Reproduzo matéria de Virginia Toledo, publicada na Rede Brasil Atual:
Governo e centrais sindicais não chegaram a um acordo na reunião desta sexta-feira (4), na capital paulista, sobre o valor do salário mínimo. A única decisão foi a formação de um grupo de trabalho que será criado para discutir o aumento para os aposentados e a correção da tabela do Imposto de Renda. Os sindicalistas classificaram o encontro como "frustrante".
O governo manteve a proposta de levar o mínimo a R$ 545. Os ministros disseram que o governo não vai voltar atrás nessa posição. Por outro lado, afirmaram na mesa de negociação que a tabela do Imposto de Renda será corrigida, mas não apresentaram percentual. A cada ano, nos últimos quatro, o governo vinha corrigindo em 4,5% a tabela, após acordo entre as centrais e o governo, mas a regra valia até 2010.
"Esperávamos um reajuste dos aposentados com a valorização permanente do salário mínimo. Acho um aburso o veto do aumento", criticou Artur Henrique, presidente nacional da CUT, após a reunião. Para ele, o governo apresentou "argumentos totalmente fora da realidade" para barrar o aumento acima dos R$ 545 oferecidos.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o reajuste deste ano segue o acordado entre as centrais e o governo: reajuste da inflação mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Em 2011, isso representaria R$ 540, mas o governo aceitou elevar o piso nacional para R$ 545 para garantir pelo menos a reposição da inflação em 2010.
"Isso foi um acordo firmado em 2007 e nós estamos seguindo. O que as centrais propõem fere o acordo, pois sabem das dificuldades orçamentárias deste ano. Isso prejudicaria os ajustes de despesa", declarou Mantega.
O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, declarou que pretende continuar com as reuniões. "Vamos continuar com o diálogo com as centrais, para garantir sempre a defesa os interesses dos trabalhadores", disse. Centrais e o governo devem se reunir novamente na semana que vem.
Além da CUT, participaram da reunião representantes da Força Sindical, da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).
Pelo governo federal, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. A reunião ocorreu no escritório da Presidência da República em São Paulo. Dezenas de sindicalistas fizeram uma manifestação na entrada do prédio, na Avenida Paulista, por um salário mínimo maior.
No Congresso
Após a reunião sem acordo, as centrais irão mobilizar-se no Congresso Nacional. Deputados do PDT ligados a Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical, devem apresentar emendas à medida provisória que reajusta o mínimo propondo valores alternativos – de R$ 560 a R$ 580 –, além de reajustes para os aposentados de 7,8% a 10%.
"Foi essa política que não deu certo com o Fernando Henrique Cardoso e está ao contrário de que o governo Lula iniciou", afirmou Paulinho. Na última quarta-feira (2), a presidente Dilma Rousseff defendeu no Congresso Nacional regras claras e fixas para o reajuste do mínimo.
Governo e centrais sindicais não chegaram a um acordo na reunião desta sexta-feira (4), na capital paulista, sobre o valor do salário mínimo. A única decisão foi a formação de um grupo de trabalho que será criado para discutir o aumento para os aposentados e a correção da tabela do Imposto de Renda. Os sindicalistas classificaram o encontro como "frustrante".
O governo manteve a proposta de levar o mínimo a R$ 545. Os ministros disseram que o governo não vai voltar atrás nessa posição. Por outro lado, afirmaram na mesa de negociação que a tabela do Imposto de Renda será corrigida, mas não apresentaram percentual. A cada ano, nos últimos quatro, o governo vinha corrigindo em 4,5% a tabela, após acordo entre as centrais e o governo, mas a regra valia até 2010.
"Esperávamos um reajuste dos aposentados com a valorização permanente do salário mínimo. Acho um aburso o veto do aumento", criticou Artur Henrique, presidente nacional da CUT, após a reunião. Para ele, o governo apresentou "argumentos totalmente fora da realidade" para barrar o aumento acima dos R$ 545 oferecidos.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o reajuste deste ano segue o acordado entre as centrais e o governo: reajuste da inflação mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Em 2011, isso representaria R$ 540, mas o governo aceitou elevar o piso nacional para R$ 545 para garantir pelo menos a reposição da inflação em 2010.
"Isso foi um acordo firmado em 2007 e nós estamos seguindo. O que as centrais propõem fere o acordo, pois sabem das dificuldades orçamentárias deste ano. Isso prejudicaria os ajustes de despesa", declarou Mantega.
O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, declarou que pretende continuar com as reuniões. "Vamos continuar com o diálogo com as centrais, para garantir sempre a defesa os interesses dos trabalhadores", disse. Centrais e o governo devem se reunir novamente na semana que vem.
Além da CUT, participaram da reunião representantes da Força Sindical, da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).
Pelo governo federal, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. A reunião ocorreu no escritório da Presidência da República em São Paulo. Dezenas de sindicalistas fizeram uma manifestação na entrada do prédio, na Avenida Paulista, por um salário mínimo maior.
No Congresso
Após a reunião sem acordo, as centrais irão mobilizar-se no Congresso Nacional. Deputados do PDT ligados a Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical, devem apresentar emendas à medida provisória que reajusta o mínimo propondo valores alternativos – de R$ 560 a R$ 580 –, além de reajustes para os aposentados de 7,8% a 10%.
"Foi essa política que não deu certo com o Fernando Henrique Cardoso e está ao contrário de que o governo Lula iniciou", afirmou Paulinho. Na última quarta-feira (2), a presidente Dilma Rousseff defendeu no Congresso Nacional regras claras e fixas para o reajuste do mínimo.
Também acho que a Dilma está errada nesta questão, ela foi eleita para avançar sobre os feitos do Lula. Acho que devia chegar aos 600 reais e sinalizar com aumentos maiores nos próximos anos. Além de melhorar a vida de trabalhadores e aposentados, seria mais uma injeção de otimismo em nossa economia. Dá-lhe Dilma.
ResponderExcluirÉ CLARO que todos querem um s.m. decente, digno, capaz de suprir as necessidades básicas de uma família. AGORA querer é uma coisa, ser fiscalmente irresponsável é outra.
ResponderExcluirO MÍNIMO está assim - e era para estar bem menor, bastava alguns iluminados equipará-lo a US $ 100.00 - desde décadas.