Reproduzo artigo de Gilson Caroni Filho, publicado no sítio Carta Maior:
O processo eleitoral deste ano constitui um momento privilegiado no movimento político global da política brasileira. Uma significativa vitória das forças governistas, com a eleição de executivos e parlamentares do campo democrático-popular, pode ampliar espaços político-administrativos que continuem realizando o aprofundamento de formas participativas de gestão pública. É contra isso, em oposição virulenta a mecanismos institucionais que aperfeiçoem a democratização da vida nacional, que se voltam as principais corporações midiáticas e seus denodados funcionários.
Sem nenhuma atualização dos métodos utilizados em 1954 contra Getúlio Vargas e, dez anos depois, no golpe de Estado que depôs Jango, a grande imprensa aponta sua artilharia para os atores que procuram romper a tradição brasileira de definir e encaminhar as questões políticas de forma elitista e autoritária. Jornalistas, radialistas e apresentadores de programas televisivos, sem qualquer pudor, tentam arregimentar as classes médias para um golpe branco contra a candidatura de Dilma Rousseff. Para tal objetivo, além do recorrente terrorismo semântico, as oficinas de consenso contam com alguns ministros do TSE e uma vice-procuradora pautada sob medida.
A campanha de oposição ao governo utiliza uma linguagem radical e alarmista, que mistura denúncias contra falsos dossiês, corrupção governamental, uso da máquina pública no processo eleitoral, supostas teses que fragilizariam a propriedade privada em benefício de invasões, além do ”controle social da mídia em prejuízo da liberdade de imprensa”. Temos a reedição da retórica do medo que já rendeu dividendos às classes dominantes. Em escala nacional, os índices disponíveis de percepção do eleitorado assinalam que dificilmente os recursos empregados conseguirão legitimar uma investida golpista. Mas não convém baixar a guarda.
Se tudo isso é um sinal de incapacidade do bloco oposicionista para resolver seus mais imediatos e elementares problemas de sobrevivência política, a inquietação das verdadeiras classes dominantes (grande capital, latifúndio e proprietários de corporações midiáticas) estimula pescadores de águas turvas, vitalizando sugestões que comprometam a normalidade do processo eleitoral. Todas as forças democráticas e populares devem recusar clara e firmemente qualquer tentativa perturbadora. Sugestões desestabilizadoras, venham de onde vierem, têm um objetivo inequívoco: impedir o avanço rumo a uma democracia ampliada.
É nesse contexto que devem ser vistos os movimentos do campo jornalístico. Apesar do recuo do governo na terceira edição do Programa Nacional dos Direitos Humanos, a simples realização da Confecom foi um golpe duro para os projetos da grande mídia. A democratização dos meios de comunicação de massa está inserida na agenda de praticamente todos os movimentos sociais.
A concentração das iniciativas culturais e informativas em mãos da classe dominante, que decide unilateralmente o que vai e o que não vai ser divulgado no país, está ameaçada não apenas por novas tecnologias, mas por uma consciência cidadã que conheceu consideráveis avanços nos dois mandatos do presidente Lula. Tem dias contados a sujeição cultural da população em seu conjunto, transformada em público espectador e consumidor. Como podemos ver, não faltam razões para o desespero das famílias Civita, Marinho, Mesquita e Frias.
Ao levantarem a cortina de fumaça da “República Sindicalista", em um claro exercício do "duplipensar" orwelliano, os funcionários do baronato ameaçado reescrevem notícias antigas para que elas não contradigam as diretivas de hoje. Um olhar ao Brasil de hoje mostrará que o “duplipensamento" tem uma função clara até outubro: eleger José Serra para assegurar a instalação de uma República Midiática, onde os três poderes seriam editados ao sabor dos ditames do mercado e do espetáculo. Esse é o programa de governo que Serra ainda não apresentou. Há divergências na produção artística.
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Pior que o Partido da Imprensa Golpista seria o Partido da Imprensa Governista a partir de 2011. Isso se José Serra chegasse à Presidência.
ResponderExcluirun
ResponderExcluirENTENDA A TAREFA DO INDIOTA DO VICE DO (S)ERRA: ATIRAR FLECHAS A PATIR DO ESGOTO! Senão vejamos:
*Vice de Serra rebate Dilma e diz que petista é ateia e esfinge do pau oco
BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO
17/07/2010 - 14h10
http://www1.folha.uol.com.br/poder/768444-vice-de-serra-rebate-dilma-e-diz-que-petista-e-ateia-e-esfinge-do-pau-oco.shtml
*Indiota da Costa do MAUfim, ex-genro do ilibado (sic) **Salvatore Cacciola, apadrinhado do ***“brilhante” César Maia e apanhador das merendas das criancinhas carentes do Rio de Janeiro, entre outras patifarias!! Ou seja, um lídimo ficha-suja, tão suja quanto o poleiro dos DEMotucanos! Digamos, um testa-de-ferro para a calva cínica do (S)erra! O trololó da baixaria!
**Salvatore Cacciola atualmente “merenda” no Presídio de Bangu, no Rio de Janeiro!
*** NOTA: "o brilhante" em relação ao César Maia fica por conta de FHC ao referir-se a Daniel Dantas! Meras aproximações... Lapidares e eloquentes!
República Destes Bananas Golpistas, Terroristas de meia-tigela, MENTEcaptos, Fascistas Eternos...
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo
ENTENDA O CANDIDATO PRÉ-DERROTADO DA VEZ DA DIREITONA OPOSIÇÃO AO BRASIL!
ResponderExcluirO tucano [José Serra] afirmou que em seu governo vai restringir o uso de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a fusão de empresas. Serra condenou a concessão de crédito para a formação de grandes empresas nacionais...
José Serra, entrevista ao Roda Viva;19-06/10
FONTE: agência carta maior – www.cartamaior.com.br
COM A PALAVRA Luiz Carlos Bresser Pereira; Folha, 18-07-2010:
“... Por que eu estou chamando o Brasil de menino bobo? Porque só um tolo entrega a empresas estrangeiras serviços públicos, como são a telefonia fixa e a móvel, que garantem a seus proprietários uma renda permanente e segura. No caso da telefonia fixa, a privatização é inaceitável porque se trata de monopólio natural. No caso da telefonia móvel, há alguma competição, de forma que a privatização é bem-vinda, mas nunca para estrangeiros....Vamos um dia ficar espertos novamente? Creio que sim. Nestes últimos anos, o governo brasileiro começou a reaprender, e está tratando de dar apoio a suas empresas. Para horror dos liberais locais, está ajudando a criar campeões nacionais. Ou seja, está fazendo exatamente a mesma coisa que fazem os países ricos, que, apesar de seu propalado liberalismo, também não têm dúvida em defender suas empresas nacionais.... não faz sentido para um país pagar ao outro uma renda permanente ao fazer concessões públicas a empresas estrangeiras...”
NOTA: nesta mesma entrevista, o candidato da vez da DIREITONA afirmou que o governo do presidente Lula esta desnacionalizando a nossa indústria(!)
Messias Franca de Macedo
Feira de Santana, Bahia, República Deste Banana Biruta de Aeroporto
Ótimo texto. A mídia-Corporation como baluarte da democracia, será?
ResponderExcluirPercebo a cada leitura a necessidade de participar do encontro nacional de blogueiros. Informação sim. Crítica, melhor ainda!!!