Por Altamiro Borges
Dividida e sem bandeiras, a oposição liberal-conservadora já escolheu seu mote para a campanha eleitoral de 2008: a inflação. Em discursos inflamados, tucanos, demos e notórios mercenários da mídia culpam o governo Lula pela recente escalada inflacionária. “Incompetente” e “frouxo” são alguns dos adjetivos utilizados. Nada falam sobre a explosão dos preços dos alimentos no mundo todo nem sobre a atuação corrosiva dos especuladores sobre a alta das commodities. O discurso é rasteiro, quase que numa torcida pela volta da inflação, que vitima especialmente os mais pobres.
Diante do risco inflacionário, os setores neoliberais – de fora e dentro do governo – se rendem ao deus-mercado e pregam enrijecer as medidas ortodoxas, com novos aumentos dos juros, restrição ao crédito e mais arrocho fiscal. Estas “ações duras” ganham adeptos até em setores progressistas da sociedade. O remédio indicado, porém, pode rapidamente se converter num veneno, castrando o crescimento da economia e resultando em novo ciclo de desemprego. Seria o retorno do “vôo da galinha” na economia, que penaliza o setor produtivo e beneficia apenas a minoria de rentistas.
Abalo na popularidade de Lula
De fato, o retorno da inflação é um espectro que ameaça as famílias brasileiras. Pesquisa recente do Dieese atestou a elevação do custo da cesta básica em 16 capitais. Nos últimos doze meses, o aumento variou de 27% em Porto Alegre a 52% em Natal. Estimativas do Banco Central situam a inflação medida pelo IPCA em 6,3% em 2008, quase no teto da meta oficial. Há 14 semanas o preço dos alimentos cresce, o que é sentido por qualquer um que vá à feira. O medo do monstro inflacionário já surge nas pesquisas de opinião e pode, conforme alerta o economista Luis Nassif, abalar a popularidade do governo Lula, assentada, sobretudo, nos índices positivos da economia.
O dilema é que o remédio proposto pelos neoliberais não resolve o problema. Pelo contrário. Ele pode ter efeitos colaterais ainda mais destrutivos. O Brasil já ostenta o título de campeão mundial dos juros, sendo um paraíso da usura. Se a taxa for elevada, afetará o investimento das empresas, comprometendo o crescimento da economia. Também atingirá as contas do próprio governo, já que os títulos da dívida pública estão indexados à taxa Selic. Alem disso, reforçará a tendência à sobrevalorização cambial, atraindo capitais voláteis e deteriorando ainda mais as contas externas. Em síntese, a alta do juro retrairá o crescimento da economia e conterá a expansão do emprego.
A pressão do deus-mercado
Até agora, o presidente Lula resiste à pressão. Tanto que bancou, contra alguns tecnocratas do próprio governo, maiores investimentos na produção agrícola, apostando no aumento da oferta de alimentos para conter a inflação. O Plano Agrícola e Pecuário de 2008-09 prevê um volume de crédito de R$ 78 bilhões, o que representa um incremento de R$ 8 bilhões em relação à safra anterior. Vingou a tese do economista João Sicsú, diretor do IPEA, que afirmou numa entrevista exclusiva ao Vermelho que “a forma mais adequada de se conter a inflação é aumentar a oferta de alimentos e não reduzir a demanda”. Ocorre que a pressão do deus-mercado será violenta, sempre com o apoio entusiástico dos tucanos, dos demos e dos mercenários da mídia.
Dividida e sem bandeiras, a oposição liberal-conservadora já escolheu seu mote para a campanha eleitoral de 2008: a inflação. Em discursos inflamados, tucanos, demos e notórios mercenários da mídia culpam o governo Lula pela recente escalada inflacionária. “Incompetente” e “frouxo” são alguns dos adjetivos utilizados. Nada falam sobre a explosão dos preços dos alimentos no mundo todo nem sobre a atuação corrosiva dos especuladores sobre a alta das commodities. O discurso é rasteiro, quase que numa torcida pela volta da inflação, que vitima especialmente os mais pobres.
Diante do risco inflacionário, os setores neoliberais – de fora e dentro do governo – se rendem ao deus-mercado e pregam enrijecer as medidas ortodoxas, com novos aumentos dos juros, restrição ao crédito e mais arrocho fiscal. Estas “ações duras” ganham adeptos até em setores progressistas da sociedade. O remédio indicado, porém, pode rapidamente se converter num veneno, castrando o crescimento da economia e resultando em novo ciclo de desemprego. Seria o retorno do “vôo da galinha” na economia, que penaliza o setor produtivo e beneficia apenas a minoria de rentistas.
Abalo na popularidade de Lula
De fato, o retorno da inflação é um espectro que ameaça as famílias brasileiras. Pesquisa recente do Dieese atestou a elevação do custo da cesta básica em 16 capitais. Nos últimos doze meses, o aumento variou de 27% em Porto Alegre a 52% em Natal. Estimativas do Banco Central situam a inflação medida pelo IPCA em 6,3% em 2008, quase no teto da meta oficial. Há 14 semanas o preço dos alimentos cresce, o que é sentido por qualquer um que vá à feira. O medo do monstro inflacionário já surge nas pesquisas de opinião e pode, conforme alerta o economista Luis Nassif, abalar a popularidade do governo Lula, assentada, sobretudo, nos índices positivos da economia.
O dilema é que o remédio proposto pelos neoliberais não resolve o problema. Pelo contrário. Ele pode ter efeitos colaterais ainda mais destrutivos. O Brasil já ostenta o título de campeão mundial dos juros, sendo um paraíso da usura. Se a taxa for elevada, afetará o investimento das empresas, comprometendo o crescimento da economia. Também atingirá as contas do próprio governo, já que os títulos da dívida pública estão indexados à taxa Selic. Alem disso, reforçará a tendência à sobrevalorização cambial, atraindo capitais voláteis e deteriorando ainda mais as contas externas. Em síntese, a alta do juro retrairá o crescimento da economia e conterá a expansão do emprego.
A pressão do deus-mercado
Até agora, o presidente Lula resiste à pressão. Tanto que bancou, contra alguns tecnocratas do próprio governo, maiores investimentos na produção agrícola, apostando no aumento da oferta de alimentos para conter a inflação. O Plano Agrícola e Pecuário de 2008-09 prevê um volume de crédito de R$ 78 bilhões, o que representa um incremento de R$ 8 bilhões em relação à safra anterior. Vingou a tese do economista João Sicsú, diretor do IPEA, que afirmou numa entrevista exclusiva ao Vermelho que “a forma mais adequada de se conter a inflação é aumentar a oferta de alimentos e não reduzir a demanda”. Ocorre que a pressão do deus-mercado será violenta, sempre com o apoio entusiástico dos tucanos, dos demos e dos mercenários da mídia.
Nao sei como fazer o pedido, mas vou exigí-lo: FORA GILMAR MENDES. Este sr e a corja ultra-conservadora q atrasa o Brasil JAMAIS me representaram. Sao a escória e o legado do autoritarismo, do apartheid social, das oligarqias. do atraso colonial, da podridao cultural q rosna contra o voto do povo. Sao os péssimos exemplos q nos damos, em qlqr época, em qlqr lugar. Limpemos o STF. O lixo q qeremos ver longe, nos une neste momento. Se vc pensa assim tmbm, entao temos q ser fortes desde dentro de casa, nos trabalhos, nos bares, nos onibus, nas escolas, até nos encontrarmos na rua, e os levarmos - Gilmar e sua gangue - arrastados p/ fora do Judiciário, em nossos direitos e nos deveres de nos representarem. Somos os pagadores de impostos, os trabalhadores e estudantes, as aposentadas e as maes, somos os q qerem mudar. Gilmar e seus uguais sao os carrascos do futuro, nosso futuro. Fora Gilmar/Gracie/Mello e qem mais nos enfrentar.
ResponderExcluirInté,
Murilo Goulart