terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Festa está no fim e a guerra será na economia

Brasília, 01/01/23. Foto: Ricardo Stuckert
Por Fernando Brito, em seu blog:

Um bom amigo de Lula, Leonardo Boff, já escreveu que “a festa é o tempo forte no qual o sentido secreto da vida é vivido mesmo inconscientemente” e que, nela, todos estão juntos não para aprenderem ou ensinarem algo uns aos outros, mas para alegrarem-se, para estar aí, um-para-o-outro comendo e bebendo na amizade e na concórdia”.

A festa de posse de Lula, ontem, foi assim e não poderia ser mais carregada de símbolos do que foi.

Como em todas as festas, sobra um pouco ainda para hoje – uma agenda repleta de encontros com autoridades estrangeiras, e não é ainda dia para voltarem as intolerâncias e os ódio que, como ontem, ficam restritos aos resmungos dos derrotados.

Mas logo voltarão e o de novo Presidente Lula sabe que, desta vez, tudo será mais rápido e urgente.

Os chiliques do mercado contra Lula

Charge: Duke
Por Helena Chagas, no site Brasil-247:


Será que alguém esperava que o governo Lula não tirasse as estatais da lista de privatizações? Isso era tão certo quanto o fato de Jair Bolsonaro estar a essa hora comendo frango frito em Orlando.

O discurso de posse em que Lula falou da "estupidez" do teto de gastos para, em seguida, dizer que tem responsabilidade, também não fugiu ao padrão que marcou a campanha.

Fernando Haddad, por sua vez, tem feito pronunciamentos mais do que equilibrados em suas poucas horas como ministro da Fazenda

Por que então os chiliques do mercado?

Alguns de seus representantes chegam inclusive a apontar uma falsa derrota de Haddad na questão das isenções tributárias dos combustíveis, inaugurando, desde já, a suposta - e esperadíssima - disputa entre o novo ministro da Fazenda e a ala política-petista do governo.

O reposicionamento do partido dos generais

Charge: Amarildo
Por Jeferson Miola, em seu blog:


No pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV quando faltavam menos de quatro horas para o fim do desastroso governo militar, o general Mourão foi porta-voz da reacomodação tática do partido dos generais na conjuntura.

Foi uma operação pública de descarte do Bolsonaro pelas cúpulas partidarizadas das Forças Armadas.

O nome de Bolsonaro não foi citado uma única vez no discurso lido por Mourão. O general fez menção indireta a ele como alguém que, com seu “silêncio ou protagonismo inoportuno e deletério”, criou “um clima de caos e de desagregação social” no país.

Com aquele cinismo típico com que os militares distraem a atenção sobre a realidade e geram dissociações cognitivas para mascarar o envolvimento central das Forças Armadas no questionamento do resultado eleitoral e no clima de caos e terror no país, Mourão citou lideranças [como Bolsonaro] que “de forma irresponsável deixaram que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta, para alguns por inação e para outros por fomentar um pretenso golpe”.

É possível salvar a democracia brasileira?

Brasília, 01/01/23. Foto: Ricardo Stuckert
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


Lula foi eleito com um grande objetivo: salvar a ameaçada democracia brasileira.

Com efeito, a frente política que se criou em torno de Lula visou, e visa, derrotar o bolsonarismo neofascista e defender a institucionalidade democrática do Brasil contra uma agenda claramente golpista e autoritária.

A duras penas, e mediante um resultado eleitoral bastante apertado, conseguiu-se obter um primeiro passo nessa direção: Bolsonaro foi derrotado e, aparentemente, foram afastadas as perspectivas imediatas de um golpe de Estado no Brasil.

Ao que tudo indica, Lula deverá tomar posse em 1º de janeiro, mesmo com as sérias ameaças de atos terroristas.

Entretanto, é evidente que isso não basta para dar solidez ao processo democrático brasileiro, tão fragilizado após o golpe institucional de 2016.

domingo, 25 de dezembro de 2022

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