uma doença como a Covid, que afeta diretamente a capacidade respiratória das pessoas, não tenha havido provisionamento de respiradores mecânicos e de oxigênio para uso médico compensatório.

Não se pode atribuir a barbárie de Manaus somente à incompetência e ao despreparo do paspalhão general Pazuello e seus militares que desmontaram a excelência técnica do SUS e transformaram o ministério da Saúde em estrebarias dos seus quarteis.

Não dá para adiar fim da praga bolsonarista

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Com 62 pedidos de impeachment de Bolsonaro confortavelmente instalados sob seu traseiro, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, às vésperas de deixar o cargo, revolveu bater duro no presidente da República chamando-o de covarde e denunciando o que todos que têm mais de dois neurônios estão carecas de saber: a responsabilidade de Bolsonaro pelas mais de 200 mil vidas perdidas para a pandemia de coronavírus.

É provável, porém, que a súbita elevação de tom por parte de Maia não signifique adesão tardia à tese civilizatória do afastamento de um presidente que submete a nação à sua necropolítica.