sexta-feira, 24 de junho de 2022

Os desafios pós-pesadelo

Charge: Mau
Por Roberto Amaral, em seu blog:


É majoritária entre os analistas da cena republicana a convicção de que caminhamos para a mais importante das eleições presidenciais desde o fim da última ditadura. Serão, porém, eleições graves, e disputadas em clima de exacerbado antagonismo, ensejador da violência política, terreno pelo qual a extrema-direita brasileira (como suas congêneres mundo afora) tem demonstrado predileção. Mais que indicar o próximo inquilino do palácio do planalto, estaremos, em outubro próximo, definindo que país pretendemos construir. O próprio embate, reduzido a duas candidaturas antípodas, a opostas visões de mundo, de país e de sociedade, dá ao pleito o seu caráter plebiscitário, sem meio termo, pois estaremos decidindo entre a promessa de futuro e a persistência de um passado que enodoa a história.

Poderemos estar ditando o fim de um ciclo escatológico.

Bolsonaro ainda pode vencer Lula?

Charge: Nando Motta
Por André Cintra, no site Vermelho:


A pré-campanha eleitoral de 2022 alcança uma marca simbólica nesta sexta-feira (24): faltam exatamente cem dias para o primeiro turno da disputa à Presidência da República. A crer nas tendências detectadas pela pesquisa Datafolha que foi divulgada nesta quinta-feira (23), o favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está um pouco mais cristalizado.

Tal como um time de futebol que entra em campo podendo empatar ou até perder de pouco, a campanha do petista chega a esta fase da pré-campanha com uma vantagem sólida. Lula teria hoje, segundo o Datafolha, 53% dos votos válidos já no primeiro turno, contra 32% do presidente Jair Bolsonaro. Na comparação com a pesquisa anterior, de um mês atrás, os números apenas oscilaram dentro da margem de erro.

Presos por corrupção são ligados a Bolsonaro

Charge: Toni D'Agostinho
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Desde que assumiu, percebemos nesse governo que o discurso anticorrupção não passava disso: um discurso vazio, já que desde seu início inúmeros casos de desvios de dinheiro público vieram a público. Nesta quarta-feira (22), no entanto, a operação “Acesso Pago”, da Polícia Federal, prendendo um ex-ministro pelo qual Bolsonaro colocou a “cara no fogo”, põe a nu, para o grande público, o verdadeiro caráter desse governo. Como se não bastasse ser incompetente e retrógrado, é corrupto.

Pegaram os pastores, mas não os vampiros

Charge: Mocanus
Por Moisés Mendes, em seu blog:

As rezas dos pastores de Bolsonaro e de Milton Ribeiro podem ter sido mais fracas do que as orações dos vampiros que tentavam vender vacinas inexistentes dentro do Ministério da Saúde, enquanto o governo sabotava a vacinação.

O balcão de negócios com Bíblias e barras de ouro foi denunciado em março deste ano, quando apareceu pela primeira vez (que se dê o crédito) no Estadão. Já as quadrilhas das vacinas foram expostas desde junho do ano passado pelo deputado Luis Miranda.

Ribeiro e alguns pastores já estão presos, e não há nenhum vampiro encarcerado. A gangue dos pastores ainda não se submeteu aos constrangimentos de nenhuma CPI. Os vampiros foram investigados durante seis meses por uma comissão do Senado.

Vitórias sindicais e esperança de mudança

Por João Guilherme Vargas Netto


Quero registrar algumas vitórias recentes dos trabalhadores em sua luta sindical: a greve de 16 dias dos metalúrgicos da Renault, no Paraná, a laboriosa articulação dos frentistas no Congresso Nacional e nos tribunais evitando a extinção de sua categoria, as negociações vantajosas dos metalúrgicos da Caoa Chery garantindo benefícios aos demitidos e a greve de um dia dos motoristas e cobradores na cidade de São Paulo.

Foram todas vitórias maiúsculas, apesar das dificuldades e confirmam o lema de que “quem luta, vence”.

Amado Batista pede desculpas a Lula

Imprensa e democracia em tempos de trevas

Bolsonaro está metido na corrupção do MEC

O racismo na Câmara Municipal de Curitiba

Os militares são cúmplices de Bolsonaro

Esconder a notícia é desinformar

O imperialismo e a cruzada anticomunista

Ex-ministro de Bolsonaro já está livre

As redes sociais são democráticas?

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Amado Batista pede desculpas a Lula

Charge: Quinho
Por Altamiro Borges


"Apesar de ter dito que Fábio Luís Lula da Silva seria latifundiário e dono de cabeças de gado no Mato Grosso e no Pará, reconheço que essa informação chegou ao meu conhecimento a partir de meros boatos irresponsavelmente difundidos na sociedade", admite Amado Batista. O difusor de fake news finalmente confessou seu crime. Antes tarde do que nunca!

Vale lembrar que o pedido de desculpas do bilionário artista bolsonarista é fruto de acordo judicial firmado nesta semana no Tribunal de Justiça de Pernambuco. Como afirma generosamente o site de Lula em postagem nesta quarta-feira (22), "o cantor Amado Batista restabeleceu a verdade e fez um bem a si próprio e à sociedade brasileira”.

Ficha difícil de cair

Charge: Mau
Por Manuel Domingos Neto

Incomoda-me ouvir recriminações ao Exército por sua “inoperância” no de Bruno e Dom. Isso é assunto de polícia, não de militares. Há mil motivos para repudiar o Exército, não esse.

Custear exército para que atue na segurança pública é jogar dinheiro fora e expor a cidadania à truculência.

Exércitos devem servir para dissuadir ou abater agressores estrangeiros; preparar-se para lidar com inimigos, não para disciplinar cidadãos e perseguir criminosos. Excepcionalmente acodem a sociedade em calamidades extremas.

O Constituinte vergou quando admitiu que as Forças Armadas atuassem para garantir a Lei e a Ordem. Lula errou ao sancionar, em 2004, a Lei Complementar que garantiu poder de polícia às Forças Armadas na faixa de fronteira. Agravou o distúrbio de personalidade das fileiras e deixou de fazer o necessário preparar a segurança pública nas áreas remotas.

Bolsonaro e a roubalheira "em nome de deus"

Charge: Magno
Por Jeferson Miola, em seu blog:

O ministério bolsonarista da Educação [MEC] é palco de vários escândalos de corrupção, em regra abafados, como ocorre em outros ministérios e órgãos do governo militar, inclusive nas Forças Armadas.

Antes do esquema de corrupção de pastores que controlavam a agenda e os repasses de verbas públicas, outros escândalos do MEC ficaram conhecidos, como, pelo menos [1] a fraude milionária com gráficas para impressão das provas do ENEM; [2] a licitação fraudulenta de R$ 3 bilhões para compra de computadores para escolas públicas, por meio da qual 255 estudantes de uma determinada escola receberiam 30 mil laptops, uma média de 117,6 laptops por aluno; e [3] a licitação, também fraudulenta, com superfaturamento de R$ 700 milhões para a compra de ônibus escolares.

PF prende pastor do MEC e amigos de Jair

Charge: Nei Lima
Por Fernando Brito, em seu blog:

“Ex-ministro e pastor ligado a Bolsonaro são presos pela PF em operação sobre ‘balcão’ do MEC” era tudo o que Jair Bolsonaro temia que acontecesse. Afinal , a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro é pior do que qualquer consequência das muitas falcatruas praticadas por este governo.

Jair Bolsonaro, afinal, há menos de três meses dizia “botar a cara toda no fogo” pelo pastor-ministro e quis colocar sigilo de 100 anos para as agendas das múltiplas visitas que os pastores de negócios – vendedores de bíblias em troca de comissões em verbas públicas – no Palácio do Planalto.

Para o juiz da 15ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal ter expedido 5 mandados de prisão e outros 13 de busca e apreensão, é provável que os indícios que o levaram a isso sejam fortes e escandalosos.

Colômbia necessita de Estado protecionista

Gustavo Petro e Francia Márquez
Por Leonardo Wexell Severo, da agência ComunicaSul:

Uma vez vitoriosos Gustavo Petro e Francia Márquez nas eleições presidenciais de domingo (19), “agora vem a parte difícil do processo para construir uma nova realidade”, alerta o professor Renán Vega Cantor. Em entrevista exclusiva, o economista e historiador, professor da Universidade Pedagógica Nacional da Colômbia, defende que o país “necessita de um Estado protecionista para impulsionar a industrialização”. Doutor em Estudos Políticos pela Universidade Paris VIII, mestre em História e bacharel em Economia pela Universidade Nacional, Renan Vega acredita que é preciso fortalecer o mercado interno e pôr fim ao importacionismo como medidas imprescindíveis para gerar emprego e renda. 

O que explica a "queda" do desemprego?