Por Altamiro Borges
Na reta final do segundo turno das eleições para prefeito de São Paulo, a mídia hegemônica tirou a máscara de vez e mostrou que está totalmente engajada na campanha do demo Gilberto Kassab, “laranja” do governador tucano José Serra. Em três lances, ela confessou que encara esta batalha como estratégica, como uma prévia da sucessão presidencial de 2010, e que está comprometida até a medula com o retorno a Brasília do bloco liberal-conservador desalojado por Lula em 2002.
O primeiro lance se deu com a celeuma sobre a peça publicitária da campanha de Marta Suplicy que indagava se Kassab “é casado e tem filho”. A mídia taxou o comercial como preconceituoso e passou a bombardear a candidata. Num lance de hipocrisia sem precedentes, a mesma mídia que devastou a vida da ex-prefeita resolveu posar de “politicamente correta”. O jornal Folha de S.Paulo, que mantém sólida relação com José Serra, foi o mais inescrupuloso na manipulação.
O “trabalho sujo” da Folha
O próprio ombudsman da Folha, Carlos Eduardo Lins da Silva, chiou contra a abjeta cobertura. Na sua coluna de domingo, ele contabilizou os petardos contra Marta Suplicy em apenas cinco dias. “O estado civil de Gilberto Kassab (DEM) gerou quatro chamadas de capa, 11 abres de página, 24 matérias, oito colunas, seis notas, 19 cartas de leitores, 1.172 centímetros de textos noticiosos (cerca de quatro páginas cheias). Até o correspondente em Pequim foi mobilizado para escrever sobre o assunto... Este exagero despropositado é grave erro editorial”.
Mas não se trata apenas de “grave erro editorial”, mas sim de uma opção político-eleitoral. Como reconheceu o ombudsman, a cobertura provocou “desequilíbrio total” na disputa. “Marta Suplicy recebeu nestes cinco dias uma carga de matérias negativas absolutamente desproporcional em relação o seu adversário.... Ao estimular o bate-boca indigente e ajudar para que o insinuado na propaganda do PT ficasse explícito, o jornal abriu mão de fomentar o debate sadio. Ele nunca deveria se prestar ao trabalho sujo que outros veículos fazem com muito prazer e competência”.
Globo: “chapa-branca” de Serra
O segundo lance da campanha midiática pró-Kassab se deu com a “guerra das polícias” ocorrida em frente ao Palácio dos Bandeirantes. O grosso da imprensa simplesmente isentou o governador José Serra de culpa no conflito, que resultou em 23 feridos. A TV Globo foi a mais descarada na blindagem ao tucano, evitando desgastar o seu candidato às vésperas da eleição. Numa cobertura que relembrou os períodos sombrios da ditadura, a emissora repercutiu apenas as graves mentiras do governador, que se recusou a negociar com os grevistas e culpou o PT e PDT pelo confronto.
O experiente repórter Rodrigo Vianna, que saiu da TV Globo devido à violenta manipulação das eleições presidenciais de 2006, denunciou no seu novo blog. “A emissora do Jardim Botânico transformou a cobertura da ‘guerra entre as polícias’ num diário oficial de José Serra. A ordem era proteger o governador, dizem-me colegas que trabalham na Globo de São Paulo e que pedem anonimato. Conversei no sábado com três deles: a orientação aos editores era botar no ar trechos imensos de uma entrevista chapa-branca com o Serra, escolhidos a dedo pela direção global”.
Ligações promíscuas com Ratzinger
“Quando saí da TV Globo, em 2006, escrevi uma carta interna aos colegas em que rememorei – entre outros – o episódio das ‘perguntas feitas sob encomenda’ para José Serra, numa entrevista ao vivo no SP-TV, às vésperas da eleição. Três jornalistas, diretamente envolvidos na entrevista, contaram-me essa história, ali nos corredores da Globo: As entrevistas com os outros candidatos foram feitas sem interferências, com perguntas duras, como é de se esperar numa cobertura normal. Na vez de Serra, o Ratzinger pediu para ver as perguntas que seriam feitas. Desde sua caverna no Rio de Janeiro, ele deu ordens para mudar tudo e aliviar as coisas para o tucano”.
O episódio rememorado por Rodrigo Vianna confirma a antiga e promíscua relação entre o grão-tucano e a poderosa Rede Globo. Ali Kamel, diretor de jornalismo da emissora, leva a alcunha de Ratzinger, nome original do atual Papa, famoso por seus atos obscurantistas na época em que era responsável pela censura na Congregação da Doutrina da Fé. Segundo Rodrigo, “Ratzinger é um manipulador nato, um agente das sombras. Ainda vai provocar muitos estragos na audiência da TV Globo... Ele está mais preocupado em agradar o governador do que em fazer jornalismo”.
Omissões na morte de Eloá
Logo na sequência, o terceiro lance da manipulação pró-Kassab. No caso do seqüestro em Santo André, que resultou na morte da jovem Eloá Pimentel, a mídia novamente isentou o governador. Os graves erros cometidos na ação policial não sofreram maiores críticas. Quando do acidente da TAM, a mídia se apressou em culpar o presidente Lula. Caso a esquerda governasse São Paulo, seria o maior bombardeio contra a operação desastrosa. Mas como é José Serra, a mídia evitou averiguar as responsabilidades. Isto poderia prejudicar seu candidato a prefeito, o demo Kassab.
Na reta final do segundo turno das eleições para prefeito de São Paulo, a mídia hegemônica tirou a máscara de vez e mostrou que está totalmente engajada na campanha do demo Gilberto Kassab, “laranja” do governador tucano José Serra. Em três lances, ela confessou que encara esta batalha como estratégica, como uma prévia da sucessão presidencial de 2010, e que está comprometida até a medula com o retorno a Brasília do bloco liberal-conservador desalojado por Lula em 2002.
O primeiro lance se deu com a celeuma sobre a peça publicitária da campanha de Marta Suplicy que indagava se Kassab “é casado e tem filho”. A mídia taxou o comercial como preconceituoso e passou a bombardear a candidata. Num lance de hipocrisia sem precedentes, a mesma mídia que devastou a vida da ex-prefeita resolveu posar de “politicamente correta”. O jornal Folha de S.Paulo, que mantém sólida relação com José Serra, foi o mais inescrupuloso na manipulação.
O “trabalho sujo” da Folha
O próprio ombudsman da Folha, Carlos Eduardo Lins da Silva, chiou contra a abjeta cobertura. Na sua coluna de domingo, ele contabilizou os petardos contra Marta Suplicy em apenas cinco dias. “O estado civil de Gilberto Kassab (DEM) gerou quatro chamadas de capa, 11 abres de página, 24 matérias, oito colunas, seis notas, 19 cartas de leitores, 1.172 centímetros de textos noticiosos (cerca de quatro páginas cheias). Até o correspondente em Pequim foi mobilizado para escrever sobre o assunto... Este exagero despropositado é grave erro editorial”.
Mas não se trata apenas de “grave erro editorial”, mas sim de uma opção político-eleitoral. Como reconheceu o ombudsman, a cobertura provocou “desequilíbrio total” na disputa. “Marta Suplicy recebeu nestes cinco dias uma carga de matérias negativas absolutamente desproporcional em relação o seu adversário.... Ao estimular o bate-boca indigente e ajudar para que o insinuado na propaganda do PT ficasse explícito, o jornal abriu mão de fomentar o debate sadio. Ele nunca deveria se prestar ao trabalho sujo que outros veículos fazem com muito prazer e competência”.
Globo: “chapa-branca” de Serra
O segundo lance da campanha midiática pró-Kassab se deu com a “guerra das polícias” ocorrida em frente ao Palácio dos Bandeirantes. O grosso da imprensa simplesmente isentou o governador José Serra de culpa no conflito, que resultou em 23 feridos. A TV Globo foi a mais descarada na blindagem ao tucano, evitando desgastar o seu candidato às vésperas da eleição. Numa cobertura que relembrou os períodos sombrios da ditadura, a emissora repercutiu apenas as graves mentiras do governador, que se recusou a negociar com os grevistas e culpou o PT e PDT pelo confronto.
O experiente repórter Rodrigo Vianna, que saiu da TV Globo devido à violenta manipulação das eleições presidenciais de 2006, denunciou no seu novo blog. “A emissora do Jardim Botânico transformou a cobertura da ‘guerra entre as polícias’ num diário oficial de José Serra. A ordem era proteger o governador, dizem-me colegas que trabalham na Globo de São Paulo e que pedem anonimato. Conversei no sábado com três deles: a orientação aos editores era botar no ar trechos imensos de uma entrevista chapa-branca com o Serra, escolhidos a dedo pela direção global”.
Ligações promíscuas com Ratzinger
“Quando saí da TV Globo, em 2006, escrevi uma carta interna aos colegas em que rememorei – entre outros – o episódio das ‘perguntas feitas sob encomenda’ para José Serra, numa entrevista ao vivo no SP-TV, às vésperas da eleição. Três jornalistas, diretamente envolvidos na entrevista, contaram-me essa história, ali nos corredores da Globo: As entrevistas com os outros candidatos foram feitas sem interferências, com perguntas duras, como é de se esperar numa cobertura normal. Na vez de Serra, o Ratzinger pediu para ver as perguntas que seriam feitas. Desde sua caverna no Rio de Janeiro, ele deu ordens para mudar tudo e aliviar as coisas para o tucano”.
O episódio rememorado por Rodrigo Vianna confirma a antiga e promíscua relação entre o grão-tucano e a poderosa Rede Globo. Ali Kamel, diretor de jornalismo da emissora, leva a alcunha de Ratzinger, nome original do atual Papa, famoso por seus atos obscurantistas na época em que era responsável pela censura na Congregação da Doutrina da Fé. Segundo Rodrigo, “Ratzinger é um manipulador nato, um agente das sombras. Ainda vai provocar muitos estragos na audiência da TV Globo... Ele está mais preocupado em agradar o governador do que em fazer jornalismo”.
Omissões na morte de Eloá
Logo na sequência, o terceiro lance da manipulação pró-Kassab. No caso do seqüestro em Santo André, que resultou na morte da jovem Eloá Pimentel, a mídia novamente isentou o governador. Os graves erros cometidos na ação policial não sofreram maiores críticas. Quando do acidente da TAM, a mídia se apressou em culpar o presidente Lula. Caso a esquerda governasse São Paulo, seria o maior bombardeio contra a operação desastrosa. Mas como é José Serra, a mídia evitou averiguar as responsabilidades. Isto poderia prejudicar seu candidato a prefeito, o demo Kassab.
Essa midia é de dar nojo mesmo.Ainda bem que eu não sou paulistana, senão teria que engolir o bonequinho kassabinho!!!Afffff
ResponderExcluirEm novembro de 2005, por 30 votos a 7, com 6 abstenções, a Câmara municipal de Buenos Aires afastou do cargo por, pelo menos, quatro meses, o prefeito de Buenos Aires, Aníbal Ibarra, e decidiu abrir um processo de impeachment por seu desempenho, considerado péssimo, no incêndio da discoteca Cromañon, em 2004, na qual morreram 194 pessoas, a maioria jovens . Em 7 mar 2006 o prefeito foi destituído do cargo por "mau desempenho de suas funções" devido a falta de fiscalização da discoteca. Por considerar oportunismo político, o prefeito contestou a decisão na justiça, sem sucesso, mas respeitou a decisão dos parlamentares. Seria uma ilusão se houvesse aqui em Sampa um desfecho como o havido na Argentina. A imprensa carinhosa e saciosa das suculentas verbas do Estado e uma Assembléia amestrada pelo domador e oportunista Serra são um cenário impensável para um impeachment, que é a punição mais amena para um governante omisso.
ResponderExcluirO caso do sequestro das 2 menores, da falta de base legal para colocar a menor em risco, do ato de forçar o resgate colocando em risco a vida das mesmas (com a morte de uma dela) demonstra a falta de comando de Serra na PM paulista. O confronto provocado por sua insensibilidade ao dialogo, e provocar o enfrentamento entre as duas polícias no Palacio do Bandeirantes, acresce ainda mais sua irresponsabilidade e falta de capacidade política de governar e dialogar. Só faltava um cadáver. Agora não falta mais. A menor Eloá foi sacrificada para apressar o desfecho de um sequestro que estava atrapalhando a cobertura pró-Kassab, pefelê e tucana por parte da mídia. Pobre São Paulo. Pobre Brasil. Pobre Serra!
Homero Domingues Arneiro
Prezado Miro Borges.
ResponderExcluirO que você acha de começarmos um trabalho de unir os diversos blogs e sites de jornalistas corajosos e cidadãos que lutam contra a mídia podre?
Tem você, o Azenha, o PHA, Eduardo Guimarães, Bob Fernandes, Mino Carta, Luis Nassif, Miguel do Rosário, e muitos outros.
Para além das diferenças, há o objetivo comum.
Sei lá se isso resultará em um grande portal, um veículo impresso, um novo canal de TV, uma associação nacional da mídia independente...
O primeiro passo poderia ser um pequeno ícone que todos os que forem simpáticos à idéia colocariam em suas páginas.
Obs.: olha que o Jango caiu porque não agiu contra a conspiração que planejava o golpe.
Abraço!
"Boa tarde! Por favor, gostaria de pedir para voces atualizarem o blog com as últimas notícias BOMBÁSTICAS:
ResponderExcluir-Começa com KASSADO, que teve que fazer o MEA CULPA, sobre a carta de despejo de Fevereiro de 2008. Impossível que ele "não sabia".
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u460147.shtml
-Depois vai para O ENGODO DO MÃE PAULISTANA, PROPAGANDA ENGANOSA E PAGA:
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2008/10/kassab-o-mentiroso-e-me-de-mentira.html
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u460129.shtml
E, termina com as CONTRADIÇÕES DAS PESQUISAS, é só observar o resumo destas "pesquisas" neste ano. EM JULHO/2008, KASSADO teve alta de reprovação de seu "governo". O que ele fez em 3 meses de espetacular?? Onde? Voce viu? Ninguem viu...então, A VIRADA É CERTA:
http://datafolha.folha.uol.com.br/publicacoes/publicacoes.php
Avante, São Paulo! A MÁSCARA DO KASSADO, CAIU!
Odete Soares