Reproduzo artigo do professor Igor Fuser, publicado no jornal Brasil de Fato:
A poucos dias de completar a primeira metade do seu mandato de quatro anos, o presidente estadunidense Barack Obama deixou claro que abandonará qualquer esforço para bloquear as iniciativas de Israel de expandir os assentamentos judeus em territórios palestinos ocupados – prática ilegal que visa tornar a ocupação um fato consumado e inviabilizar a criação do Estado Palestino. Para desencanto de quem esperava mudanças na política dos EUA para o Oriente Médio, Obama se rendeu às pressões sionista, emitindo um sinal verde para a truculência israelense.
Os sinais positivos no caminho de uma paz justa vieram da América do Sul, com a decisão dos governos do Brasil e da Argentina de reconhecer o Estado Palestino nas fronteiras de 1967. Ou seja, revertendo a ocupação de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental na Guerra dos Seis Dias. A medida deverá se completar com a abertura de embaixadas dos dois países em Ramallah (enquanto a parte árabe de Jerusalém continuar nas mãos dos sionistas) e, possivelmente, com a assinatura de um acordo comercial entre o Mercosul e a Autoridade Palestina.
Evidentemente, o simples reconhecimento diplomático é insuficiente para viabilizar uma pátria palestina soberana. Mas a iniciativa brasileira e argentina representa mais um passo em direção a uma paz justa no Oriente Médio. Acentua o isolamento israelense (mais de 100 países já reconhecem a Palestina, entre eles a China, a Rússia e a Índia). E aumenta a pressão para o ingresso oficial do Estado Palestino na ONU, o que permitiria, entre outras coisas, que o organismo internacional adotasse medidas de força contra as agressões israelenses ao novo país.
No caso do Brasil (e também da Argentina), é importante, para o bem da coerência, que o reconhecimento da Palestina seja sucedido por atitudes concretas que tornem efetiva a solidariedade com a luta heroica dos palestinos contra a ocupação. É preciso que o acordo comercial Israel-Mercosul (que o governo Lula nunca deveria ter assinado) seja desfeito e, mais, que o Brasil suspenda imediatamente a importação de armamentos e equipamentos de segurança de Israel.
O modo mais efetivo e permanente de ajudar a causa palestina é levar adiante a campanha internacional Boicote, Desinvestimento e Sanções, que está mobilizando a opinião pública em todas as partes do mundo para cortar as importações de produtos israelenses e suspender qualquer cooperação com o Estado sionista. Além da resistência dos próprios palestinos, é claro.
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Sou plenamente favorável a esse Boicote a Israel. Só que tem que ser planejado para substituir Israel por outro mercado, e também investir em tecnologia para não precisarmos comprar deles.
ResponderExcluirPaz e bem!
ResponderExcluirO que falta é um blog/site com lista das empresas a serem boicotadas no Brasil e o motivo.
Já encontrei na Espanha, mas aqui, necas.
Até parece que os palestinos não querem que se faça este boicote.
PS: Miro, os anúncios google abaixo da postagem são antiboicote:
Israel
Tel Aviv Israel
Terra Santa Israel
Ramat Gan Israel
Achei estes sites que citam empresas israelenses.
ResponderExcluirhttp://tinyurl.com/273tvpu
http://tinyurl.com/3ahg674
http://www.myciw.org/forums/showthread.php?t=2160
Neste último ensina que para identificar a origem de um produto importado, você olha os 3 primeiros números do código de barras: 729= Israel, 789-790= Brasil!
Você também boicota a China por causa do Tibet, ou apenas Israel?
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