segunda-feira, 15 de março de 2010

O racismo explícito da Folha e O Globo

E ainda tem gente que acha que não existe racismo no Brasil. Mas a própria mídia elitista desmente os adeptos desta tese fajuta – pregada, entre outros, pelo “senhor das trevas” da Rede Globo, Ali Kamel. Nos últimos dias, ela cometeu dois crimes de racismo. O jornal O Globo simplesmente vetou a publicação de um anúncio pago (pago!) do movimento Afirme-se, que defende as cotas nas universidades brasileiras. Já a FSP (Folha Serra Presidente) se meteu numa enrascada ao dar espaço para o racista Demétrio Magnoli, que esculhambou dois repórteres do próprio jornal.

A peça publicitária do movimento Afirme-se, produzida pela agência baiana Propeg, enfatizava que 60% dos brasileiros apóiam as políticas afirmativas e defendia a manutenção das cotas. O anúncio visava interferir nos debates da audiência pública do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema. Ele foi publicado em vários veículos ao custo médio de R$ 40 mil. Já o jornal da famíglia Marinho, que antes havia orçado a publicação em R$ 54.163,200, ao saber do conteúdo da campanha elevou o preço para R$ 712.608,00 – um aumento de 1.300%.

Preço elevado em 1.300%

Diante deste evidente racismo, a entidade ingressou com representação no Ministério Público do Rio de Janeiro contra O Globo, exigindo a “punição do veículo e a obrigatoriedade da publicação do anúncio a preço simbólico ou gratuito”. Para o jornalista Fernando Conceição, coordenador do Afirme-se, o majoração de 1.300% “é uma coisa irracional, por isso ingressamos com uma representação por abuso de poder econômico”. Segundo o advogado João Fontoura Filha, a atitude do jornal atenta contra a liberdade de expressão e fere vários artigos da Constituição.

Na ação enviada ao subprocurador-geral de Justiça e Direitos Humanos, o advogado afirma que o anúncio visava “informar a sociedade a respeito da constitucionalidade das cotas – tão atacadas nos editoriais e artigos difundidos, entre outros, pelo O Globo”. Mas o jornal preferiu vetar a sua difusão, confirmando a existência de “uma verdadeira campanha que objetiva extinguir, vetar e destruir as poucas iniciativas institucionais de ação afirmativa; e impedir, bloquear e derrotar qualquer possibilidade de criação de novos instrumentos legais de ação afirmativa”.

Magnoli, o novo jagunço das elites

Na mesma semana, os senhores da Casa Grande confirmaram que seguem mandando na mídia. Após publicar matéria dos jornalistas Laura Capriglione e Lucas Ferraz (“DEM responsabiliza negros pela escravidão”), a Folha abriu espaço para o seu jagunço de aluguel, Demétrio Magnoli, atacar seus dois repórteres. No artigo “O jornalismo delinqüente”, o novo mercenário das elites se solidariza com o discurso racista do senador demo Demóstenes Torres, que culpou os escravos pela escravidão, e criticou covardemente os dois jornalistas, sugerindo a sumária demissão.

A atitude da Folha, que terceirizou as suas críticas à política de cotas, causou forte repulsa. Um manifesto de solidariedade aos dois repórteres já circula nas redações. Para o blogueiro Leandro Fortes, a Folha cometeu suicídio editorial ao autorizar um “elemento estranho à redação (mas não aos diretores) a chamar de ‘delinqüentes’ dois repórteres do jornal, autores de matéria sobre a singular visão do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) da miscigenação racial no Brasil. Vocês, eu não sei, mas eu nunca vi isso na minha vida, nesses 24 anos de profissão. Nunca”.

Enquadramento de repórteres e editores

“Das duas uma: ou a Folha dá direito de resposta aos repórteres insultados, como, imagino, deve prever o seu completíssimo manual de redação, ou encerra suas atividades. Isso porque Magnoli, embora freqüente os saraus do Instituto Millenium, não entende nada de jornalismo e confundiu reportagem com opinião”, opina Leandro Fortes. Para ele, o repulsivo artigo de Magnoli visa a “intimidação pura e simples voltada para o enquadramento de repórteres e editores, e não só da Folha, para os tempos de guerra que se aproximam” –, referindo-se a batalha eleitoral em curso.

A delinqüência de Magnoli também atingiu um dos principais articulistas da Folha, Elio Gaspari, que ironizou o demo: “Demóstenes Torres estudou história com o professor de contabilidade de seu ex-correligionário Arruda. O senador exibiu um pedaço do nível intelectual mobilizado no combate às cotas”. Para o jagunço, a reportagem e, de quebra, a coluna de Gaspari não deveriam ter sido publicadas sem prévia autorização da direção do jornal. Ou seja: ele exige maior censura na decrépita Folha. Os racistas, bastante reais e atuantes, estão nervosos no combate às cotas.

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5 comentários:

  1. Altamiro, o jornalista Fernando Conceição é o cara. Ele foi meu professor na UFBA e ele é meu amigo. Grande sujeito, vindo do Calabar, área pobre de Salvador, teve oportunidade de ser amigo do mestre Milton Santos (um dos mais prestigiados intelectuais do mundo, um negro nordestino que se impôs ao mundo por suas naturais virtudes) e defende os movimentos sociais.

    Ele também é um corajoso investigador da mídia baiana, porque, até hoje, ninguém teve coragem de peitar o pseudo-jornalista baiano Mário Kertèsz, um político corrupto que há uns dez anos veste a capa do "super-radiojornalista", querendo enganar a todo mundo. Mário lavou todo o dinheiro da corrupção para suas rádios, e hoje ele tem a Rádio Metrópole e o jornal Metrópole - tendenciosamente distribuido gratuitamente - como símbolos máximos, junto à Rede Bahia, do poder midiático baiano.

    Não fosse a coragem de Fernando Conceição em investigar os escândalos de Mário Kertèsz, este teria se transformado num Cidadão Kane baiano, talvez ameaçando até mesmo o resto do país com sua demagogia.

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  2. O senador(Gaguinho do Pernalonga)já foi promotor de justiça e se estudou história c/o prof.de contabilidade do Arruda,seu colega de partido, foi muito bem nos exames.

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  3. Não é só Magnoli que confundiu jornalismo com opinião. O "deus" Gilmar Mendes e sua confraria de intocáveis, o STF, também confundiu jornalismo com opinião ao dispensar o diploma para o exercício do jornalismo. Como se jornalista não fosse profissão.

    Esse episódio deve ficar nisso mesmo, pois Magnoli é peixe-grande e em nosso país, peixes-grandes nunca se dão mal. Mesmo punidos, sempre arrumam um jeito de dar a volta por cima.

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  4. Para entrar em universidade tem que estudar, estudar. Se não tem condiçoes que o governo ofereça cursinho pre-vestibular para quem não pode pagar. Agora entrar em universidade tem estudar.

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  5. REVOLUÇÃO QUILOMBOLIVARIANA! 2Parte
    Feliz Bicentenario da Declaração da Independencia e Revolução
    da República Bolivariana de Venezuela 19 de Abril de 1810 -2010
    Viva Zumbi! Viva Che!Viva Hugo Chávez! Feliz 2010!

    Manifesto da Revolução Quilombolivariana vem ocupar os nossos direito e anseios com os movimentos negros afro-ameríndios e simpatizantes para a grande tomada da conscientização que este país e os países irmãos não podem mais viver no inferno, sustentando o paraíso da elite dominante este manifesto Quilombolivariano é a unificação e redenção dos ideais do grande líder Zumbi do Quilombo dos Palmares a 1º Republica feita por negros e índios iguais, sentimento este do grande líder libertador e construí dor Simon Bolívar que em sua luta de liberdade e justiça das Américas se tornou um mártir vivo dentro desses ideais e princípios vamos lutar pelos nossos direitos e resgatar as histórias dos nossos heróis mártires como Che Guevara, o Gigante Oswaldão líder da Guerrilha do Araguaia. São dezenas de histórias que o Imperialismo e Ditadura esconderam.Há mais de 160 anos houve o Massacre de Porongos os lanceiros negros da Farroupilha o que aconteceu com as mulheres da praça de 1º de maio? O que aconteceu com diversos povos indígenas da nossa América Latina, o que aconteceu com tantos homens e mulheres que foram martirizados, por desejarem liberdade e justiça? Existem muitas barreiras uma ocultas e outras declaradamente que nos excluem dos conhecimentos gerais infelizmente o negro brasileiro não conhece a riqueza cultural social de um irmão Colombiano, Uruguaio, Argentina, Boliviana, Peruana, Venezuelano, Argentino, Porto-Riquenho ou Cubano. Há uma presença física e espiritual em nossa história os mesmos que nos cerceiam de nossos valores são os mesmos que atacam os estadistas Hugo Chávez e Evo Morales Ayma,não admitem que esses lideres de origem nativa e afro-descendente busquem e tomem a autonomia para seus iguais, são esses mesmos que no discriminam e que nos oprime de nossa liberdade de nossas expressões que não seculares, e sim milenares. Neste 1º de maio de diversas capitais e centenas de cidades e milhares de pessoas em sua maioria jovem afro-ameríndio descendente e simpatizante leram o manifesto Revolução Quilombolivariana e bradaram Viva a,Viva Simon Bolívar Viva Zumbi, Viva Che, Viva Martin Luther King,Malcolm X Viva Oswaldão, Viva Mandela, Viva Chávez, Luiz da Lula Silva,Cristina Kirchner,Evo Ayma, Rafael Correa, Fernando Lugo, José´Pepe´Mujica, Viva a União dos Povos Latinos Afro-Ameríndios, Viva 1º de maio, Viva os Trabalhadores do Brasil e de todos os povos irmanados.
    Movimento Revolucionário Socialista QUILOMBOLIVARIANO
    Seja um Quilombolivariano e traga os manos as manas e venceremos.

    vivachavezviva.blogspot.com/
    ‘’’’’
    quilombonnq@bol.com.br
    Organização Negra Nacional Quilombo
    O.N.N.Q. Brasil fundação 20/11/1970
    por Secretário Geral Antonio Jesus Silva

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