domingo, 14 de março de 2021

'Zé Arminha' é a cara da confusão na direita

Por Fernando Brito, em seu blog:

A noite de sexta-feira foi animada pelas gozações à troca dos memes publicados por Eduardo Bolsonaro, avisado em sua volta ao Brasil depois da Missão Spray em Israel.

Além de revelar ridícula “conversão” da família à vacina que nos faria “virar jacaré”, é a expressão pura da mentalidade doentia de quem encara o mundo como um confronto bélico, uma guerra permanente e de extermínio.

Mas, paradoxalmente, encarna, na reação horrorizada que provocou, sentimentos antagônicos à barbárie que a “bolsoarte” exposta na imagem estúpida.

Ao transformar em morte a ideia da vida, traduz fielmente a escolha que o país tem diante de si.

Lula e a esperança para uma Nação destroçada

Por Jeferson Miola, em seu blog:


“O Brasil não merecia passar o que está passando”. “Quando é que vamos acordar?”, Lula questiona.

A resposta a esta pergunta indignada está no discurso histórico do próprio Lula no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo nesta 4ª feira, 10 de março de 2021.

Neste discurso de estadista, Lula trouxe esperança e confiança para uma Nação devastada, destroçada e dilacerada pela facção mais abjeta e extremista da classe dominante.

Lula sempre acreditou que a verdade triunfaria sobre a mentira; sempre confiou que este dia chegaria, mesmo que por uma justiça tardia que, por tardia, geraria todas as irreparáveis injustiças de que ele foi vítima.

Mas este dia finalmente chegou, e a verdade, enfim, venceu!

A histeria do mercado com o gasto público

Por Wagner de Alcântara Aragão, no site Brasil Debate:

Um dos não muitos programas de Jornalismo com jota maiúsculo na televisão brasileira, o Profissão Repórter, comandado por Caco Barcellos, iniciou a temporada 2021 e, no segundo episódio, trouxe imagens e depoimentos tristes e desesperadores sobre a miséria e a fome, que se acentuaram no Brasil.

Uma pena, porém, o ingrato horário de exibição: uma hora da madrugada de uma quarta-feira (3 de março), praticamente.

Porque aquelas cenas e histórias precisam de ser mostradas em horário nobre. Quem sabe, com audiência massiva, haja uma sensibilização e mobilização maior para o enfrentamento do problema.

Em horário nobre, e com repercussão, com cobrança de autoridades políticas e representantes do poder econômico, talvez o auxílio emergencial, irrisório, mas única fonte de renda neste momento para dezenas de milhões de brasileiros e brasileiras, já tivesse sua continuidade aprovada e em vigência.

"Mercado" reage à elegibilidade do Lula

Por Juliane Furno, no jornal Brasil de Fato:

Recentemente meu irmão, Lucas, comentou que não entendia como a “economia ia bem” mesmo vendo tanto comércio fechar e gente desempregada. Aí fiquei reflexiva e perguntei: mas vai bem como? A resposta foi categórica: a bolsa sobe.

Frente aos últimos acontecimentos em torno do alvoroço do mercado em relação a elegibilidade de Lula, depois que o Ministro Fachin suspendeu as condenações proferidas por Sergio Moro, resolvi tentar explicar porque isso acontece e o que essas expectativas que envolvem valorização do dólar e baixa na Bolsa dizem sobre a economia real.

PEC Emergencial acelera desmonte do Estado

Editorial do site Vermelho:

Os argumentos do governo Bolsonaro para defender a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 186, aprovada pela Câmara dos Deputados 1º turno, traduzem uma questão de fundo, uma dicotomia entre o “ajuste fiscal” e as urgências do povo. O argumento é de que a chamada PEC Emergencial permite o pagamento do auxílio emergencial em 2021 com R$ 44 bilhões por fora do teto de gastos e impõe mais rigidez na aplicação de medidas de contenção fiscal, controle de despesas com pessoal e redução de incentivos tributários.

A reeleição de Bolsonaro

Por Frei Betto, em seu site:

Sei que o título parece um pesadelo, mas há que encarar a possibilidade com realismo. A direita, incluindo os barões do mercado financeiro, sabe quão difícil é ter um candidato capaz de chegar ao segundo turno. O que interessa a ela é engordar os seus cofres. Pouco se importa com as diatribes de Bolsonaro, as milícias, o genocídio pandêmico, a explosão do desemprego e da miséria. Interessam apenas os índices da Bolsa e do câmbio.

A operação Ciro-Mandetta

Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:


O retorno de Lula ao centro do palco reafirmou algumas certezas: ele é o único estadista em atividade no Brasil, e um dos mais importantes do Mundo; para a esquerda e o bloco democrático, faz toda a diferença serem comandados por um líder dessa grandeza, no duro embate para remover o bolsonarismo do poder.

Mas a volta triunfal de Lula, com um dos mais consistentes discursos de sua longa carreira, no último dia 10 de março no ABC, trouxe também dúvidas:

- por que o JN e as Organizações Globo (Globo News, G1, CBN) deram tanto espaço para Lula no ABC?

- por que, nos dois dias anteriores, a Globo abriu espaço também para a humilhante derrocada de Moro no STF, preparando assim a volta de Lula na figura de líder injustiçado?

Roberto Marinho tinha frase célebre: “o importante não é o que eu mostro nos noticiários, mas o que eu deixo de mostrar”.

sábado, 13 de março de 2021

Golpista da Bolívia é presa por terrorismo

Por Altamiro Borges

A golpista, racista e assassina Jeanine Áñez, que usurpou a presidência da Bolívia após a derrubada ilegal de Evo Morales em novembro de 2019, foi detida neste sábado (13) e transferida a um presídio em La Paz. Ela é acusada de “conspiração, sedição e terrorismo”. Será que um dia o Brasil fará o mesmo com seus golpistas?

No momento da prisão, a covarde ex-ditadora – que autorizou várias atrocidades contra seus opositores – escondeu-se em uma cama box. Segundo a Agência Boliviana de Informação, quando soube que os policiais estavam em sua casa, ela se abrigou dentro da cama. Os agentes chegaram a pensar que ela teria fugido para o Brasil, mas conseguiram achar a fujona.

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A anulação dos processos contra Lula

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Unidade e bandeiras para enfrentar a crise

Por João Paulo Rodrigues


Com a chegada à presidência da República de Jair Bolsonaro, expressão de uma corrente neofascista que se insurge contra a democracia e os direitos conquistados na Constituição de 1988, abriu o debate no campo progressista em relação à tática mais adequada para enfrentar os retrocessos em curso no país.

A eleição de uma figura que faz apologia ao golpe de 1964 e defende o regime militar que vigorou até 1985 acendeu na memória de muitos a campanha pelas Diretas Já, especialmente depois que a pandemia de coronavírus chegou ao Brasil e foram realizados atos autoritários contra as instituições.

A unidade de um conjunto de organizações políticas, do movimento sindical, estudantil e popular, das igrejas progressistas, entidades da sociedade civil e formadores de opinião, como artistas, jornalistas e intelectuais, pela democracia nos anos 80 se transformou num paradigma.

As Américas falam do retorno de Lula

Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Por César Locatelli, no site Carta Maior:


As Américas todas noticiaram e muitos, pode-se dizer, comemoraram a anulação dos processos de Moro contra Lula e sua histórica coletiva: um forte sopro de esperança para o sonho latino-americano de integração, a Pátria Grande.

Lula relembrou o incentivo ao Mercosul, a formação da Unasul e, ainda mais importante, deixou claro que não cabe na América Latina um país rico rodeado de pobreza: “nós construímos e fortalecemos o Mercosul. Nós construímos a Unasul, porque a gente queria criar um grande bloco econômico latino americano, um bloco de 400 milhões de habitantes, de um PIB razoavelmente grande, para negociar em condições de igualdade com a Europa”.