Por Altamiro Borges
Num curtíssimo espaço de tempo, com o agravamento da crise mundial do sistema capitalista, os bancos centrais dos chamados países desenvolvidos já desembolsaram mais de US$ 2,8 trilhões para socorrer o sistema financeiro, segundo recente relatório do governo inglês. Este montante equivale a 6% do Produto Interno Bruto (PIB) global, a toda riqueza produzida no planeta. Esta generosa operação de salvamento, feita com recursos públicos, com o dinheiro arrecadado dos tributos da sociedade, evidencia todo o cinismo dos banqueiros e dos magnatas capitalistas.
Os mesmos agiotas que impuseram as teses neoliberais do “estado mínimo” e da libertinagem financeira, agora exigem o socorro dos cofres públicos. Eles chantageiam os estados, afirmando que se não obtiveram ajuda imediata e trilionária afundarão a economia mundial numa longa e prolongada recessão. Alguns financistas até tripudiam da cara da sociedade. Após conduzirem a economia ao precipício, jogando no desespero milhares de trabalhadores demitidos e desalojados de suas casas, os chefões destes bancos são “penalizados” com prêmios e festas nababescas.
Farra macabra dos banqueiros
“Os menos aflitos com a crise parecem ser os executivos das instituições falidas ou em apuros. A recém-estatizada seguradora AIG deu folga de uma semana para seus executivos no balneário St. Regis, na Califórnia, menos de uma semana depois do Tio Sam evitar sua falência. Pagou US$ 400 mil pela semana de férias... Joseph Cassano, o seu administrador de produtos financeiros, vai receber 1 milhão de dólares pelo serviço de consultoria, e o seu ex-presidente, Martin J. Sullivan, recebeu um premio de desempenho de US$ 5 milhões”, relata, indignada, a revista Carta Capital.
“Richard Fuld, ex-presidente do primeiro grande banco de investimento a falir sem possibilidade de resgate ou aquisição, o Lehman Brothers, foi remunerado em 300 milhões de dólares de 2000 a 2007, enquanto os funcionários perderam US$ 10 bilhões com a falência. Os executivos do Wachovia fizeram com o Wells Fargo, que se ofereceu para adquirir o banco, um acordo para embolsar US$ 225 milhões. Depois de levar à beira da falência o sexto maior banco dos EUA, o ex-presidente do Washington Mutual, Kerry Killinger, recebeu 22 milhões em indenização”.
A farra macabra dos banqueiros, que parecem festejar diante das vítimas da crise, também virou notícia no jornal Valor. “A indecência de diretores dos grupos financeiros salvos pelo dinheiro público provoca revolta das autoridades na Europa e EUA. A direção do grupo belga Fortis fez um banquete de US$ 200 mil para 50 corretores alguns dias depois do banco ter sido salvo da falência graças à intervenção pública”. No rega-bofe num palácio gastronômico do principado de Monte Carlos, “somente um prato de 50 gramas de caviar real do Irã custou US$ 650”.
Cadê o socorro aos famintos?
Os banqueiros realmente não têm do que se preocupar. Na fase da bonança, da orgia financeira, eles privatizaram os lucros e acumularam fortunas; agora, eles socializam os prejuízos, jogando nas costas da sociedade o ônus da crise. Totalmente impunes pelos crimes cometidos, eles ainda recebem generosos prêmios e tiram férias. Bem diferente é a situação dos trabalhadores, que são lançados no desemprego e no desespero. A contradição no mundo capitalista é revoltante. Para os tubarões das finanças, o socorro imediato do estado; para os trabalhadores, nem as migalhas.
A atual crise mundial evidencia que não há falta de recursos para resolver as mazelas sociais no planeta. Em curto espaço de tempo, os estados capitalistas desembolsaram trilhões para socorrer os bancos. Já para salvar a humanidade da barbárie, o dinheiro nunca existe. Quando os governos investem em raquíticos programas sociais, logo aparecem os ricaços exigindo o “corte dos gastos públicos”. A própria ONU estimou que, para suavizar o drama de dois bilhões de seres humanos que vegetam abaixo da linha da pobreza, seriam necessários US$ 150 bilhões anuais.
Com base neste cálculo, a ONU fixou os chamados Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, que estabelece metas para reduzir a pobreza e a fome, diminuir a mortalidade infantil, garantir acesso a água e esgoto, entre outras medidas. Nem a metade destes recursos foi arrecadada até agora e as metas já foram proteladas. Até 2015, prazo do programa da ONU, seriam necessários US$ 1,2 trilhão. Os estados capitalistas alegam falta de recursos. Mas, diante da crise do sistema financeiro, gastaram US$ 2,8 trilhões em poucos dias para salvar os banqueiros e especuladores.
Num curtíssimo espaço de tempo, com o agravamento da crise mundial do sistema capitalista, os bancos centrais dos chamados países desenvolvidos já desembolsaram mais de US$ 2,8 trilhões para socorrer o sistema financeiro, segundo recente relatório do governo inglês. Este montante equivale a 6% do Produto Interno Bruto (PIB) global, a toda riqueza produzida no planeta. Esta generosa operação de salvamento, feita com recursos públicos, com o dinheiro arrecadado dos tributos da sociedade, evidencia todo o cinismo dos banqueiros e dos magnatas capitalistas.
Os mesmos agiotas que impuseram as teses neoliberais do “estado mínimo” e da libertinagem financeira, agora exigem o socorro dos cofres públicos. Eles chantageiam os estados, afirmando que se não obtiveram ajuda imediata e trilionária afundarão a economia mundial numa longa e prolongada recessão. Alguns financistas até tripudiam da cara da sociedade. Após conduzirem a economia ao precipício, jogando no desespero milhares de trabalhadores demitidos e desalojados de suas casas, os chefões destes bancos são “penalizados” com prêmios e festas nababescas.
Farra macabra dos banqueiros
“Os menos aflitos com a crise parecem ser os executivos das instituições falidas ou em apuros. A recém-estatizada seguradora AIG deu folga de uma semana para seus executivos no balneário St. Regis, na Califórnia, menos de uma semana depois do Tio Sam evitar sua falência. Pagou US$ 400 mil pela semana de férias... Joseph Cassano, o seu administrador de produtos financeiros, vai receber 1 milhão de dólares pelo serviço de consultoria, e o seu ex-presidente, Martin J. Sullivan, recebeu um premio de desempenho de US$ 5 milhões”, relata, indignada, a revista Carta Capital.
“Richard Fuld, ex-presidente do primeiro grande banco de investimento a falir sem possibilidade de resgate ou aquisição, o Lehman Brothers, foi remunerado em 300 milhões de dólares de 2000 a 2007, enquanto os funcionários perderam US$ 10 bilhões com a falência. Os executivos do Wachovia fizeram com o Wells Fargo, que se ofereceu para adquirir o banco, um acordo para embolsar US$ 225 milhões. Depois de levar à beira da falência o sexto maior banco dos EUA, o ex-presidente do Washington Mutual, Kerry Killinger, recebeu 22 milhões em indenização”.
A farra macabra dos banqueiros, que parecem festejar diante das vítimas da crise, também virou notícia no jornal Valor. “A indecência de diretores dos grupos financeiros salvos pelo dinheiro público provoca revolta das autoridades na Europa e EUA. A direção do grupo belga Fortis fez um banquete de US$ 200 mil para 50 corretores alguns dias depois do banco ter sido salvo da falência graças à intervenção pública”. No rega-bofe num palácio gastronômico do principado de Monte Carlos, “somente um prato de 50 gramas de caviar real do Irã custou US$ 650”.
Cadê o socorro aos famintos?
Os banqueiros realmente não têm do que se preocupar. Na fase da bonança, da orgia financeira, eles privatizaram os lucros e acumularam fortunas; agora, eles socializam os prejuízos, jogando nas costas da sociedade o ônus da crise. Totalmente impunes pelos crimes cometidos, eles ainda recebem generosos prêmios e tiram férias. Bem diferente é a situação dos trabalhadores, que são lançados no desemprego e no desespero. A contradição no mundo capitalista é revoltante. Para os tubarões das finanças, o socorro imediato do estado; para os trabalhadores, nem as migalhas.
A atual crise mundial evidencia que não há falta de recursos para resolver as mazelas sociais no planeta. Em curto espaço de tempo, os estados capitalistas desembolsaram trilhões para socorrer os bancos. Já para salvar a humanidade da barbárie, o dinheiro nunca existe. Quando os governos investem em raquíticos programas sociais, logo aparecem os ricaços exigindo o “corte dos gastos públicos”. A própria ONU estimou que, para suavizar o drama de dois bilhões de seres humanos que vegetam abaixo da linha da pobreza, seriam necessários US$ 150 bilhões anuais.
Com base neste cálculo, a ONU fixou os chamados Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, que estabelece metas para reduzir a pobreza e a fome, diminuir a mortalidade infantil, garantir acesso a água e esgoto, entre outras medidas. Nem a metade destes recursos foi arrecadada até agora e as metas já foram proteladas. Até 2015, prazo do programa da ONU, seriam necessários US$ 1,2 trilhão. Os estados capitalistas alegam falta de recursos. Mas, diante da crise do sistema financeiro, gastaram US$ 2,8 trilhões em poucos dias para salvar os banqueiros e especuladores.
Não tenho dúvidas agora é a hora e a oportunidade de mudar-mos o mundo.
ResponderExcluir!!@v@nte!!
Para os banqueiros larápios, paraquedas dourados.
ResponderExcluirPara os trabalhadores e pobres, botas de cimento para que afundem mais rápido.
Business is business, that´s all.
A solução é relativamente simples: Execução sumária para banqueiros.
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