quinta-feira, 28 de outubro de 2021

A Argentina como espelho do Brasil

Por Jair de Souza

Fiz a tradução ao português e a legendagem deste documentário argentino de 2019 por uma razão que me pareceu essencial: a atualidade do mesmo para ajudar-nos a entender tudo pelo que o Brasil vem passando nos últimos cinco anos.

O desenrolar da narrativa do vídeo revela os mecanismos usados pelas forças atreladas aos interesses do grande capital quando decidem eliminar da cena política aquelas pessoas ou organizações que, além de oferecerem resistência aos mesmos, demonstram ter força e capacidade de incomodar.

A forma de atuar do imperialismo na era do capitalismo neoliberal apresenta muitas características semelhantes em quase todas as partes onde os interesses do grande capital desejam se sobrepor aos das maiorias populares. Os acontecimentos recentes no Brasil, no Equador, no Peru, na Bolívia, na Argentina, etc., não deixam margem para dúvidas quanto aos laços vinculantes entre todos eles.

Eleição em MG e no RJ: os palanques de Lula

Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:


Encerrada a CPI da Pandemia, que cumpriu papel decisivo ao desmascarar com fatos e depoimentos a responsabilidade de Bolsonaro e seu bando, o Brasil entrará numa fase de decantação política entre novembro/2021 e abril/2022 - como escrevi em coluna anterior.

Está claro que Bolsonaro não será afastado por impeachment (como seria desejável) e que a decisão ficará mesmo para 2022: o Brasil irá às urnas, tudo indica, em meio à recessão.

Nesse quadro, Lula é o favorito, apesar de a maior parte da elite financeira não aceitar bem a volta do petista.

Mas gostaria de chamar atenção para os arranjos locais da política, especialmente em dois estados que costumam ser decisivos nas eleições brasileiras: Rio e Minas.

Desde 2002, nas últimas cinco eleições presidenciais, a geografia do voto no país parece bastante consolidada.

Ministro do STF é "terrivelmente caro"?

Charge: Luc Descheemaeker
Por Fernando Brito, em seu blog:


“Quanto custa uma vaga no Supremo Tri…?”

A pergunta, incompleta mas evidente menção ao STF, lançada por Jair Bolsonaro, sem saber que estava sendo gravado, exige uma resposta de quem a formulou.

Se sabe, precisa contar e, se não sabe, não tem responsabilidade para escolher integrantes da Corte Suprema.

De uma só vez, lançou a suspeita de que os atuais 10 integrantes do Supremo Tribunal Federal tiveram suas vagas compradas, como mercadoria e, por consequência, compensam com seus votos o investimento que neles se fez.

Houvesse dignidade sob a vasta cabeleira do presidente da Câmara, Luiz Fux, estaria havendo um interpelação dura e contundente ao presidente.

Chile: "retomar e industrializar riquezas"

Por Leonardo Wexell Severo

Indicado pelo presidente Salvador Allende (1970-1973) para comandar a equipe da nacionalização do cobre, estratégico mineral do qual o país detém 30% das reservas mundiais, Orlando Caputo acredita que “mais do que nunca, é tempo de retomar seus ideais”. Para o renomado economista, “é hora de transformar a imensa energia emanada das ruas, no levante social de 2019, em ruptura com as amarras da submissão ao estrangeiro, da lógica neoliberal, de privatização e corte de direitos, herdada da ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990)”.

A gênese da mídia do ódio

A luta dos trabalhadores na educação

As consequências do racismo na infância

As ameaças de financeirização da sociedade

'Visité Venezuela y esto fue lo que vi y viví'

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Relatório da CPI repercute na mídia mundial

Por Altamiro Borges

A aprovação no Senado do relatório da CPI do Genocídio repercutiu com força na imprensa mundial. O jornal britânico The Guardian, por exemplo, destacou que a "comissão vota para apoiar a pressão e manter o presidente como responsável por muitas das mais de 600.000 mortes de Covid no Brasil". O também britânico The Times foi ainda mais incisivo: “Comissão conclui que o presidente de extrema-direita expôs deliberadamente o Brasil ao coronavírus”.

Inflação de alimentos e a offshore de Guedes

Os méritos e as duas lacunas da CPI

Por Jeferson Miola, em seu blog:


“Guerras se enfrentam com especialistas, sejam elas bélicas ou sanitárias. A diretriz é clara: militares nos quartéis, e médicos na saúde. Quando se inverte, a morte é certa. E foi isso que, lamentavelmente, parece ter acontecido” - Relator Renan Calheiros, na sessão inaugural da CPI, 27/4/2021

É a primeira vez que um presidente da República é indiciado por crimes contra a humanidade, por crimes de responsabilidade e por outros oito tipos penais suficientes para condenar Bolsonaro ao enjaulamento por 30 anos – a pena máxima permitida no Brasil – nos tribunais nacionais e internacionais.

Não é trivial uma CPI pedir a responsabilização de ministros e ex-ministros de Estado, agentes públicos, deputados, senadores, governador e secretário de Estado, dirigentes partidários, médicos, militares, policiais, diplomatas e empresários por crimes variados.

Antibolsonarismo já supera o antilulismo

Por Cintia Alves, no Jornal GGN:


Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (27) apurou o nível de “simpatia” do eleitorado em relação aos dois candidatos que lideram até o momento a corrida presidencial de 2022. O resultado mostra que o anti-bolsonarismo é maior do que o sentimento anti-lulista.

Segundo o levantamento, 37% dos pesquisados se disseram simpáticos ao atual presidente Jair Bolsonaro, contra 58% que se definiram como anti-Bolsonaro.

Quando perguntados sobre o ex-presidente Lula, 39% se definem como anti-Lula e 53% como pró-Lula. A distância entre o anti-bolsonarismo e o anti-lulismo é de 19 pontos percentuais. A margem de erro da pesquisa é de 3.1 pontos percentuais.

Distopia e utopia

Trabalhador com um carrinho de mão, Edvard Munch
Por João Guilherme Vargas Netto


A companheira Maria Edna, do Sintetel-SP, é leitora atenta e muito preocupada com o futuro do trabalho humano. Assim como ela muitos ativistas, dirigentes, acadêmicos e pesquisadores – no mundo inteiro – preocupam-se com o tema.

Desde o avassalamento neoliberal no mundo inteiro (exceto da China, o que deve ser levado em conta) as relações do trabalho e o próprio sofreram mutações espetaculares que as desorganizaram e infligiram aos trabalhadores dificuldades crescentes: desemprego, informalidade, deterioração dos salários, enfraquecimento dos sindicatos e associações, desindustrialização, imigrações e guerras localizadas. O próprio trabalho (como categoria para compreender a realidade humana) foi posto em questão e desprezado na mídia grande e nas academias.

Aras não poderá se omitir com relatório da CPI

Momentos da CPI que renderam memes

Participação popular e reconstrução nacional

CPI da Covid entrega o relatório. E agora?

CPI quer banir Bolsonaro das redes sociais

Irritado, Bolsonaro abandona entrevista