sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Quarta-feira de cinza da mídia demotucana

Reproduzo as pertinentes perguntas feitas pelo sítio Carta Maior em plena ressaca do carnaval:


1- Por que, a exemplo do que fez tantas vezes com o PT, a mídia não parte do fato policial para resgatar o passado e o presente das relações políticas do demo José Roberto Arruda?

2- Por que esquece – ou esconde? – entre outras coisas, que Arruda foi nada menos que líder de FHC na Câmara Federal?

3- Por que a mesma amnésia subtrai ao leitor que Arruda era a grande – e única – “revelação administrativa” dos demos [sobretudo depois do fiasco Kassab], e “nome natural” para ocupar a vice-presidência na coalizão demo-tucana liderada por Serra?

4- Por que, súbito, abriu-se um precipício de silêncio midiático sobre as relações entre Serra e Arruda, omitindo-se, inclusive, “o simpático” simbolismo da sintonia capilar entre ambos – mencionada por ninguém menos que o próprio governador tucano em evento conjunto em 2009?

5- Por que a obsequiosa Eliane Cantanhêde, da Folha, e os petizes da Veja, que tantas e tantas linhas destinaram a enaltecer a determinação de Arruda em “cortar o gasto público” – e ainda o fazem na ressalva ao “bom administrador que tropeçou na ética”, segundo Cantanhêde – sonegam aos seus leitores a autocrítica pelo peixe podre que venderam como caviar?

6- Por que, enfim, o esfarelamento da direta nativa abrigada nos Demos não merece copiosas páginas de retrospectiva histórica, que situe para os leitores a evolução daqueles que, como Arena e PFL, foram esteio da ditadura e da tortura e hoje são os aliados carnais de José Serra?

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