Por Altamiro Borges
Uma notícia deve ter apavorado os donos dos jornalões tradicionais. A receita com publicidade na internet cresceu 14% nos EUA e, pela primeira vez na história, ultrapassou a dos jornais impressos. O investimento na rede foi de US$ 25,8 bilhões, dois bilhões a mais do que na mídia impressa. Os números constam do relatório "State of the News Media" 2011, do PewResearch Center.
A Folha de hoje ainda tenta relativizar o impacto da notícia, insinuando que o problema é localizado. “O relatório mostra que a situação dos jornais nos Estados Unidos é pior do que no resto do mundo, tanto em termos de audiência quanto de receita. No mundo como um todo, as receitas estão em alta, puxadas pelos países em desenvolvimento, em especial a Índia. No Brasil, a circulação dos jornais cresceu 1,5% em 2010, e a receita com publicidade, 3,4% (para R$ 3,24 bilhões)”.
Tendência irreversível de queda
O argumento, no entanto, é falacioso. A Folha, que recentemente perdeu o posto de maior jornal em circulação no Brasil, ainda tenta lamber suas feridas. Ela não diz, por exemplo, que são os jornais populares e gratuitos que crescem no país – a tiragem dos jornalões continua em queda. Nos anos 1980, a Folha chegou a imprimir um milhão de exemplares – hoje não passa de 300 mil.
A ampliação do acesso à internet e o acirramento da competitividade no setor, com a proliferação de veículos gratuitos, têm sido fatal para os jornalões tradicionais. Eles continuam com influência na sociedade, pautando as emissoras de televisão e rádio e a própria política. Mas sua queda parece irreversível. Os EUA, tão adorados pela mídia colonizada, já sinalizam neste rumo.
Uma notícia deve ter apavorado os donos dos jornalões tradicionais. A receita com publicidade na internet cresceu 14% nos EUA e, pela primeira vez na história, ultrapassou a dos jornais impressos. O investimento na rede foi de US$ 25,8 bilhões, dois bilhões a mais do que na mídia impressa. Os números constam do relatório "State of the News Media" 2011, do PewResearch Center.
A Folha de hoje ainda tenta relativizar o impacto da notícia, insinuando que o problema é localizado. “O relatório mostra que a situação dos jornais nos Estados Unidos é pior do que no resto do mundo, tanto em termos de audiência quanto de receita. No mundo como um todo, as receitas estão em alta, puxadas pelos países em desenvolvimento, em especial a Índia. No Brasil, a circulação dos jornais cresceu 1,5% em 2010, e a receita com publicidade, 3,4% (para R$ 3,24 bilhões)”.
Tendência irreversível de queda
O argumento, no entanto, é falacioso. A Folha, que recentemente perdeu o posto de maior jornal em circulação no Brasil, ainda tenta lamber suas feridas. Ela não diz, por exemplo, que são os jornais populares e gratuitos que crescem no país – a tiragem dos jornalões continua em queda. Nos anos 1980, a Folha chegou a imprimir um milhão de exemplares – hoje não passa de 300 mil.
A ampliação do acesso à internet e o acirramento da competitividade no setor, com a proliferação de veículos gratuitos, têm sido fatal para os jornalões tradicionais. Eles continuam com influência na sociedade, pautando as emissoras de televisão e rádio e a própria política. Mas sua queda parece irreversível. Os EUA, tão adorados pela mídia colonizada, já sinalizam neste rumo.
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