sexta-feira, 14 de maio de 2021

As fragilidades de uma democracia mambembe

Por Roberto Amaral, em seu blog:


Em artigos anteriores, e em outros textos, tenho discutido a singularidade dos golpes de Estado “constitucionais” ou simplesmente “legais”, nos quais o Brasil se especializou. Refiro-me àquelas alterações de poder levadas a cabo sem a condicionante clássica de fratura no império formal do direito dominante. Ao contrário, as alterações desse tipo se concluem “nos termos da lei”, sob a vigilância dos juristas orgânicos do sistema. O gênero golpe de Estado, portanto, não constitui monopólio dos Executivos, nem requer o prévio desfile de tanques, embora jamais conheça o bom êxito quando não dispõe do beneplácito dos fardados. Fora das ruas e dos quartéis, os golpes são gestados e concluídos nos palácios dos poderes civis. Golpes desse gênero se dão pelas mãos do Congresso ou do Judiciário, ou pela conjunção dos dois poderes, de que serve de exemplo a deposição de Dilma Rousseff. 

A bola caiu na poça de água

Por João Guilherme Vargas Netto


Em uma pelada depois da chuva nada é mais irritante que a bola cair na poça de água. O jogo se paralisa, a concentração se dispersa e os jogadores se encrencam entre si.

É o que tem acontecido com a reivindicação do auxílio emergencial de 600 reais para todos os necessitados até o fim da pandemia.

Os deputados e os senadores não se dispõem a votar a MP 1.039 e ampliar o atual auxílio merreca e não se consegue criar um amplo movimento de opinião pública exigindo isso.

Até mesmo as muitas conversas do ex-presidente Lula em Brasília não lograram sensibilizar os parlamentares e a opinião pública.

Quatro principais chuvaradas encharcaram o terreno e criaram a poça que tem paralisado o jogo.

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Pazuello será alvo de condução coercitiva?

O combate sistêmico ao racismo

Editorial do site Vermelho:


O combate ao racismo no Brasil tem sentido estrutural. A violência que atinge principalmente a juventude negra, como ocorreu recentemente em Jacarezinho (Rio de janeiro), no caso das mortes em Salvador decorrente das prisões no supermercado Atakarejo e numa loja Carrefour no Rio Grande Sul, traduz uma grave situação de exclusão social.

O movimento antirracista tem jogado um papel destacado nas conquistas obtidas historicamente e no combate aos retrocessos. Houve avanços com a Lei de Cotas nas universidades, que completa dez anos em 2022 e que precisa ser prorrogada. Segundo José Vicente, reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, em quase dez anos as cotas aumentaram a presença de estudantes negros nas universidades de 3% para 17%. Mas é inegável que o momento é de retrocesso brutal.

CPI acendeu a luz vermelha no Planalto

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Fabio Wajngarten mentiu muito mas entregou o principal para a CPI: o governo não comprou em tempo vacinas da Pfizer porque não quis. Passou dois meses sem responder a uma oferta. E com isso, muitos dos que morreram poderiam ter se salvado.

A prisão do mentiroso teria sido legal mas não teria sido politicamente oportuno dar munição ao bolsonarismo em seu momento de maior desespero desde o início da CPI. Seria alimentar o vitimismo e a histeria contra “o tribunal de exceção”, contra a prisão de quem não foi julgado. O presidente Omar Aziz estava certo. A proposta do senador Humberto Costa foi salvadora: enviando as provas do mentiral para o Ministério Público, a CPI evitou a prisão mas não foi complacente. Ficou o aviso para os próximos depoentes.

Quanto vale uma vida preta?

Por Olívia Santana, no site Bahia Notícias:

Desde sempre, a carne negra tem valido muito pouco na estrutura racista que lastreia a nossa sociedade. O duplo homicídio que ceifou as vidas de Bruno Barros da Silva, 29 anos, e Yan Barros da Silva, 19 anos, com requintes de crueldade, expôs uma promíscua e estranha relação entre os seguranças do Atakarejo e o crime organizado, desmascarando a naturalização da barbárie contra a juventude negra nestes tempos sombrios.

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