Reproduzo notas oficiais da CTB e da Força Sindical:
A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) manifesta sua posição contrária em relação ao aumento da taxa de juros divulgado nesta mesma data pelo Banco Central. A alegação de que essa impopular medida seria necessária para conter a inflação não passa de mera cantilena, advinda dos poderosos setores da sociedade interessados na manutenção da maior taxa de juros real do mundo.
É frustrante que o mandato da presidente Dilma Rousseff se inicie com tal decisão. A CTB entende que o novo governo poderia ter sinalizado o início de uma nova era para o país, na qual a orientação monetária do Banco Central pudesse ter um rumo mais ousado – diferente daquele comandado por Henrique Meirelles durante oito anos.
A presidente Dilma Rousseff certamente tem conhecimento de que a decisão de aumentar a taxa Selic para 11,25% ao ano significa um retrocesso para o país. Tal medida se reflete no crescimento, no desenvolvimento e nos investimentos necessários para que o governo coloque em prática seu principal compromisso: a erradicação da miséria.
A CTB espera que o novo governo decida enfrentar, o quanto antes, o conservadorismo da política financeira que ainda vigora no Brasil. É preciso que a presidente Dilma Rousseff chame para si essa responsabilidade e proponha um novo rumo para a política monetária do país, de modo que o desenvolvimento econômico e social da nação se torne de fato uma realidade, em consonância à expectativa criada por aqueles que a elegeram.
Wagner Gomes - Presidente nacional da CTB
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É incrível, mas parece que o governo que se inicia quer implantar a agenda econômica que foi derrotada nas últimas eleições por privilegiar o capital especulativo. Lamentamos profundamente que a produção, o crescimento e a geração de empregos sejam os grandes perdedores com a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária).
Os tecnocratas do governo insistem em colocar um forte freio na economia. Uma camisa de força no setor produtivo. Não há justificativa para manter os juros neste patamar estratosférico, penalizando, dessa forma, o crescimento econômico.
Tivemos uma desnecessária alta dos juros, que seguem em patamar excessivamente elevados. Juros altos que seguem na contramão da produção, do crédito e do consumo. Infelizmente, a decisão do Copom fortalece os obstáculos ao desenvolvimento do País com distribuição de renda.
Paulo Pereira da Silva (Paulinho)- Presidente da Força Sindical.
Apenas repassando aos meus (um pouco mais pobres) concidadãos...
ResponderExcluir"Conforme esperavam os rentistas, hoje a Taxa Selic foi aumentada de 10,75% para 11,25% ao ano, o que gerará um aumento de cerca de R$ 10 bilhões por ano nas despesas com juros da questionável dívida interna brasileira. Tais R$ 10 bilhões representam uma quantia 20 vezes superior ao montante de recursos que o governador do RJ alega ter recebido da União em 4 anos para combater os desastres decorrentes das chuvas. Embora apenas 46% da dívida interna sejam compostos por títulos indexados à “Taxa Selic”, os investidores exigem taxas iguais ou superiores à Selic para comprar os demais títulos, como os “pré-fixados” ou vinculados a índices de preços (mais juros). Segundo o Tesouro Nacional, dia 13/1 os investidores exigiram taxas de juros de até 13% ao ano para emprestar ao governo nos títulos “pré-fixados”, e no dia 11/1 exigiram taxas de juros de 6% mais a inflação (o que soma cerca de 12% ao ano) nos títulos vinculados a índices de preço. Portanto, na prática, os rentistas já estão ganhando – às custas do povo - taxas de juros muito maiores que a Selic, que já são as maiores do mundo." (http://www.divida-auditoriacidada.org.br).
Quem estancará essa sangria do povo brasileiro?