terça-feira, 9 de novembro de 2021

Crise no Enem desespera 3,1 milhões de jovens

Por Altamiro Borges

O ministro-pastor Milton Ribeiro é um completo desastre. Ele agora coloca em risco o sonho de 3,1 milhões de jovens que participarão daqui a duas semanas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Fruto da sua incompetência, 31 técnicos e coordenadores pediram demissão nesta semana do Ministério da Educação. A debandada abre uma gravíssima crise no setor.

Responsáveis pela elaboração e aplicação das provas, os demissionários acusam o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Danilo Dupas, de promover o desmonte do principal órgão do MEC. “Está saindo todo mundo do sistema de monitoramento de incidentes, que é o radar do Inep para solucionar os problemas de aplicação do Enem. O exame vai ser realizado num voo às cegas”, explicou ao jornal Estadão uma servidora do instituto.

Guedes depõe sobre R$ 52 mi em offshore

Por Altamiro Borges


Está marcado para esta quarta-feira (10) o depoimento de Paulo "Offshore" Guedes à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara Federal sobre os depósitos secretos de quase R$ 52 milhões em paraíso fiscal. Será que a mídia rentista, que já abafou descaradamente o escândalo do Pandora Papers, dará destaque para a sessão?

Segundo matéria de Carla Araújo no site UOL, a convocação do ministro da Economia de Jair Bolsonaro, que ainda gerava dúvidas, foi confirmada pelo presidente da comissão, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). “Acho que o ministro vai ter oportunidade de esclarecer os fatos. O grande problema do Brasil hoje são essas confusões na economia, que trazem fragilidade", afirmou o parlamentar.

Mais ataques de Bolsonaro aos trabalhadores

Editorial do site Vermelho:


No extenso conjunto de ações e omissões da gestão Jair Bolsonaro que prejudicaram especialmente a classe trabalhadora, a busca da precarização nas relações de trabalho parece ser o ponto comum. Daí não surpreender a ninguém a nova denúncia divulgada pela Folha de S.Paulo segundo a qual o governo tem esvaziado a fiscalização trabalhista, a ponto de desviar verbas direcionadas a esse fim.

Segundo o jornal, os recursos, oriundos de infrações trabalhistas, eram destinados a equipar grupos de fiscalização do governo. Porém, o dinheiro tem sido transferido para o FDD (Fundo de Defesa dos Direitos Difusos) e o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Equipamentos centrais na fiscalização, “como caminhonetes destinadas à atuação de auditores-fiscais do trabalho”, também são realocadas, para a alegria de empregadores que infringem a legislação cada vez com menos risco.

As emendas secretas e a batalha pelo cofre

Por Fernando Brito, em seu blog:

O desenho da votação sobre as emendas secretas de relator está se desenhando terrível para Arthur Lira, com os três votos pela manutenção da ordem de suspensão do seu pagamento já registrados no plenário virtual do Supremo Tribunal Federal – além do dela própria, Carmem Lúcia e Luiz Roberto Barroso.

Não é difícil imaginar que já sejam cinco: Ricardo Lewandowski e Luiz Edson Fachin são dados como certos, na mesma direção.

Basta que um dos três possíveis votos – Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Alexandre de Morais, que desejam uma composição – penda a favor de Weber e a fonte de dinheiro para a formação do trator de Lira ficar comprometida.

Nunes Marques vota com o Planalto até em concurso de miss e Luiz Fux, vendo a questão definida, fará um voto para o lado que achar mais conveniente ao seus jogos de poder: o interno ou o externo.

Cesta básica já passa dos R$ 700

Seis anos do crime na Samarco em Mariana

Bolsonaro diverte o mundo

MST ocupa Samarco contra a impunidade

O STF diante do orçamento secreto

China e a economia de projetamento

Para entender a crise hídrica no Brasil

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Pandemia agrava crise da TV Globo e do SBT

Lucro do Itaú e o paraíso dos banqueiros

Lula lidera todas as pesquisas

Lava-Jato: Um cupim contra o Brasil

O papel da mídia na prisão ilegal de Lula

Terceira via do agronegócio é mais uma fria

Por Tarso Genro, no site Sul-21:


Alguns dizem que a luta entre as classes se torna supérflua para compreender a História, numa época em que existe a possibilidade de ser manipulado o patrimônio genético da humanidade, convertendo-o em matéria prima para o desenvolvimento do capitalismo. Outros – os mais cansados – dizem que o fim da História já está situado nesta “conversão” do patrimônio biológico em patrimônio capitalista, e que o nosso limite está dado pela própria possibilidade de converter a democracia liberal em democracia “dialógica”, com quem vai controlar aquele capital biológico. Como sou um historicista incorrigível aposto que a política pode, tanto socorrer uma, como outra alternativa, bem como direcioná-las para sentidos humanistas e libertários ainda não engendrados.

Moro e Dallagnol já deveriam estar presos

Por Jeferson Miola, em seu blog:


Sérgio Moro e Deltan Dallagnol dispensaram os disfarces – os pessoais e os da organização criminosa que montaram.

O ex-juiz já o tinha feito bem antes – ainda em 2018, em plena eleição presidencial, quando forjou a divulgação ilegal da delação fraudada de Palocci em troca da indicação para o STF. O cargo de ministro de Bolsonaro seria um trampolim – para o STF ou, talvez, para alguma ambição política maior.

O agora ex-procurador também até ensaiou sair da “clandestinidade” para assumir o caminho político em 2018, mas finalmente decidiu fazê-lo para a eleição de 2022.

O imponderável mundo novo

Por Roberto Amaral, em seu blog:


Sugeridos pela expectativa das próximas eleições – para muitos a possiblidade de mudança com a qual podemos contar –, partidos políticos e fundações as mais variadas, grupos sociais, entidades de classe e sindicatos se voltam para a formulação de planos e programas de governo. O ponto de referência é o quadro trágico de nossa realidade, que deita consequências para além dos tristes dias de hoje. O concurso civil-militar governante desde 2016 não se satisfaz em destruir o presente do país e de seu povo – condenado à desesperança – e cuida mesmo de nos privar do futuro, mediante o combate sem tréguas ao conhecimento científico, atacando a educação e a cultura de um modo geral, mas concentrando seu poder de fogo o mais letal contra a universidade pública, centro de produção de algo como 90% da pesquisa acadêmica, seja em ciências sociais, seja em ciências exatas. 

A mudança de carreira de Moro e Dallagnol

Por Cintia Alves, no Jornal GGN:


O que leva um juiz que chegou a afirmar que “jamais” entraria para a política partidária a mudar de ideia e abandonar a estabilidade da magistratura para, primeiro, ser ministro de Jair Bolsonaro e, depois, cogitar lançar-se como terceira via – ou disputar o Senado – num cenário tão polarizado quanto a eleição de 2022?

A anunciada filiação de Sergio Moro ao Podemos e a exoneração de Deltan Dallagnol do Ministério Público Federal (MPF) para se dedicar à “luta anticorrupção com mais liberdade” foram as principais notícias da semana, despertando reações de todos os lados.