domingo, 3 de outubro de 2010

Presidente do PV confessa voto em Serra

Por Altamiro Borges

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o presidente nacional do Partido Verde, José Luiz de França Penna, confessou o que muitos eleitores verdes mais honestos já desconfiavam, mas evitavam tratar. Ele afirmou com todas as letras que dará total apoio ao tucano José Serra, caso haja um segundo turno nas eleicões presidenciais.

Sua declaração bombástica gerou desconforto no comando de campanha de Marina Silva, que teme que esta revelação quebre o "encanto" dos verdes. No final da tarde de ontem, João Paulo Capobianco, coordenador da campanha presidencial, enviou um e-mail à imprensa desautorizando “qualquer manifestação individual de membros do PV”.

A confissão de voto de França Penna não surpreende quem acompanha a trajetória do Partido Verde, a legenda emprestada de última hora à candidata Marina Silva. O próprio presidente do PV fez parte até poucos meses atrás das gestões de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM) na prefeitura da capital paulista. Em vários outros estados, como no Rio de Janeiro, os verdes são fiéis aliados dos demos e tucanos.

Na lógica destes políticos oportunistas, que não têm nada de verdes, a candidatura presidencial do PV visava apenas cacifar o partido, em especial sua ala fisiológica. O PV é frágil politicamente; não tem estrutura e militância nos estados; conta com pouco tempo de TV. A chamada "terceira via" era encarada como uma forma de forçar o segundo turno, servindo como alavanca do demotucano. Marina Silva - mulher, de origem humilde e ex-ministra de Lula - caiu como uma luva nesta tática diversionista.

A precipitada declaração de França, num lapso de sinceridade, escancara esta tática diversionista e aumenta as tensões no comando de campanha de Marina Silva. Restará ao honesto eleitor verde, preocupado de fato com a estratégica questão ambiental, fazer uma análise consciente se o seu voto não está servindo a um moto-Serra.

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3 comentários:

  1. marina e serra, os dois juntos e macumunados contra dilma num dá nem pra começar shuahsua é dilma lá... bola pra frente, cabeça erguida, não temos dúvida o brasil quer dilma... o olhão do serra pai da verônica serra a maior ladrona do brasil junto com o mercado livre vai tomar onde as pata toma shuahsua

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  2. A história do PV é uma história sem programa definido, de alianças independentes do partido em si, que buscou muito mais estar com quem tivesse no poder do que seguir uma linha de coerência, a palavra mantra da Marina.

    Pois bem, aos que achavam que discutir política significava escolher entre o rótulo mais bonito, entre aquilo que divergia da podridão de sempre, mostra-se que o PV nunca foi uma alternativa e que o debate de política não está nas eleições.

    Decepcionados? Alguém? Não, eis apenas a confissão. Confissão de que nossa eleição representa tudo, menos uma peça de fogo no panorama político, tudo, menos disputa de projetos, tudo, menos divergências claras na mesa.

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