Reproduzo comunicado de Renato Rovai, publicado em seu blog na Revista Fórum:
Nós da Revista Fórum, a Flimultimidia e a turma organizada em torno do sempre alerta Sérgio Amadeu, com o apoio do Centro de Estudos Barão de Itararé, decidimos colocar no ar uma transmissão deste processo final da eleição.
Desde amanhã pela manhã estaremos ao vivo no site www.48hdemocracia.com.br comentando a reta final da campanha, a votação e no domingo à noite fazendo a análise dos resultados.
A idéia é fazer uma cobertura colaborativa que permita à blogosfera uma informação qualificada.
Abaixo, leia um texto que escrevemos pra ajudar na mobilização. Ajude a divulgar. Aqui no meu blogue estarei fazendo a transmissão ao vivo e fazendo análises políticas.
A internet tem cumprido um papel fundamental no processo eleitoral brasileiro.
O esperado “efeito obama”, de produzir uma campanha pela rede que substituísse todas as outras mídias, não ocorreu. Mas foi por meio da blogosfera, do Twitter, das redes sociais, que muita gente teve acesso à verdade, principalmente se levarmos em consideração a oposição que os maiores veículos de comunicação do país têm feito às candidaturas que não se identificam com o seus projetos.
Queremos que continue assim. Por isso, nesta reta final, reunimos um grupo de jornalistas, ativistas e blogueiros para produzir uma cobertura cidadã das eleições.
Montamos um estúdio na sede da Revista Fórum e iremos transmitir sábado e domingo, em tempo integral, debates, conversas, análises e informações produzidas pela rede, de forma colaborativa.
Usaremos esse poderoso instrumento de comunicação descentralizado para ofertar aos cidadãos uma alternativa em relação aos grandes meios. Com isso, a verdade pode mais uma vez prevalecer.
Queremos também ser um ponto-de-encontro virtual e presencial para as pessoas que têm o que dizer e que são a grande maioria deste país.
Vamos exercitar a democracia e a liberdade de expressão que vigora hoje no Brasil como em nenhum outro momento de nossa história.
Junte-se a nós, de várias maneiras.
Ligue para a gente pelo Skype: Quarentaeoitohoras_Democracia
Qualquer dúvida e sugestão, escreva para 48horasdemocracia@gmail.com
Nas redes sociais, adote a #hashtag: #48hvotobr
Altamiro Borges, Renato Rovai, Rodrigo Savazoni e Sérgio Amadeu
.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Matar a cobra no primeiro turno
Reproduzo artigo de Carlos Lopes, publicado no jornal Hora do Povo:
A eleição presidencial do próximo domingo será a mais nítida de nossa História, aquela que mais inescapavelmente refletirá a fisionomia do país. Há alguns anos um dos patriarcas do país, Barbosa Lima Sobrinho, afirmou que no Brasil só havia dois partidos: o partido de Tiradentes e o partido de Silvério dos Reis. Pois jamais uma campanha eleitoral expôs esta verdade de forma tão cristalina – com uma grandeza que vai até além da consciência de alguns dos seus participantes.
Será possível um retrato mais acabado – em todos os sentidos - de um silvério do que a deprimente figura de Serra? Em nosso país, jamais um candidato a presidente mostrou tanta falta de escrúpulos, tanta falta de limites de qualquer espécie. Não houve um dentre os seus antecessores como candidato do partido dos silvérios que chegasse a tais extremos nesse submundo moral.
Nenhum desses antecessores apresentou-se como realizador de tanta coisa que não fez. Jamais um deles mentiu tanto ao falar de sua vida anterior – de espetaculares realizações que não existiram e de outras, reais, com as quais nada teve a ver. Nunca, qualquer deles, prometeu coisas tão colossais quanto alucinadas, sempre de acordo com o auditório da vez, ainda que uma fosse antagônica à outra, e que todas estivessem em contradição com tudo o que Serra praticou em recentíssimo passado. Foi como se achasse possível ganhar a eleição com promessas de suborno – e um suborno monstruoso, de tão impossível.
Naturalmente, cada um mede os outros pela medida que tem de si próprio. Mas também nem um dos seus predecessores ultrapassou tanto a porteira da infâmia, da substituição da luta política pela difamação, pela aleivosia, pelo insulto, pela calúnia. Nem mesmo o paraninfo de todos eles, Carlos Lacerda – até aqui um energúmeno muito difícil de ser mesmo imaginado pelas novas gerações.
O melancólico fim da campanha de Serra, que, com toda a sua mídia, reuniu alguns gatos pingados, boa parte pagos para comparecer, abandonado até pelos seus pares – por que a traição seria fiel à traição? - reflete o repúdio do povo brasileiro a todos os silvérios. Serra é pior do que seus antecessores porque é tudo o que restou deles – moral, ideológica e até fisicamente, pois nos é impossível acreditar que aquele facies amargo, de repelente inveja e ressentimento, não seja a fachada de uma alma.
O povo não teve condições de impedir as corruptas privatizações, os roubos à propriedade coletiva para entregá-la a monopólios sobretudo externos, as propinas milionárias, a destruição da cadeia produtiva nacional, a dragagem do Tesouro, a devastação dos serviços públicos, a terrível hemorragia que durante anos impuseram ao país, em suma, tudo aquilo de que Serra é o representante, e foi executor.
Não esqueceremos o sofrimento de milhões de crianças, mulheres, idosos, homens capazes subitamente desempregados, gente sem ter o que comer, sem ter onde morar, sem ter como viver. Os que perpetraram esses crimes ainda não pagaram por eles.
Mas o Brasil sempre existirá enquanto o povo brasileiro existir. O dia de hoje é apenas o dia que antecede o de amanhã. Stefan Zweig estava certo: nós somos o país do futuro. Mesmo nos piores momentos. Não foi assim com Tiradentes?
A eleição de Lula, em 2002, foi o início da nossa recuperação. Era necessário que o povo tomasse em suas próprias mãos o seu país – como disse Getúlio Vargas em 1930 – para outra vez tirá-lo do sombrio abismo onde os silvérios o haviam embrenhado.
A eleição de Dilma é o resultado desse período - inicial, mas por isso mesmo mais difícil - de recuperação do Brasil. Naturalmente, essa foi a obra do presidente Lula – inclusive a escolha da pessoa certa, a sua principal colaboradora, para candidata à sua sucessão.
A vitória de Dilma será, pela terceira vez nos últimos anos, a vitória do partido de Tiradentes, aquele alferes que doou a sua vida para afirmar que “se quisermos, faremos, juntos, deste país uma grande Nação”. Talvez não seja fortuita a coincidência da candidata que nasceu na terra de Joaquim José e fixou residência, após anos de luta e resistência nas câmaras de tortura, no Estado de Getúlio Vargas.
O fato é que o povo, muito corretamente, percebeu em Dilma, como antes percebera em Lula, a condensação das esperanças que nos movem desde o século XVIII – isto é, aquelas aspirações que fizeram e fazem de nós uma nação. Por isso, sua candidatura extrapolou, logo na partida, qualquer partido institucional, inclusive o PT - que em nada ficou diminuído, pelo contrário - para tornar-se a candidatura de toda a nação, isto é, precisamente, a nação de Tiradentes e Getúlio. Tentar reduzi-la a menos que o partido de Tiradentes, seria, evidentemente, mera tacanhice que restringiria o seu terreno – e, assim, concederia esse terreno aos inimigos do país.
Devido a esse caráter amplo e profundo, nada – nem os recursos mais baixos do adversário, nem a cruzada mais despudorada da mídia reacionária e golpista - conseguiu deter o crescimento de Dilma.
Contra ela, esboroaram-se aquelas que são a principal e traiçoeira arma dos silvérios, as pesquisas eleitorais enganosas. Nas últimas, até o notório Ibope teve de convergir para os mesmos números que apontaram o Vox Populi e o Sensus: Dilma vence no primeiro turno, pelo menos com 55% dos votos válidos. O Datafolha, tão insensato quanto o seu dono, o perdulário Otavinho, estroina que dilapida a fortuna que o pai lhe deixou, ainda insiste no roubo – porém, mesmo essa repartição da “Folha de S. Paulo” começou a reajeitar seus números, devolvendo, no momento ainda pouca coisa, do que havia furtado nas preferências eleitorais de Dilma. A eleição se aproxima e o Otavinho quer fugir ao castigo.
A ascensão esplendorosa (o leitor vai nos permitir este altissonante adjetivo) de Dilma e a debacle fragorosa de Serra são os sinais mais recentes e retumbantes do novo período da História do Brasil iniciado por Lula. O povo viu em Dilma uma sucessora à altura. E tem razão. Vamos à eleição, que há ainda muita coisa para se fazer no Brasil.
.
A eleição presidencial do próximo domingo será a mais nítida de nossa História, aquela que mais inescapavelmente refletirá a fisionomia do país. Há alguns anos um dos patriarcas do país, Barbosa Lima Sobrinho, afirmou que no Brasil só havia dois partidos: o partido de Tiradentes e o partido de Silvério dos Reis. Pois jamais uma campanha eleitoral expôs esta verdade de forma tão cristalina – com uma grandeza que vai até além da consciência de alguns dos seus participantes.
Será possível um retrato mais acabado – em todos os sentidos - de um silvério do que a deprimente figura de Serra? Em nosso país, jamais um candidato a presidente mostrou tanta falta de escrúpulos, tanta falta de limites de qualquer espécie. Não houve um dentre os seus antecessores como candidato do partido dos silvérios que chegasse a tais extremos nesse submundo moral.
Nenhum desses antecessores apresentou-se como realizador de tanta coisa que não fez. Jamais um deles mentiu tanto ao falar de sua vida anterior – de espetaculares realizações que não existiram e de outras, reais, com as quais nada teve a ver. Nunca, qualquer deles, prometeu coisas tão colossais quanto alucinadas, sempre de acordo com o auditório da vez, ainda que uma fosse antagônica à outra, e que todas estivessem em contradição com tudo o que Serra praticou em recentíssimo passado. Foi como se achasse possível ganhar a eleição com promessas de suborno – e um suborno monstruoso, de tão impossível.
Naturalmente, cada um mede os outros pela medida que tem de si próprio. Mas também nem um dos seus predecessores ultrapassou tanto a porteira da infâmia, da substituição da luta política pela difamação, pela aleivosia, pelo insulto, pela calúnia. Nem mesmo o paraninfo de todos eles, Carlos Lacerda – até aqui um energúmeno muito difícil de ser mesmo imaginado pelas novas gerações.
O melancólico fim da campanha de Serra, que, com toda a sua mídia, reuniu alguns gatos pingados, boa parte pagos para comparecer, abandonado até pelos seus pares – por que a traição seria fiel à traição? - reflete o repúdio do povo brasileiro a todos os silvérios. Serra é pior do que seus antecessores porque é tudo o que restou deles – moral, ideológica e até fisicamente, pois nos é impossível acreditar que aquele facies amargo, de repelente inveja e ressentimento, não seja a fachada de uma alma.
O povo não teve condições de impedir as corruptas privatizações, os roubos à propriedade coletiva para entregá-la a monopólios sobretudo externos, as propinas milionárias, a destruição da cadeia produtiva nacional, a dragagem do Tesouro, a devastação dos serviços públicos, a terrível hemorragia que durante anos impuseram ao país, em suma, tudo aquilo de que Serra é o representante, e foi executor.
Não esqueceremos o sofrimento de milhões de crianças, mulheres, idosos, homens capazes subitamente desempregados, gente sem ter o que comer, sem ter onde morar, sem ter como viver. Os que perpetraram esses crimes ainda não pagaram por eles.
Mas o Brasil sempre existirá enquanto o povo brasileiro existir. O dia de hoje é apenas o dia que antecede o de amanhã. Stefan Zweig estava certo: nós somos o país do futuro. Mesmo nos piores momentos. Não foi assim com Tiradentes?
A eleição de Lula, em 2002, foi o início da nossa recuperação. Era necessário que o povo tomasse em suas próprias mãos o seu país – como disse Getúlio Vargas em 1930 – para outra vez tirá-lo do sombrio abismo onde os silvérios o haviam embrenhado.
A eleição de Dilma é o resultado desse período - inicial, mas por isso mesmo mais difícil - de recuperação do Brasil. Naturalmente, essa foi a obra do presidente Lula – inclusive a escolha da pessoa certa, a sua principal colaboradora, para candidata à sua sucessão.
A vitória de Dilma será, pela terceira vez nos últimos anos, a vitória do partido de Tiradentes, aquele alferes que doou a sua vida para afirmar que “se quisermos, faremos, juntos, deste país uma grande Nação”. Talvez não seja fortuita a coincidência da candidata que nasceu na terra de Joaquim José e fixou residência, após anos de luta e resistência nas câmaras de tortura, no Estado de Getúlio Vargas.
O fato é que o povo, muito corretamente, percebeu em Dilma, como antes percebera em Lula, a condensação das esperanças que nos movem desde o século XVIII – isto é, aquelas aspirações que fizeram e fazem de nós uma nação. Por isso, sua candidatura extrapolou, logo na partida, qualquer partido institucional, inclusive o PT - que em nada ficou diminuído, pelo contrário - para tornar-se a candidatura de toda a nação, isto é, precisamente, a nação de Tiradentes e Getúlio. Tentar reduzi-la a menos que o partido de Tiradentes, seria, evidentemente, mera tacanhice que restringiria o seu terreno – e, assim, concederia esse terreno aos inimigos do país.
Devido a esse caráter amplo e profundo, nada – nem os recursos mais baixos do adversário, nem a cruzada mais despudorada da mídia reacionária e golpista - conseguiu deter o crescimento de Dilma.
Contra ela, esboroaram-se aquelas que são a principal e traiçoeira arma dos silvérios, as pesquisas eleitorais enganosas. Nas últimas, até o notório Ibope teve de convergir para os mesmos números que apontaram o Vox Populi e o Sensus: Dilma vence no primeiro turno, pelo menos com 55% dos votos válidos. O Datafolha, tão insensato quanto o seu dono, o perdulário Otavinho, estroina que dilapida a fortuna que o pai lhe deixou, ainda insiste no roubo – porém, mesmo essa repartição da “Folha de S. Paulo” começou a reajeitar seus números, devolvendo, no momento ainda pouca coisa, do que havia furtado nas preferências eleitorais de Dilma. A eleição se aproxima e o Otavinho quer fugir ao castigo.
A ascensão esplendorosa (o leitor vai nos permitir este altissonante adjetivo) de Dilma e a debacle fragorosa de Serra são os sinais mais recentes e retumbantes do novo período da História do Brasil iniciado por Lula. O povo viu em Dilma uma sucessora à altura. E tem razão. Vamos à eleição, que há ainda muita coisa para se fazer no Brasil.
.
Kátia Abreu e as finanças de Serra
Reproduzo artigo de Igor Felippe, publicado no Blog da Reforma Agrária:
Diante a derrota iminente de José Serra (PSDB), a senadora Kátia Abreu (DEM) vem utilizando a estrutura da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) para fazer campanha para o candidato tucano.
Katia Abreu, presidente da CNA, é coordenadora de finanças da campanha demo-tucana.
Claro que é um direito dela fazer campanha para os candidatos da sua preferência.
No entanto, a latifundiária usa o cadastro de endereços dos filiados da CNA para pedir a ajuda financeira dos produtores rurais à campanha de Serra.
Nessa mala direta, ela manda até mesmo um boleto bancário, no valor de R$ 100,00.
Parece uma atitude normal. Sem importância. No entanto, não tem nada de republicano utilizar a estrutura de uma entidade de classe, que defende os interesses dos latifundiários, para fazer política partidária.
Será que teríamos mais um escândalo se fosse um entidade ligada ao PT?
A página da CNA diz o seguinte: "CNA atua na defesa dos interesses dos produtores rurais brasileiros junto ao Governo Federal, ao Congresso Nacional e aos tribunais superiores do poder Judiciário, nos quais dificilmente um produtor, sozinho, conseguiria obter respostas para as suas demandas".
Será? Enquanto presidente da CNA, o que vale mais para Kátia Abreu: os interesses dos seus filiados ou a eleição de José Serra?
Será que ela inventou, por exemplo, a CPMI contra a Reforma Agrária simplesmente para atender interesses eleitorais?
É o que parece.
E não é novidade o procedimento de Kátia Abreu de submeter a confederação a seus interesses pessoais.
Documentos internos da CNA apontam que a entidade bancou ilegalmente despesas da sua campanha ao Senado.
A confederação pagou R$ 650 mil à agência de publicidade da campanha de Kátia Abreu.
.
Diante a derrota iminente de José Serra (PSDB), a senadora Kátia Abreu (DEM) vem utilizando a estrutura da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) para fazer campanha para o candidato tucano.
Katia Abreu, presidente da CNA, é coordenadora de finanças da campanha demo-tucana.
Claro que é um direito dela fazer campanha para os candidatos da sua preferência.
No entanto, a latifundiária usa o cadastro de endereços dos filiados da CNA para pedir a ajuda financeira dos produtores rurais à campanha de Serra.
Nessa mala direta, ela manda até mesmo um boleto bancário, no valor de R$ 100,00.
Parece uma atitude normal. Sem importância. No entanto, não tem nada de republicano utilizar a estrutura de uma entidade de classe, que defende os interesses dos latifundiários, para fazer política partidária.
Será que teríamos mais um escândalo se fosse um entidade ligada ao PT?
A página da CNA diz o seguinte: "CNA atua na defesa dos interesses dos produtores rurais brasileiros junto ao Governo Federal, ao Congresso Nacional e aos tribunais superiores do poder Judiciário, nos quais dificilmente um produtor, sozinho, conseguiria obter respostas para as suas demandas".
Será? Enquanto presidente da CNA, o que vale mais para Kátia Abreu: os interesses dos seus filiados ou a eleição de José Serra?
Será que ela inventou, por exemplo, a CPMI contra a Reforma Agrária simplesmente para atender interesses eleitorais?
É o que parece.
E não é novidade o procedimento de Kátia Abreu de submeter a confederação a seus interesses pessoais.
Documentos internos da CNA apontam que a entidade bancou ilegalmente despesas da sua campanha ao Senado.
A confederação pagou R$ 650 mil à agência de publicidade da campanha de Kátia Abreu.
.
Richinha só brinca de eleição se ganhar
Reproduzo artigo de Rodrigo Vianna, publicado no blog Escrevinhador:
Richinha já foi escolhido governador: os eleitores é que não estão querendo colaborar
Beto Richa é um rapaz de fino trato.
Filho de governador (o pai, José Richa, foi também fundador do PSDB), Richinha fez carreira de sucesso. O berço de ouro abriu-lhe portas, garantindo dois mandatos como deputado estadual, e depois dois mandatos como prefeito de Curitiba.
O próximo salto, “natural” (os políticos acham que têm direito de ocupar determinados cargos, mesmo sem combinar com os eleitores), seria o governo do Estado. O chato é que precisava disputar eleição. O sobrenome ainda não lhe garante mandato por decisão divina. Uma injustiça, certamente.
Mas, vá lá: Richinha aceitou esse encargo chatíssimo de perguntar ao povo do Paraná se deve mesmo virar governador. Tirou do caminho Álvaro Dias (outro líder tucano que queria disputar o cargo) e saiu candidato, sempre favoritíssimo nas pesquisas.
O adversário Osmar Dias (PDT, apoiado por Lula, pelo PT e por Requião), aparecia a mais de 10 pontos de distância. Tudo certinho na vida do Beto Richinha.
Até que as pesquisas, essas danadas, começaram a mostrar Dias em alta (é que Lula cismou de dar apoio a Dias, o que deveria ser proibido). O quadro evoluiu para um empate técnico. Aí, essa barbaridade não podia continuar. Richinha conseguiu impedir a divulgação da pesquisa seguinte. E também a seguinte, e a outra, e a outra, e a outra…
Agora, foi o juiz Luciano Carrasco quem impediu essa afronta: pesquisa que mostre Richinha em segundo não pode!
O Carrasco fez justiça com as próprias mãos.
Mas o Roberto Requião, aquele estraga-prazeres, saiu espalhando por aí (são apenas projeções, já que a divulgação está proibida) que as últimas pesquisas no Paraná trariam os seguintes resultados:
- Vox Populi – Osmar 53 X 47 Richinha;
- Ibope - Osmar 55 X 45 Richinha;
- Ibope 2 – Osmar 52 X 48 Richinha.
Os números não podem ser confirmados. Mas também não podem ser descartados. Afinal, são apenas projeções – divulgadas pelo Paulo Henrique Amorim (outro chato que tenta impedir a posse antecipada do Richinha).
O Richinha diz que se o Requião continuar com isso, vai contar tudo pra mãe dele.
E os assessores do Richinha nem estão muito preocupados: se a apuração confirmar essa barbaridade, com vitória do Osmar Dias, vão impedir o TRE de divulgar os resultados?
É o único jeito de garantir a normalidade democrática. Deviam fazer isso e jogar as urnas fora. Se não o Richinha vai chorar, gritar e arrancar os cabelos.
O Paraná merece Richinha como governador. Esse destino já está traçado. Os eleitores é que estão mal informados.
.
Richinha já foi escolhido governador: os eleitores é que não estão querendo colaborar
Beto Richa é um rapaz de fino trato.
Filho de governador (o pai, José Richa, foi também fundador do PSDB), Richinha fez carreira de sucesso. O berço de ouro abriu-lhe portas, garantindo dois mandatos como deputado estadual, e depois dois mandatos como prefeito de Curitiba.
O próximo salto, “natural” (os políticos acham que têm direito de ocupar determinados cargos, mesmo sem combinar com os eleitores), seria o governo do Estado. O chato é que precisava disputar eleição. O sobrenome ainda não lhe garante mandato por decisão divina. Uma injustiça, certamente.
Mas, vá lá: Richinha aceitou esse encargo chatíssimo de perguntar ao povo do Paraná se deve mesmo virar governador. Tirou do caminho Álvaro Dias (outro líder tucano que queria disputar o cargo) e saiu candidato, sempre favoritíssimo nas pesquisas.
O adversário Osmar Dias (PDT, apoiado por Lula, pelo PT e por Requião), aparecia a mais de 10 pontos de distância. Tudo certinho na vida do Beto Richinha.
Até que as pesquisas, essas danadas, começaram a mostrar Dias em alta (é que Lula cismou de dar apoio a Dias, o que deveria ser proibido). O quadro evoluiu para um empate técnico. Aí, essa barbaridade não podia continuar. Richinha conseguiu impedir a divulgação da pesquisa seguinte. E também a seguinte, e a outra, e a outra, e a outra…
Agora, foi o juiz Luciano Carrasco quem impediu essa afronta: pesquisa que mostre Richinha em segundo não pode!
O Carrasco fez justiça com as próprias mãos.
Mas o Roberto Requião, aquele estraga-prazeres, saiu espalhando por aí (são apenas projeções, já que a divulgação está proibida) que as últimas pesquisas no Paraná trariam os seguintes resultados:
- Vox Populi – Osmar 53 X 47 Richinha;
- Ibope - Osmar 55 X 45 Richinha;
- Ibope 2 – Osmar 52 X 48 Richinha.
Os números não podem ser confirmados. Mas também não podem ser descartados. Afinal, são apenas projeções – divulgadas pelo Paulo Henrique Amorim (outro chato que tenta impedir a posse antecipada do Richinha).
O Richinha diz que se o Requião continuar com isso, vai contar tudo pra mãe dele.
E os assessores do Richinha nem estão muito preocupados: se a apuração confirmar essa barbaridade, com vitória do Osmar Dias, vão impedir o TRE de divulgar os resultados?
É o único jeito de garantir a normalidade democrática. Deviam fazer isso e jogar as urnas fora. Se não o Richinha vai chorar, gritar e arrancar os cabelos.
O Paraná merece Richinha como governador. Esse destino já está traçado. Os eleitores é que estão mal informados.
.
Quem incentivou o golpe no Equador?
Reproduzo artigo de Eva Golinger, advogada venezuelano-estadunidense, publicado no sítio da Adital:
Uma nova tentativa de golpe contra um país da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) atenta contra a integração latinoamericana e o avanço dos processos de revolução democrática. A direita está no ataque. Seu êxito em 2009 em Honduras contra o governo de Manuel Zelaya encheu-a de energia, força e confiança para poder arremeter contra os povos e governos de revolução na América Latina.
As eleições do domingo, 26 de setembro, na Venezuela, apesar de que resultaram vitoriosas, principalmente para o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), cederam espaço às mais reacionárias e perigosas forças de desestabilização que estão a serviço dos interesses imperiais. Os Estados unidos conseguiram colocar suas peças chaves na Assembleia Nacional da Venezuela, dando-lhes uma plataforma para avançar com seus planos conspirativos para socavar a democracia venezuelana.
No dia seguinte às eleições na Venezuela, a líder pela paz na Colômbia, Piedad Córdoba, foi desabilitada como Senadora da República da Colômbia pela Procuradoria Nacional, baseando-se em acusações e evidências falsas. Porém, o ataque contra a Senadora Piedad simboliza um ataque contra as forças do progresso na Colômbia que buscam soluções verdadeiras e pacíficas ao conflito de guerra em que vivem por mais de 60 anos.
E agora, na quinta-feira, 30 de setembro, o Equador amanheceu sob golpe. Policiais insubordinados tomaram várias instalações na capital, Quito, criando caos e pânico no país. Supostamente, protestavam contra uma nova lei aprovada pela Assembleia Nacional na quarta-feira passada, que, segundo eles, recortava seus benefícios trabalhistas.
O Presidente Rafael Correa, em uma tentativa de resolver a situação, dirigiu-se à polícia insubordinada; porém, foi atacado com objetos contundentes e bombas de gás lacrimogêneo, causando-lhe um ferimento na perna e asfixia devido ao gás. Foi trasladado ao hospital militar na cidade de Quito, onde, em seguida foi sequestrado e mantido à força, sem poder sair.
Enquanto isso, movimentos populares tomavam as ruas de Quito, reclamando a libertação de seu presidente, reeleito democraticamente no ano passado com uma imensa maioria. Milhares de equatorianos levantaram sua voz em apoio ao presidente Correa, tentando resgatar sua democracia das mãos de forças golpistas que buscavam provocar a saída forçada do governo nacional.
Apesar dos acontecimentos, há fatores externos envolvidos nessa tentativa de golpe, que movem de novo suas peças.
Polícia infiltrada
Segundo o jornalista Jean-Guy Allard, um informe oficial do Ministro da Defesa do Equador, Javier Ponce, difundido em outubro de 2008, revelou que "diplomatas estadunidenses se dedicavam a corromper a polícia e as forças armadas". O informe afirmou que unidades da polícia "mantêm uma dependência econômica informal com os Estados Unidos, para o pagamento de informantes, capacitação, equipamento e operações".
Em resposta à informação, a embaixadora dos Estados Unidos no Equador, Heather Hodges, declarou: "Nós trabalhamos com o governo do Equador, com os militares e com a polícia para fins muito importantes para a segurança", justificando a colaboração. Segundo Hodges, o trabalho com as forças de segurança do Equador está relacionado com a "luta contra o narcotráfico".
A embaixatriz
A embaixatriz Heather Hodges foi enviada ao Equador, em 2008, pelo então presidente George W. Bush. Anteriormente, teve uma gestão exitosa como embaixatriz na Moldávia, país socialista que antes fazia parte da União Soviética. Na Moldávia, deixou semeada a pista para uma "revolução de cores", que aconteceu, sem êxito, em abril de 2009, contra a maioria eleita do Partido Comunista, no Parlamento.
Hodges esteve à frente do Escritório de Assuntos Cubanos, como Subdiretora em 1991, divisão do Departamento de Estado, que se dedica a promover a desestabilização em Cuba. Dois anos depois, foi enviada a Nicarágua para consolidar a gestão de Violeta Chamorro, presidente selecionada pelos Estados Unidos, após a guerra suja contra o governo sandinista, que saiu do poder em 1989.
Quando Bush a enviou ao Equador era com a intenção de semear a desestabilização contra Correa, no caso de que o presidente equatoriano se negasse a subordinar-se à agenda de Washington. Hodges conseguiu incrementar o orçamento da Usaid e NED para organizações sociais e grupos políticos que promovem os interesses dos Estados Unidos, inclusive no setor indígena.
Ante a reeleição do presidente Correa, em 2009, baseada na nova Constituição aprovada em 2008 por uma maioria contundente de equatorianos/as, a embaixada começou a fomentar a desestabilização.
Usaid
Alguns grupos sociais progressistas expressaram seu descontento com as políticas do governo de Correa. Não há dúvida de que existem legítimas queixas a seu governo. Nem todos os grupos ou organizações que estão contra as políticas de Correa são agentes imperiais. Porém, é certo que existe um setor dentro deles que recebe financiamento e linhas para provocar situações de desestabilização no país, além das expressões naturais de crítica ou oposição a um governo.
Em 2010, o Departamento de Estado aumentou o orçamento da Usaid no Equador para mais de 38 milhões de dólares. Nos últimos anos, um total de US$ 5.640.000 em fundos foi investido no trabalho de "descentralização" no país. Um dos principais executores dos programas da Usaid no Equador é a mesma empresa que opera com a direita na Bolívia: Chemonics, Inc.
Ao mesmo tempo, a Ned outorgou um convênio de US$ 125.806 ao Centro para a Empresa Privada (CIPE), para promover os Tratados de Livre Comércio, a globalização e a autonomia regional através da rádio, TV e imprensa equatorianas, juntamente com o Instituto Equatoriano de Economia Política.
Organizações no Equador, como Participação Cidadã e Pró-Justiça dispõem de financiamento da Usaid e NED tanto como membros e setores de Codempe, Pachakutik, CONAIE, a Corporação Empresarial Indígena do Equador e a Fundação Qellkaj.
Durante os acontecimentos da quinta-feira, 30 de setembro no Equador, um dos grupos com setores financiados pela Usaid e NED - Pachakutik - emitiu um comunicado respaldando a polícia golpista, exigindo a renúncia do presidente Rafael Correa e responsabilizando-o pelos fatos. Inclusive, o acusou de manter uma "atitude ditatorial":
"Pachakutik pede a renúncia do presidene Correa e chama a conformar uma só frente nacional" - Boletim de Imprensa 141:
O Chefe do Bloco do Movimento Pachakutik, Cléver Jiménez, diante da grave comoção política e crise interna gerada pela atitude ditatorial do Presidente Rafael Correa, ao violentar os direitos dos servidores públicos e da sociedade em seu conjunto, convocou ao movimento indígena, movimentos sociais, organizações políticas democráticas a constituir uma só frente nacional para exigir a saída do presidente Correa, ao amparo do que estabelece o Art. 130, inciso 2 da Constituição, que diz ‘A Assembleia Nacional poderá destituir o presidente da República nos seguintes casos:
2) Por grave crise política e comoção interna’.
Jiménez respaldou a luta dos servidores públicos do país, incluindo aos policiais de tropa que se encontram mobilizados contra as políticas autoritárias do regime que pretende prejudicar direitos trabalhistas adquiridos. A situação dos policiais e membros das Forças Armadas deve ser entendida como uma justa ação de servidores públicos, cujos direitos foram vulnerados.
Pachakutik está convocando para esta tarde a todas as organizações do movimento indígena, aos trabalhadores, homens e mulheres democráticos a construir a unidade e preparar novas ações em rechaço ao autoritarismo de Correa, em defesa dos direitos e garantias de todos os equatorianos.
Responsável de Imprensa - Bloco Pachakutik".
A guia utilizada na Venezuela e em Honduras se repete. Tentam responsabilizar ao Presidente e ao governo pelo "golpe", forçando sua saída do poder. O golpe contra o Equador é a próxima fase da agressão permanente contra a Alba e os movimentos revolucionários na região. O povo equatoriano se mantém mobilizado em rechaço à tentativa golpista, enquanto as forças progressistas da região se agrupam para expressar sua solidariedade e respaldo ao presidente Correa e ao seu governo.
.
Uma nova tentativa de golpe contra um país da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) atenta contra a integração latinoamericana e o avanço dos processos de revolução democrática. A direita está no ataque. Seu êxito em 2009 em Honduras contra o governo de Manuel Zelaya encheu-a de energia, força e confiança para poder arremeter contra os povos e governos de revolução na América Latina.
As eleições do domingo, 26 de setembro, na Venezuela, apesar de que resultaram vitoriosas, principalmente para o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), cederam espaço às mais reacionárias e perigosas forças de desestabilização que estão a serviço dos interesses imperiais. Os Estados unidos conseguiram colocar suas peças chaves na Assembleia Nacional da Venezuela, dando-lhes uma plataforma para avançar com seus planos conspirativos para socavar a democracia venezuelana.
No dia seguinte às eleições na Venezuela, a líder pela paz na Colômbia, Piedad Córdoba, foi desabilitada como Senadora da República da Colômbia pela Procuradoria Nacional, baseando-se em acusações e evidências falsas. Porém, o ataque contra a Senadora Piedad simboliza um ataque contra as forças do progresso na Colômbia que buscam soluções verdadeiras e pacíficas ao conflito de guerra em que vivem por mais de 60 anos.
E agora, na quinta-feira, 30 de setembro, o Equador amanheceu sob golpe. Policiais insubordinados tomaram várias instalações na capital, Quito, criando caos e pânico no país. Supostamente, protestavam contra uma nova lei aprovada pela Assembleia Nacional na quarta-feira passada, que, segundo eles, recortava seus benefícios trabalhistas.
O Presidente Rafael Correa, em uma tentativa de resolver a situação, dirigiu-se à polícia insubordinada; porém, foi atacado com objetos contundentes e bombas de gás lacrimogêneo, causando-lhe um ferimento na perna e asfixia devido ao gás. Foi trasladado ao hospital militar na cidade de Quito, onde, em seguida foi sequestrado e mantido à força, sem poder sair.
Enquanto isso, movimentos populares tomavam as ruas de Quito, reclamando a libertação de seu presidente, reeleito democraticamente no ano passado com uma imensa maioria. Milhares de equatorianos levantaram sua voz em apoio ao presidente Correa, tentando resgatar sua democracia das mãos de forças golpistas que buscavam provocar a saída forçada do governo nacional.
Apesar dos acontecimentos, há fatores externos envolvidos nessa tentativa de golpe, que movem de novo suas peças.
Polícia infiltrada
Segundo o jornalista Jean-Guy Allard, um informe oficial do Ministro da Defesa do Equador, Javier Ponce, difundido em outubro de 2008, revelou que "diplomatas estadunidenses se dedicavam a corromper a polícia e as forças armadas". O informe afirmou que unidades da polícia "mantêm uma dependência econômica informal com os Estados Unidos, para o pagamento de informantes, capacitação, equipamento e operações".
Em resposta à informação, a embaixadora dos Estados Unidos no Equador, Heather Hodges, declarou: "Nós trabalhamos com o governo do Equador, com os militares e com a polícia para fins muito importantes para a segurança", justificando a colaboração. Segundo Hodges, o trabalho com as forças de segurança do Equador está relacionado com a "luta contra o narcotráfico".
A embaixatriz
A embaixatriz Heather Hodges foi enviada ao Equador, em 2008, pelo então presidente George W. Bush. Anteriormente, teve uma gestão exitosa como embaixatriz na Moldávia, país socialista que antes fazia parte da União Soviética. Na Moldávia, deixou semeada a pista para uma "revolução de cores", que aconteceu, sem êxito, em abril de 2009, contra a maioria eleita do Partido Comunista, no Parlamento.
Hodges esteve à frente do Escritório de Assuntos Cubanos, como Subdiretora em 1991, divisão do Departamento de Estado, que se dedica a promover a desestabilização em Cuba. Dois anos depois, foi enviada a Nicarágua para consolidar a gestão de Violeta Chamorro, presidente selecionada pelos Estados Unidos, após a guerra suja contra o governo sandinista, que saiu do poder em 1989.
Quando Bush a enviou ao Equador era com a intenção de semear a desestabilização contra Correa, no caso de que o presidente equatoriano se negasse a subordinar-se à agenda de Washington. Hodges conseguiu incrementar o orçamento da Usaid e NED para organizações sociais e grupos políticos que promovem os interesses dos Estados Unidos, inclusive no setor indígena.
Ante a reeleição do presidente Correa, em 2009, baseada na nova Constituição aprovada em 2008 por uma maioria contundente de equatorianos/as, a embaixada começou a fomentar a desestabilização.
Usaid
Alguns grupos sociais progressistas expressaram seu descontento com as políticas do governo de Correa. Não há dúvida de que existem legítimas queixas a seu governo. Nem todos os grupos ou organizações que estão contra as políticas de Correa são agentes imperiais. Porém, é certo que existe um setor dentro deles que recebe financiamento e linhas para provocar situações de desestabilização no país, além das expressões naturais de crítica ou oposição a um governo.
Em 2010, o Departamento de Estado aumentou o orçamento da Usaid no Equador para mais de 38 milhões de dólares. Nos últimos anos, um total de US$ 5.640.000 em fundos foi investido no trabalho de "descentralização" no país. Um dos principais executores dos programas da Usaid no Equador é a mesma empresa que opera com a direita na Bolívia: Chemonics, Inc.
Ao mesmo tempo, a Ned outorgou um convênio de US$ 125.806 ao Centro para a Empresa Privada (CIPE), para promover os Tratados de Livre Comércio, a globalização e a autonomia regional através da rádio, TV e imprensa equatorianas, juntamente com o Instituto Equatoriano de Economia Política.
Organizações no Equador, como Participação Cidadã e Pró-Justiça dispõem de financiamento da Usaid e NED tanto como membros e setores de Codempe, Pachakutik, CONAIE, a Corporação Empresarial Indígena do Equador e a Fundação Qellkaj.
Durante os acontecimentos da quinta-feira, 30 de setembro no Equador, um dos grupos com setores financiados pela Usaid e NED - Pachakutik - emitiu um comunicado respaldando a polícia golpista, exigindo a renúncia do presidente Rafael Correa e responsabilizando-o pelos fatos. Inclusive, o acusou de manter uma "atitude ditatorial":
"Pachakutik pede a renúncia do presidene Correa e chama a conformar uma só frente nacional" - Boletim de Imprensa 141:
O Chefe do Bloco do Movimento Pachakutik, Cléver Jiménez, diante da grave comoção política e crise interna gerada pela atitude ditatorial do Presidente Rafael Correa, ao violentar os direitos dos servidores públicos e da sociedade em seu conjunto, convocou ao movimento indígena, movimentos sociais, organizações políticas democráticas a constituir uma só frente nacional para exigir a saída do presidente Correa, ao amparo do que estabelece o Art. 130, inciso 2 da Constituição, que diz ‘A Assembleia Nacional poderá destituir o presidente da República nos seguintes casos:
2) Por grave crise política e comoção interna’.
Jiménez respaldou a luta dos servidores públicos do país, incluindo aos policiais de tropa que se encontram mobilizados contra as políticas autoritárias do regime que pretende prejudicar direitos trabalhistas adquiridos. A situação dos policiais e membros das Forças Armadas deve ser entendida como uma justa ação de servidores públicos, cujos direitos foram vulnerados.
Pachakutik está convocando para esta tarde a todas as organizações do movimento indígena, aos trabalhadores, homens e mulheres democráticos a construir a unidade e preparar novas ações em rechaço ao autoritarismo de Correa, em defesa dos direitos e garantias de todos os equatorianos.
Responsável de Imprensa - Bloco Pachakutik".
A guia utilizada na Venezuela e em Honduras se repete. Tentam responsabilizar ao Presidente e ao governo pelo "golpe", forçando sua saída do poder. O golpe contra o Equador é a próxima fase da agressão permanente contra a Alba e os movimentos revolucionários na região. O povo equatoriano se mantém mobilizado em rechaço à tentativa golpista, enquanto as forças progressistas da região se agrupam para expressar sua solidariedade e respaldo ao presidente Correa e ao seu governo.
.
Folha erra e mente
Reproduzo artigo de Jorge Furtado, publicado no blog do Nassif:
É difícil manter a serenidade frente ao péssimo jornalismo praticado pela Folha de S.Paulo. Das 4 irregularidades já apuradas na massaroca de denúncias do jornal contra o governo Lula, 3 eram mentira pura e simples:
1. O tal contrato intermediado por Rubnei Quícoli, a única fonte da Folha para algumas das calúnias que publicou era mentira, não passou de um delírio e tentativa de chantagem feito por um picareta, acolhido pela Folha. Não é possível afirmar se o malabarismo do texto do jornal para manter sua farsa pró-Serra é má-fé ou apenas incompetência, provavelmente uma mistura das duas coisas: "Como a Folha mostrou, o representante da EDRB, Rubnei Quícoli, afirma que...". A Folha mostrou que o picareta afirma que... Cruzes!
2. O "suborno do Tamiflu" inventado pela Veja também era mentira: "não se vislumbrou qualquer oportunidade para a alegada cobrança de propina", diz a CGU.
3. Segundo a CGU, também não foram encontradas irregularidades na contratação de escritório de advocacia ligado ao irmão de Erenice e na aplicação de multas de uma empresa de mineração do marido da ex-ministra. Mais uma mentira.
O que sobrou, segundo a Controladoria Geral da União, foram, numa auditoria ainda não concluída, "indícios de irregularidade em contratos de R$ 2 milhões", que a incompetência/má-fé da Folha transforma em "irregularidades de 2 milhões" (Se você faz parte da minoria de leitores do jornal com alguma capacidade de raciocínio, talvez considere que irregularidades num "contrato de dois milhões" possam ser "irregularidades de 10 ou 100 reais" e não "irregularidades de 2 milhões"). A única relação dos supostos indícios de irregularidade da investigação não concluída é que o irmão da ministra trabalhava nos projetos. Foi o que sobrou das calúnias do jornal contra a honra de várias pessoas.
Ao invés de reconhecer que as graves denúncias que fez, baseadas na palavra de bandidos condenados, foram desmentidas pelas investigações da CGU, a Folha reapresenta a massaroca com um ilegível "infográfico" e a manchete: "Novo lobby da casa civil".
A Folha trata seus leitores como idiotas. Deve saber com quem fala.
.
É difícil manter a serenidade frente ao péssimo jornalismo praticado pela Folha de S.Paulo. Das 4 irregularidades já apuradas na massaroca de denúncias do jornal contra o governo Lula, 3 eram mentira pura e simples:
1. O tal contrato intermediado por Rubnei Quícoli, a única fonte da Folha para algumas das calúnias que publicou era mentira, não passou de um delírio e tentativa de chantagem feito por um picareta, acolhido pela Folha. Não é possível afirmar se o malabarismo do texto do jornal para manter sua farsa pró-Serra é má-fé ou apenas incompetência, provavelmente uma mistura das duas coisas: "Como a Folha mostrou, o representante da EDRB, Rubnei Quícoli, afirma que...". A Folha mostrou que o picareta afirma que... Cruzes!
2. O "suborno do Tamiflu" inventado pela Veja também era mentira: "não se vislumbrou qualquer oportunidade para a alegada cobrança de propina", diz a CGU.
3. Segundo a CGU, também não foram encontradas irregularidades na contratação de escritório de advocacia ligado ao irmão de Erenice e na aplicação de multas de uma empresa de mineração do marido da ex-ministra. Mais uma mentira.
O que sobrou, segundo a Controladoria Geral da União, foram, numa auditoria ainda não concluída, "indícios de irregularidade em contratos de R$ 2 milhões", que a incompetência/má-fé da Folha transforma em "irregularidades de 2 milhões" (Se você faz parte da minoria de leitores do jornal com alguma capacidade de raciocínio, talvez considere que irregularidades num "contrato de dois milhões" possam ser "irregularidades de 10 ou 100 reais" e não "irregularidades de 2 milhões"). A única relação dos supostos indícios de irregularidade da investigação não concluída é que o irmão da ministra trabalhava nos projetos. Foi o que sobrou das calúnias do jornal contra a honra de várias pessoas.
Ao invés de reconhecer que as graves denúncias que fez, baseadas na palavra de bandidos condenados, foram desmentidas pelas investigações da CGU, a Folha reapresenta a massaroca com um ilegível "infográfico" e a manchete: "Novo lobby da casa civil".
A Folha trata seus leitores como idiotas. Deve saber com quem fala.
.
Netinho é a cara do povo, diz líder do MST
Por Altamiro Borges
A coordenação estadual do MST em São Paulo tem realizado reuniões com candidatos de vários partidos de esquerda identificados com a luta pela reforma agrária. Nestes eventos, as lideranças do movimento apresentam em detalhe a pauta de reivindicação dos trabalhadores rurais sem terra no estado e, fazendo política com P maiúsculo, procuram se aproximar dos prováveis parlamentares eleitos para melhor intervir nos futuros debates legislativos.
Nesta quinta-feira (30), o “café da manhã com o MST” teve como convidados os candidatos do PCdoB. A cantora Leci Brandão, candidata a deputada estadual, já é conhecida pelas lideranças camponesas. Ela gravou uma das músicas do primeiro CD dos sem-terra, “Arte em movimento”, e é muito respeitada nos assentamentos e acampamentos espalhados pelo estado. Célio Turino, candidato a deputado federal, também é reconhecido por seu trabalho com os Pontos de Cultura, presentes em vários assentamentos, e recebeu elogios das lideranças rurais.
Parcerias pela reforma agrária
Netinho de Paula, candidato ao Senado, também foi convidado para o “café da manhã”, mas não pode comparecer devido a problemas de última hora. A sua assessoria esteve presente e ouviu e anotou as demandas dos sem-terra. Após o evento, que reuniu mais de 30 militantes, João Paulo Rodrigues, membro da coordenação nacional do MST, explicou os motivos do convite a Netinho de Paula, candidato do PCdoB que lidera as pesquisas para a disputa das duas vagas ao Senado:
“Não conhecemos bem a trajetória política do Netinho, mas ficamos contentes com seu ingresso no PCdoB, um partido que historicamente sempre lutou pela reforma agrária. Sabemos apenas do seu trabalho junto às comunidades carentes e ele tem muita popularidade entre os sem-terra. O objetivo do convite foi nos aproximarmos mais do novo senador, que enfrentará duras batalhas nesta casa. Para nós, o mais importante é elegermos dois senadores em São Paulo, Marta Suplicy e Netinho de Paula, e fixarmos parcerias para os futuros embates”.
"Aloysio é um quadro da direita"
“Derrotar a direita em São Paulo, derrotar o tucanato, terá forte simbologia no país. O Aloysio Nunes é um quadro da direita não só no estado, mas no Brasil, é um homem do Serra. Também é um grande fazendeiro, pecuarista, na região de Andradina. O MST já ocupou algumas terras irregulares dele na região. Aloysio é da elite, é um inimigo declarado do nosso movimento. Já o Netinho tem a cara do povo, ele é igual ao Lula. A sua eleição pode ajudar o governo Dilma a ser mais ousado na reforma agrária, a manter o dialogo democrático com os movimentos sociais”.
.
A coordenação estadual do MST em São Paulo tem realizado reuniões com candidatos de vários partidos de esquerda identificados com a luta pela reforma agrária. Nestes eventos, as lideranças do movimento apresentam em detalhe a pauta de reivindicação dos trabalhadores rurais sem terra no estado e, fazendo política com P maiúsculo, procuram se aproximar dos prováveis parlamentares eleitos para melhor intervir nos futuros debates legislativos.
Nesta quinta-feira (30), o “café da manhã com o MST” teve como convidados os candidatos do PCdoB. A cantora Leci Brandão, candidata a deputada estadual, já é conhecida pelas lideranças camponesas. Ela gravou uma das músicas do primeiro CD dos sem-terra, “Arte em movimento”, e é muito respeitada nos assentamentos e acampamentos espalhados pelo estado. Célio Turino, candidato a deputado federal, também é reconhecido por seu trabalho com os Pontos de Cultura, presentes em vários assentamentos, e recebeu elogios das lideranças rurais.
Parcerias pela reforma agrária
Netinho de Paula, candidato ao Senado, também foi convidado para o “café da manhã”, mas não pode comparecer devido a problemas de última hora. A sua assessoria esteve presente e ouviu e anotou as demandas dos sem-terra. Após o evento, que reuniu mais de 30 militantes, João Paulo Rodrigues, membro da coordenação nacional do MST, explicou os motivos do convite a Netinho de Paula, candidato do PCdoB que lidera as pesquisas para a disputa das duas vagas ao Senado:
“Não conhecemos bem a trajetória política do Netinho, mas ficamos contentes com seu ingresso no PCdoB, um partido que historicamente sempre lutou pela reforma agrária. Sabemos apenas do seu trabalho junto às comunidades carentes e ele tem muita popularidade entre os sem-terra. O objetivo do convite foi nos aproximarmos mais do novo senador, que enfrentará duras batalhas nesta casa. Para nós, o mais importante é elegermos dois senadores em São Paulo, Marta Suplicy e Netinho de Paula, e fixarmos parcerias para os futuros embates”.
"Aloysio é um quadro da direita"
“Derrotar a direita em São Paulo, derrotar o tucanato, terá forte simbologia no país. O Aloysio Nunes é um quadro da direita não só no estado, mas no Brasil, é um homem do Serra. Também é um grande fazendeiro, pecuarista, na região de Andradina. O MST já ocupou algumas terras irregulares dele na região. Aloysio é da elite, é um inimigo declarado do nosso movimento. Já o Netinho tem a cara do povo, ele é igual ao Lula. A sua eleição pode ajudar o governo Dilma a ser mais ousado na reforma agrária, a manter o dialogo democrático com os movimentos sociais”.
.
Os demos no inferno; até o diabo rejeita
Por Altamiro Borges
Vários estudos indicam que os demos – ex-Arena e ex-PDS no período na ditadura militar e ex-PFL no reinado neoliberal de FHC – caminham para o inferno na eleição deste domingo. O Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) estima que o partido perderá cerca de 20 deputados e elegerá só dois senadores. Reportagem do Jornal do Brasil, intitulada “A derrocada do DEM”, foi ainda mais dura nas previsões e já antecipa o fim desta legenda da direita nativa.
Segundo a jornalista Ana Paula Siqueira, “se antes era um dos maiores partidos do país, sempre presente nos governos, hoje o Democratas (DEM) amarga a redução de seu poder. Nas últimas eleições, o número de candidatos eleitos pela legenda diminuiu gradativamente. E, caso as urnas mantenham o que indicam as pesquisas eleitorais, o alcance do partido será ainda menor depois de 3 de outubro. Membros da legenda reconhecem a necessidade de mudança para alterar esse quadro e, entre as possibilidades, está o fim da dependência do PSDB” e o próprio fim da sigla.
A crise da direita nativa
Dos quatro candidatos a governador pelo partido, apenas dois teriam chances reais de ganhar: os senadores Raimundo Colombo, em Santa Catarina, e Rosalba Ciarlini, no Rio Grande do Norte. “Já entre os 12 candidatos da legenda ao Senado, apenas três podem alcançar a vitória: José Agripino Maia (RN), Marco Maciel (PE) e Demóstenes Torres (GO), único na legenda a liderar as intenções de voto para o cargo”, afirmou a repórter. Pesquisas recentes, no entanto, indicam que o “senador desde o império”, Marco Maciel, já dançou em Pernambuco.
A situação dos demos reflete bem a crise da direita brasileira. Fisiológico e corrupta, ela cresceu no período da ditadura, mamando nas tetas do Estado. Já na fase destrutiva do neoliberalismo, no reinado de FHC, ela virou apêndice da “burguesia moderna” do PSDB e tirou as suas vantagens eleitorais. A partir da eleição de Lula, o definhamento foi acelerado. Ela ainda tentou se travestir de ética. Mas, aos poucos, caiu a máscara destes direitistas, mais sujos do que pau de galinheiro. A reportagem do Jornal do Brasil descreve em detalhes esta trajetória declinante e fúnebre:
Declínio e extermínio
“Em 1998, o partido conseguiu eleger 152 deputados estaduais e uma bancada de 90 federais. Apesar de contarem com apenas cinco senadores, nove governadores foram eleitos naquele ano. Em 2002, os resultados pioraram. Enquanto 111 deputados estaduais foram eleitos, 41 a menos que no pleito anterior, a bancada federal caiu para 73 parlamentares. O número de governadores eleitos diminuiu para cinco. Mas, em compensação, 14 senadores foram eleitos. Nas eleições passadas, a tendência de queda se manteve com a eleição de 98 estaduais, 54 federais, seis senadores e um único governador” – José Roberto Arruda, no Distrito Federal.
A prisão do demo Arruda abalou ainda mais as expectativas do partido para este ano e enterrou de vez seu falso discurso ético. Já a indicação do deputado Índio da Costa, batizado de “indiota”, para vice de José Serra, confirmou as graves limitações da legenda. Ela envelheceu e seus novos dirigentes, na maioria filhos dos ex-coronéis do partido, são inexpressivos. A sigla é vista como um apêndice servil do PSDB. Na opinião de diversos especialistas, o DEM não tem mais futuro. O diabo, preocupado, já criticou o uso do apelido demos e avisou que não há vagas no inferno.
.
Vários estudos indicam que os demos – ex-Arena e ex-PDS no período na ditadura militar e ex-PFL no reinado neoliberal de FHC – caminham para o inferno na eleição deste domingo. O Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) estima que o partido perderá cerca de 20 deputados e elegerá só dois senadores. Reportagem do Jornal do Brasil, intitulada “A derrocada do DEM”, foi ainda mais dura nas previsões e já antecipa o fim desta legenda da direita nativa.
Segundo a jornalista Ana Paula Siqueira, “se antes era um dos maiores partidos do país, sempre presente nos governos, hoje o Democratas (DEM) amarga a redução de seu poder. Nas últimas eleições, o número de candidatos eleitos pela legenda diminuiu gradativamente. E, caso as urnas mantenham o que indicam as pesquisas eleitorais, o alcance do partido será ainda menor depois de 3 de outubro. Membros da legenda reconhecem a necessidade de mudança para alterar esse quadro e, entre as possibilidades, está o fim da dependência do PSDB” e o próprio fim da sigla.
A crise da direita nativa
Dos quatro candidatos a governador pelo partido, apenas dois teriam chances reais de ganhar: os senadores Raimundo Colombo, em Santa Catarina, e Rosalba Ciarlini, no Rio Grande do Norte. “Já entre os 12 candidatos da legenda ao Senado, apenas três podem alcançar a vitória: José Agripino Maia (RN), Marco Maciel (PE) e Demóstenes Torres (GO), único na legenda a liderar as intenções de voto para o cargo”, afirmou a repórter. Pesquisas recentes, no entanto, indicam que o “senador desde o império”, Marco Maciel, já dançou em Pernambuco.
A situação dos demos reflete bem a crise da direita brasileira. Fisiológico e corrupta, ela cresceu no período da ditadura, mamando nas tetas do Estado. Já na fase destrutiva do neoliberalismo, no reinado de FHC, ela virou apêndice da “burguesia moderna” do PSDB e tirou as suas vantagens eleitorais. A partir da eleição de Lula, o definhamento foi acelerado. Ela ainda tentou se travestir de ética. Mas, aos poucos, caiu a máscara destes direitistas, mais sujos do que pau de galinheiro. A reportagem do Jornal do Brasil descreve em detalhes esta trajetória declinante e fúnebre:
Declínio e extermínio
“Em 1998, o partido conseguiu eleger 152 deputados estaduais e uma bancada de 90 federais. Apesar de contarem com apenas cinco senadores, nove governadores foram eleitos naquele ano. Em 2002, os resultados pioraram. Enquanto 111 deputados estaduais foram eleitos, 41 a menos que no pleito anterior, a bancada federal caiu para 73 parlamentares. O número de governadores eleitos diminuiu para cinco. Mas, em compensação, 14 senadores foram eleitos. Nas eleições passadas, a tendência de queda se manteve com a eleição de 98 estaduais, 54 federais, seis senadores e um único governador” – José Roberto Arruda, no Distrito Federal.
A prisão do demo Arruda abalou ainda mais as expectativas do partido para este ano e enterrou de vez seu falso discurso ético. Já a indicação do deputado Índio da Costa, batizado de “indiota”, para vice de José Serra, confirmou as graves limitações da legenda. Ela envelheceu e seus novos dirigentes, na maioria filhos dos ex-coronéis do partido, são inexpressivos. A sigla é vista como um apêndice servil do PSDB. Na opinião de diversos especialistas, o DEM não tem mais futuro. O diabo, preocupado, já criticou o uso do apelido demos e avisou que não há vagas no inferno.
.