Por Altamiro Borges
O novo mapa político do país, advindo da eleição municipal e com forte incidência na sucessão presidencial de 2010, será definido neste domingo. Os próprios institutos de pesquisa, cada vez mais desmoralizados, apontam acirradas disputas nas 11 capitais e 18 cidades com mais de 200 mil eleitores que retornam às urnas. Ninguém arrisca palpites, por exemplo, sobre os resultados no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador ou São Luiz. Já em São Paulo e Porto Alegre, duas capitais emblemáticas, a tendência parece mais cristalizada, mas ninguém ainda solta seus rojões.
No primeiro turno, a oposição de direita amargou graves perdas. Até a Folha de S.Paulo, biombo do presidenciável tucano José Serra, reconheceu o retrocesso. “Mesmo se confirmar a vitória em São Paulo, a oposição deverá acordar segunda-feira com um patrimônio perdido de cerca de 10 milhões de eleitores... Hoje, PSDB, DEM e PPS governam juntos 1.760 cidades onde vivem 44,6 milhões de eleitores. No primeiro turno, os três partidos elegeram 1.410 prefeitos, que representam 25,7 milhões de eleitores. Se confirmado o que dizem as pesquisas eleitorais, sairão do segundo turno com apenas três vitórias e passarão a governar 34,9 milhões de eleitores”.
Reforço da esquerda e do centro
Ou seja: mesmo na hipótese mais otimista, incensada pela mídia, a oposição liberal-conservadora já perdeu 10 milhões de eleitores! É evidente que a vitória na capital paulista, a maior referência do país, dará novo fôlego à direita nativa, relativizando sua derrota nacional. Ela ainda aposta as fichas no tucano-verde Fernando Gabeira no Rio de Janeiro e, mesmo ausente de coligações que disputam o segundo turno, torce pelo êxito de alguns peemedebistas como forma de enfraquecer o governo Lula e ofuscar os avanços da esquerda – como nos casos de Salvador e Porto Alegre.
Para a disputa presidencial de 2010, as forças de esquerda que apóiam o governo Lula saem das eleições municipais com sólidas trincheiras. PT, PCdoB, PSB e PDT foram os partidos que mais cresceram em número de prefeitos e vereadores. Já os setores de centro, em especial o PMDB, também ganharam musculatura e reforçaram o seu papel de fiel da balança no tabuleiro político. Serão cortejados por todos os lados. “Nos bastidores, o resultado nas urnas já alimenta o discurso de peemedebistas por uma vaga na chapa do PT para a sucessão presidencial”, especula a Folha.
Serra, o contendor da direita
Quanto à oposição de direita, ela terá que cicatrizar as feridas da derrota e ainda apostará numa mudança do cenário nacional – principalmente no agravamento da crise econômica, no “quanto pior, melhor” – para viabilizar o seu retorno a Brasília. O DEM, ex-PFL, foi o partido mais decadente do pleito. Não fosse a tábua de salvação da capital paulista, o demo iria para o inferno. Já o PPS, conduzido pelo caudilho Roberto Freire, discute até a hipótese de extinção. Sobrou o PSDB como única alternativa do bloco liberal-conservador de retorno ao poder.
A eleição municipal ao menos servirá para definir qual o contendor da direita em 2010. Se forem confirmadas as vitórias de Kassab e Gabeira, José Serra sairá da eleição com enorme força para a disputa presidencial. O outro postulante tucano, o governador Aécio Neves, saiu chamuscado do conchavo palaciano em Belo Horizonte, que resultou numa exótica aliança com setores do PT, e ainda perdeu postos no seu estado. José Serra consolidou a aliança de direita, apoiando o laranja-demo Gilberto Kassab, e ainda atraiu uma ala expressiva do PMDB, rachando a base lulista. Não há mais como vacilar diante do tucano José Serra, o contendor da direita em 2010.
O novo mapa político do país, advindo da eleição municipal e com forte incidência na sucessão presidencial de 2010, será definido neste domingo. Os próprios institutos de pesquisa, cada vez mais desmoralizados, apontam acirradas disputas nas 11 capitais e 18 cidades com mais de 200 mil eleitores que retornam às urnas. Ninguém arrisca palpites, por exemplo, sobre os resultados no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador ou São Luiz. Já em São Paulo e Porto Alegre, duas capitais emblemáticas, a tendência parece mais cristalizada, mas ninguém ainda solta seus rojões.
No primeiro turno, a oposição de direita amargou graves perdas. Até a Folha de S.Paulo, biombo do presidenciável tucano José Serra, reconheceu o retrocesso. “Mesmo se confirmar a vitória em São Paulo, a oposição deverá acordar segunda-feira com um patrimônio perdido de cerca de 10 milhões de eleitores... Hoje, PSDB, DEM e PPS governam juntos 1.760 cidades onde vivem 44,6 milhões de eleitores. No primeiro turno, os três partidos elegeram 1.410 prefeitos, que representam 25,7 milhões de eleitores. Se confirmado o que dizem as pesquisas eleitorais, sairão do segundo turno com apenas três vitórias e passarão a governar 34,9 milhões de eleitores”.
Reforço da esquerda e do centro
Ou seja: mesmo na hipótese mais otimista, incensada pela mídia, a oposição liberal-conservadora já perdeu 10 milhões de eleitores! É evidente que a vitória na capital paulista, a maior referência do país, dará novo fôlego à direita nativa, relativizando sua derrota nacional. Ela ainda aposta as fichas no tucano-verde Fernando Gabeira no Rio de Janeiro e, mesmo ausente de coligações que disputam o segundo turno, torce pelo êxito de alguns peemedebistas como forma de enfraquecer o governo Lula e ofuscar os avanços da esquerda – como nos casos de Salvador e Porto Alegre.
Para a disputa presidencial de 2010, as forças de esquerda que apóiam o governo Lula saem das eleições municipais com sólidas trincheiras. PT, PCdoB, PSB e PDT foram os partidos que mais cresceram em número de prefeitos e vereadores. Já os setores de centro, em especial o PMDB, também ganharam musculatura e reforçaram o seu papel de fiel da balança no tabuleiro político. Serão cortejados por todos os lados. “Nos bastidores, o resultado nas urnas já alimenta o discurso de peemedebistas por uma vaga na chapa do PT para a sucessão presidencial”, especula a Folha.
Serra, o contendor da direita
Quanto à oposição de direita, ela terá que cicatrizar as feridas da derrota e ainda apostará numa mudança do cenário nacional – principalmente no agravamento da crise econômica, no “quanto pior, melhor” – para viabilizar o seu retorno a Brasília. O DEM, ex-PFL, foi o partido mais decadente do pleito. Não fosse a tábua de salvação da capital paulista, o demo iria para o inferno. Já o PPS, conduzido pelo caudilho Roberto Freire, discute até a hipótese de extinção. Sobrou o PSDB como única alternativa do bloco liberal-conservador de retorno ao poder.
A eleição municipal ao menos servirá para definir qual o contendor da direita em 2010. Se forem confirmadas as vitórias de Kassab e Gabeira, José Serra sairá da eleição com enorme força para a disputa presidencial. O outro postulante tucano, o governador Aécio Neves, saiu chamuscado do conchavo palaciano em Belo Horizonte, que resultou numa exótica aliança com setores do PT, e ainda perdeu postos no seu estado. José Serra consolidou a aliança de direita, apoiando o laranja-demo Gilberto Kassab, e ainda atraiu uma ala expressiva do PMDB, rachando a base lulista. Não há mais como vacilar diante do tucano José Serra, o contendor da direita em 2010.
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