Por Altamiro Borges
A história de Gilberto Kassab não inspira muita confiança. Ele se projetou na política graças a uma manobra do tucano José Serra, que traiu o candidato do seu partido (Alckmin) e bancou o desconhecido demo à prefeitura da capital paulista. O demo sempre foi grato ao tucano. Numa entrevista, ele chegou a dizer que “durmo de paletó” para atender ao chefe – um notório notívago.
A sua gestão como prefeito tem marcas bem conservadoras, seja no trato dos moradores de rua, com seu perverso “higienismo”, seja na relação truculenta com os movimentos sociais – que o digam os estudantes que há várias semanas protestam contra o aumento das tarifas de ônibus. Como referência nacional do DEM, ele também sempre defendeu seus dogmas neoliberais.
Mexida drástica no tabuleiro político
Mas a vida política é complexa e dá vários ziguezagues – que confundem muita gente. Desde o ano passado, o prefeito paulista manifesta desconforto em pertencer à oposição ao governo federal. Ele sentiu que o seu espaço político se reduzia neste campo e deu vários sinais. Lula, que não é bobo e já escanteou até um “intelectual da Sorbonne”, percebeu e procurou construir pontes.
Agora, passada a eleição, o prefeito da mais importante capital do país ganha os holofotes ao promover uma drástica mexida de peças no tabuleiro político. Após namorar o PMDB e o PSB e temendo os estragos da fidelidade partidária, ele parece que decidiu montar seu próprio time – o Partido da Democracia Brasileira (PDB). Segundo a mídia, a legenda já deve nascer com pelo menos 20 parlamentares.
Demos caminham para o inferno
O PDB teria o perfil de uma típica organização de centro-direita, mas que procura se descolar da oposição demotucana. Entre outras adesões, já é dado como certo o ingresso do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, e até da senadora ruralista Kátia Abreu – ambos do DEM. Os demos serão as maiores vítimas da criação do novo partido, devendo perder uns dez deputados. Especula-se que o partido não agüentará o baque e que os demos caminhariam celeremente para o inferno.
O PPS, do traíra Roberto Freire, é outro que será duramente golpeado. Deve perder quatro dos 12 deputados federais eleitos no ano passado e também ruma para a trágica extinção. A nova legenda, já apelidada maldosamente de “partido da boquinha”, deve incorporar ainda dissidentes de outras organizações – inclusive do PSDB –, tornando-se a quarta maior força do Congresso Nacional.
Hegemonia tucana corre risco em São Paulo
Não dá para prever ainda como será a ação política deste novo partido-ônibus. Mas já é certo que ele representa um duro golpe na oposição demotucana. A mídia inclusive lamenta o desfecho da grave crise da direita nativa. A Folha já desqualificou o partido “idealizado por Kassab como um atalho para adesão ao governo Dilma”. Seus colunistas já incorporaram o apelido de “partido da boquinha”, nascido no Palácio dos Bandeirantes – segundo noticiou o próprio jornal.
Um dos maiores temores dos demotucanos e de seus aliados da mídia é que esta drástica mexida no tabuleiro político interfira nos rumos de São Paulo, colocando em perigo a prolongada e trágica hegemonia do PSDB no mais importante estado da federação. Como se observa, é difícil elogiar o partido “idealizado por Kassab”, mas é divertido comemorar as dificuldades da oposição de direita. Ela cada vez mais se iguala aos 4% dos pesquisados que rejeitavam o governo Lula – sempre com amparo da mídia.
A história de Gilberto Kassab não inspira muita confiança. Ele se projetou na política graças a uma manobra do tucano José Serra, que traiu o candidato do seu partido (Alckmin) e bancou o desconhecido demo à prefeitura da capital paulista. O demo sempre foi grato ao tucano. Numa entrevista, ele chegou a dizer que “durmo de paletó” para atender ao chefe – um notório notívago.
A sua gestão como prefeito tem marcas bem conservadoras, seja no trato dos moradores de rua, com seu perverso “higienismo”, seja na relação truculenta com os movimentos sociais – que o digam os estudantes que há várias semanas protestam contra o aumento das tarifas de ônibus. Como referência nacional do DEM, ele também sempre defendeu seus dogmas neoliberais.
Mexida drástica no tabuleiro político
Mas a vida política é complexa e dá vários ziguezagues – que confundem muita gente. Desde o ano passado, o prefeito paulista manifesta desconforto em pertencer à oposição ao governo federal. Ele sentiu que o seu espaço político se reduzia neste campo e deu vários sinais. Lula, que não é bobo e já escanteou até um “intelectual da Sorbonne”, percebeu e procurou construir pontes.
Agora, passada a eleição, o prefeito da mais importante capital do país ganha os holofotes ao promover uma drástica mexida de peças no tabuleiro político. Após namorar o PMDB e o PSB e temendo os estragos da fidelidade partidária, ele parece que decidiu montar seu próprio time – o Partido da Democracia Brasileira (PDB). Segundo a mídia, a legenda já deve nascer com pelo menos 20 parlamentares.
Demos caminham para o inferno
O PDB teria o perfil de uma típica organização de centro-direita, mas que procura se descolar da oposição demotucana. Entre outras adesões, já é dado como certo o ingresso do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, e até da senadora ruralista Kátia Abreu – ambos do DEM. Os demos serão as maiores vítimas da criação do novo partido, devendo perder uns dez deputados. Especula-se que o partido não agüentará o baque e que os demos caminhariam celeremente para o inferno.
O PPS, do traíra Roberto Freire, é outro que será duramente golpeado. Deve perder quatro dos 12 deputados federais eleitos no ano passado e também ruma para a trágica extinção. A nova legenda, já apelidada maldosamente de “partido da boquinha”, deve incorporar ainda dissidentes de outras organizações – inclusive do PSDB –, tornando-se a quarta maior força do Congresso Nacional.
Hegemonia tucana corre risco em São Paulo
Não dá para prever ainda como será a ação política deste novo partido-ônibus. Mas já é certo que ele representa um duro golpe na oposição demotucana. A mídia inclusive lamenta o desfecho da grave crise da direita nativa. A Folha já desqualificou o partido “idealizado por Kassab como um atalho para adesão ao governo Dilma”. Seus colunistas já incorporaram o apelido de “partido da boquinha”, nascido no Palácio dos Bandeirantes – segundo noticiou o próprio jornal.
Um dos maiores temores dos demotucanos e de seus aliados da mídia é que esta drástica mexida no tabuleiro político interfira nos rumos de São Paulo, colocando em perigo a prolongada e trágica hegemonia do PSDB no mais importante estado da federação. Como se observa, é difícil elogiar o partido “idealizado por Kassab”, mas é divertido comemorar as dificuldades da oposição de direita. Ela cada vez mais se iguala aos 4% dos pesquisados que rejeitavam o governo Lula – sempre com amparo da mídia.
pode até correr o risco, mas o pt que alinhou ao projeto Dilma rumo ao centro talvez não seje a força maior nas próximas eleições
ResponderExcluirPrecisamos comentar a péssima administração do Kassab,com aumento de Iptu de 45% aqui em São Paulo.
ResponderExcluirA Kátia Abreu agora é democrata e eu sou Papai Noel.
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