Reproduzo artigo de Marcos Urupá, publicado no Observatório do Direito à Comunicação:
O ano de 2011 começa cheio de expectativas. Primeiro, porque é pela primeira vez que temos uma mulher no mais alto posto do País; segundo, porque ao que parece, a comunicação realmente na pauta política do Brasil.
No dia 01 de janeiro de 2011, tomou posse Dilma Rousseff como a primeira mulher eleita presidente do Brasil. No seu discurso, deixou claro que "Reafirmará o seu compromisso inegociável com a garantia plena das liberdades individuais; da liberdade de culto e de religião; da liberdade de imprensa e de opinião".
No mesmo dia, o governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, em seu discurso disse que queria a imprensa acompanhando seu governo de perto, deixando claro que sempre que a imprensa gaúcha tiver promova, as denúncias mais duras a respeito do seu governador, do seu vice-governador e dos seus secretários. E complementou: “Porque é desta informação colocada na esfera pública que surge a transparência, que surge a possibilidade da informação como resposta, que surge a democracia regulada pelo sentimento cívico da transparência e da verdade. Vocês, integrantes da imprensa, terão no nosso governo um apoio especialíssimo para que vocês realizem o trabalho de vocês com dignidade, com sobriedade e com respeito ao povo gaúcho".
No Pará, o governo eleito Simão Jatene, deixou para nomear o seu Secretário de Comunicação, assim como a presidente da Funtelpa – Fundação mantenedora dos veículos públicos do Estado – nos últimos minutos antes de tomar posse. Segundo o governador em entrevistas, a comunicação era um setor estratégico, e por isso a demora na indicação do titular da secretária.
O que todas essas circunstâncias e opiniões tem em comum? A mesma leitura: a de que a comunicação terá um tratamento especial. De que a comunicação, ao longo do tempo, tem sido vista como uma área que merece ser rediscutida, e acima de tudo, repensada. Durante muito tempo, isso sempre foi uma leitura, e bandeira de luta, da sociedade civil.
Não está se afirmando que estes governos, com estas declarações, farão a revolução na área da comunicação. Mas apenas apontando que a comunicação está na ponta da língua de quem está a frente da elaboração e execução das políticas públicas no Brasil.
Após um ano da realização da Conferência de Comunicação, que diga-se de passagem, saiu porque a sociedade civil arregaçou as mangas e forçou os Estados a realizarem sua etapa nacional, várias são as propostas que esperam por implementação. Até o final do ano passado, a Secom, quando tinha a frente o jornalista Franklin Martins, estava fazendo uma consolidação das propostas para que o próximo governo as implementassem. Ao mesmo tempo, temos uma opinião do próprio ex-ministro Franklin Martins, que diz que o Minicom precisa ser refundado e que reconhece que o Governo Lula nessa área, deixou a desejar.
Por tudo isso, o ano de 2011 promete muito para a Comunicação. A sociedade civil está pronta para o que der e vier e se for preciso, arregaçará as mangas, mais uma vez.
* Marcos Urupá é jornalista e advogado. Foi diretor da TV Cultura do Pará e é integrante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social
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Prezado Miro, uma das questoes para debater este ano passa pela classificacao indicativa. Por favor, divulgue:
ResponderExcluirMJ Prorroga Debate Público sobre Classificação Indicativa até o dia 28 de janeiro de 2011. http://culturadigital.br/classind/blog#2244