Reproduzo artigo de Paulo Henrique Amorim, publicado no blog Conversa Afiada:
Saiu no Globo, na página 23:
“Agnelli: perfil versátil e reconhecimento global”.
“Após 10 anos na Vale, ex-presidente deve cumprir quarentena e passa a ser opção a empresas de variados setores”.
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Trata-se da publicação do curriculum vitae do Roger, aquele que a Presidenta demitiu há um mês e que se tornou um dogma da Teologia neoliberal.
A reportagem de dois repórteres do Globo faz de Agnelli virtual presidente da Organizações (?) Globo.
Versátil, reconhecimento “global”, experiência com política, salário de R$ 15 milhões anuais, experiência em banco de varejo, pode trabalhar em concessionária de energia, transporte e telecomunicações (epa! epa!).
Está tudo claro!
Agnelli vai comandar a Globo.
Seria inconcebível uma empresa de telecomunicações publicar um perfil tão glorioso e não contratar o referido executivo.
Seria um desperdício!
(Porque não se pode imaginar que o Globo se preste ao papel de procurar emprego para o Roger).
Os filhos do Roberto Marinho já tiveram o dissabor quando contrataram um executivo versátil e de reconhecimento global, idolatrado pelo PiG e pelo governo tucano.
Trata-se do Executivo Versátil e Global que realizou a metamorfose da Petrobras em Petrobrax.
Foi um desastre ferroviário, diria o Mino Carta.
O perigo é o Roger assumir a presidência absoluta das Organizaçõs (?) Globo e criar dois problemas.
Primeiro, ele gosta de jatinho da Bombardier.
E na empresa dos filhos do Roberto Marinho não se recomenda ter jatinho melhor do que os dos filhos do Roberto Marinho.
Segundo, o Roger, segundo a revista Economist, tem a mania de vender um produto só.
Quando assumisse a presidência da Globo, seria capaz de fechar o jornal nacional e fazer a novela das 6, das 7, das 8, das 9 e das 10.
Seria o mesmo raciocínio que aplicou à Vale, quando se concentrou em vender minério de ferro e pouco mais.
Como novela é o que dá mais dinheiro, ele se concentraria em novela.
Aí, surge um problema:
Como lustrar o ego Versátil e Global, sem o jornal nacional?
Muito simples.
A urubóloga entrevistá-lo às 2ªs, 4ªs e 6ªs no Bom (?) Dia Brasil e, uma vez por semana, ele aparecer na Ana Maria Braga para fazer omelete ou ensinar como dar nó em gravatas francesas.
O cara é bom pra caramba, basta ver o que era a Vale antes e depois de sua gestão.
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