Reproduzo artigo de José Dirceu, publicado em seu blog:
Dois posts que publiquei aqui ontem sobre a crise na Líbia mereceram um comentário ácido do Josias de Souza em seu blog e uma chamada na 1ª página de O Globo hoje, além de matéria publicada com o material internacional do jornal.
Na matéria com o título "Dirceu: manobra dos EUA para a invasão", O Globo republica fielmente o que escrevi, embora abra seu texto com a afirmação de que eu estou alheio às discussões sobre o caráter humanitário da crise na Líbia. Não estou, tanto que naquilo que publiquei ontem e hoje, já no abre, eu cobro providências quanto a isto e destaco ser grave a situação dos direitos humanos e da repressão desencadeada na Líbia.
O Josias conduz seu comentário na linha de que eu não deveria me manifestar e que vejo fantasmas ao denunciar a manipulação armada pelos EUA na mídia internacional para justificar a intervenção na Líbia. O blogueiro e o jornal é que estão sendo mais realistas do que o rei, porque já há veículos de comunicação internacional também reconhecendo isto.
Criticam-me por ser contra o jogo duplo dos EUA
A análise do Josias é daquelas que só aceitam dois lados, sem nuances e mediações - um lado é o bem, o outro é o mal e não há aí meio termo. Só se pode discutir dentro dessa camisa de força, acredita ele, numa análise bem ao gosto dos interesses dos EUA neste caso da Líbia.
Vejam, tanto Tio Sam se considera o bem e o certo que, de novo, sem aguardar as decisões da ONU, adotou medidas unilaterais contra a Líbia, mas nunca contra o Egito, Bahrein, Iêmen, Marrocos, a Jordânia e a Arábia Saudita. Por que será? Coincidência, mas de todos, só a Líbia é governada por um adversário dos norte-americanos, o ditador Muamar Khaddafi...
O Josias de Souza e O Globo precisam entender que criticar os EUA e sua postura, o jogo duplo de dois pesos e duas medidas de sua diplomacia não é apoiar Khaddafi. É analisar o que está acontecendo. Não é, também, desconsiderar ou estar contra a rebelião popular que, aliás, ninguém sabe ao certo a quantas anda, quem dirige e como acabará.
Dois posts que publiquei aqui ontem sobre a crise na Líbia mereceram um comentário ácido do Josias de Souza em seu blog e uma chamada na 1ª página de O Globo hoje, além de matéria publicada com o material internacional do jornal.
Na matéria com o título "Dirceu: manobra dos EUA para a invasão", O Globo republica fielmente o que escrevi, embora abra seu texto com a afirmação de que eu estou alheio às discussões sobre o caráter humanitário da crise na Líbia. Não estou, tanto que naquilo que publiquei ontem e hoje, já no abre, eu cobro providências quanto a isto e destaco ser grave a situação dos direitos humanos e da repressão desencadeada na Líbia.
O Josias conduz seu comentário na linha de que eu não deveria me manifestar e que vejo fantasmas ao denunciar a manipulação armada pelos EUA na mídia internacional para justificar a intervenção na Líbia. O blogueiro e o jornal é que estão sendo mais realistas do que o rei, porque já há veículos de comunicação internacional também reconhecendo isto.
Criticam-me por ser contra o jogo duplo dos EUA
A análise do Josias é daquelas que só aceitam dois lados, sem nuances e mediações - um lado é o bem, o outro é o mal e não há aí meio termo. Só se pode discutir dentro dessa camisa de força, acredita ele, numa análise bem ao gosto dos interesses dos EUA neste caso da Líbia.
Vejam, tanto Tio Sam se considera o bem e o certo que, de novo, sem aguardar as decisões da ONU, adotou medidas unilaterais contra a Líbia, mas nunca contra o Egito, Bahrein, Iêmen, Marrocos, a Jordânia e a Arábia Saudita. Por que será? Coincidência, mas de todos, só a Líbia é governada por um adversário dos norte-americanos, o ditador Muamar Khaddafi...
O Josias de Souza e O Globo precisam entender que criticar os EUA e sua postura, o jogo duplo de dois pesos e duas medidas de sua diplomacia não é apoiar Khaddafi. É analisar o que está acontecendo. Não é, também, desconsiderar ou estar contra a rebelião popular que, aliás, ninguém sabe ao certo a quantas anda, quem dirige e como acabará.
muito bem, Miro! apoiado!
ResponderExcluirO Zé Dirceu está vendo fantasmas, não é ato ilegal ou imoral tomar medidas unilaterais no campo da diplomacia, esperar a lenta e burocratica ONU pra tomar alguma medida não é o melhor dos mundos, gostaria que o Brasil congelasse as relações com Libia enquanto o facinora estiver no poder. Sugerir que a Al Jazeera que está fazendo a melhor cobertura das revoltas no Norte da Africa, está fazendo o jogo dos EUA, soa tão bizarro como as infelizes declarações de Kadafi e seu filho.
ResponderExcluirHá muito tempo Kadafi foi reabilitado pelo Ocidente, é um obediente implementador dos programas do FMI e Banco Mundial, há um artigo na Carta Maior que esclarece bem o tema, deixo o link.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17462
Kadafi é só mais um ditador que oprime e infelicita seu povo, como todos desse naipe merece estar na lata de lixo da história.
Bem, é um pensamento um pouco tendencioso. Mas não tiro a sua razão.
ResponderExcluirzé dirceu esta certo
ResponderExcluirJD, está certo. Os EUA estão armando o circo para fazer a boa e velha " transição democrática".
ResponderExcluirsó os libios para entenderem o governo kadhafi, que se apossando do poder o tribalismo independente continuou, e isso fragiliza a unidade do país.
ResponderExcluirpelo que eu li na internet, os membros do governo, incluindo membros da família kadhafi ambicionam derrubálo.
enquanto isso, os eua tem claro interesse na líbia, aliás que país não teria?
dessa forma, vai ser mais um genocídio - e se aproveitará do que sobrar das riquezas da líbia -, que os eua liderará porque também não há limite na sua necessidade por dinheiro e poder