Reproduzo duas matérias de Jacson Segundo, publicadas no boletim da Federação Nacional dos Radialistas (Fitert):
A mobilização dos radialistas e jornalistas da TV Sergipe – afiliada à Rede Globo no Estado – rendeu mais uma boa notícia aos funcionários da empresa. Na sexta-feira (15) foi anunciada a demissão do superintendente da TV, Paulo Roberto Siqueira. A saída do diretor era uma das principais reivindicações dos trabalhadores, que em 4 de abril realizaram uma manifestação que obrigou a direção do canal 4 a trocar sua programação.
O diretor foi indicado pela direção nacional da Rede Globo e estava trabalhando na empresa há 11 meses. Sua gestão foi marcada por corte de direitos aos trabalhadores, demissões e falta de respeito com os sindicatos. Para o presidente do Sindicato dos Radialistas de Sergipe, Fernando Cabral, foi uma grande conquista conseguir a demissão de um funcionário indicado pela Rede Globo. “Foi uma vitória total dos trabalhadores. Que não venha outro carrasco”, pede Cabral.
Além da demissão do diretor, os trabalhadores da TV já haviam conseguido outras conquistas, frutos de sua mobilização. Em duas reuniões entre representantes da empresa e dos sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas – a primeira, na segunda (11), com Albano Franco, um dos acionistas da TV Sergipe; a outra, na terça-feira (12), realizada na Superintendência Regional do Trabalho, com prepostos da emissora –, chegou-se a um termo de compromisso que estabelece o retorno do pagamento correto das diárias e das gratificações; retorno do turno de 6 horas para os motoristas das equipes de reportagem; fim do banco de horas e retorno do pagamento das horas-extras; volta da fixação da escala de trabalho com 30 dias de antecedência; volta do transporte do centro para a TV e do pagamento em quinzenas; e respeito à liberdade sindical.
Também ficou acertado que não haverá perseguição, represália ou demissão aos funcionários que participaram do movimento de paralisação.
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Trabalhadores da TV Sergipe fazem paralisação e tiram programa do ar
Em protesto à maneira como vem sendo dirigida a TV Sergipe – afiliada da Globo no Estado – os funcionários da emissora fizeram uma paralisação nesta segunda-feira (4) exigindo melhorias nas condições de trabalho e a saída do diretor da TV, Paulo Siqueira. Por conta do movimento dos trabalhadores, o programa matinal Bom Dia Sergipe não foi ao ar e, em seu lugar, a empresa acabou transmitindo o Bom Dia Pernambuco.
A paralisação, que começou por volta das 8h, só terminou após uma reunião de sindicalistas com alguns sócios da empresa. A suspensão da atividade não significa, porém, que o movimento acabou. O presidente do Sindicato dos Radialistas de Sergipe, Fernando Cabral, afirma que a mobilização está grande e novos protestos podem acontecer.
Os sócios da empresa têm até a próxima quarta-feira (13) para dar uma resposta às reivindicações dos trabalhadores. “Não queremos mais o Paulo Siqueira. Queremos que se respeite a Convenção Coletiva, como o pagamento de banco de horas, e também respeito aos dirigentes sindicais”, diz Fernando Cabral, que considerou a paralisação um marco na luta pela libertação dos trabalhadores do Estado.
A emissora é ligada ao ex-governador e ex-deputado federal Albano Franco, do PSDB. Um de seus filhos e sócio da empresa, Ricardo Franco, fez críticas ao presidente da TV, Paulo Siqueira. Em reunião com os sindicalistas ele afirmou que Paulo teria gasto R$ 120 mil na reforma de sua própria sala, quando o custo previsto era de R$ 20 mil.
Ao mesmo tempo em que o presidente da TV tem esse tipo de gasto elevado em seu próprio benefício, os trabalhadores da empresa tiveram gratificações cortadas. A equipe de jornalismo também teve suas diárias para viagens suspensas. Além disso, os funcionários reclamam de assédio moral constante na emissora. Com um discurso de enxugamento da empresa, Paulo Siqueira já demitiu 42 funcionários (incluindo dirigentes sindicais) em sua gestão, que tem menos de um ano.
A decisão pelo protesto desta segunda foi tomada em assembleia dos trabalhadores realizada na sexta-feira (1°). Além do Sindicato dos Radialistas e dos Jornalistas, também apoiaram o movimento entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Sindicato dos Gráficos.
Histórico
Um dos demitidos de Paulo Siqueira, em 2010, foi o dirigente sindical e radialista Jorge Eduardo Lima Araújo. A arbitrariedade da demissão foi reconhecida pela 1ª Vara de Justiça de Sergipe, que ordenou a reintegração do funcionário ao quadro da empresa, o que acontece em 15 de março deste ano.
O atual diretor da TV Sergipe já causou problemas no Piauí, onde foi administrador da TV Rádio Clube de Teresina S/A e promoveu mais de 60 demissões, segundo o Sindicato dos Radialistas do Piauí. “Em dois momentos reunidos com a direção e a assessoria jurídica da nossa entidade sindical, ele (Paulo Siqueira) se mostrou arrogante, prepotente e debochado, rindo e zombando do povo hospitaleiro e ordeiro do Piauí”, relatam, em nota, os coordenadores do sindicato do Piauí Val Morais e J. Filho.
A mobilização dos radialistas e jornalistas da TV Sergipe – afiliada à Rede Globo no Estado – rendeu mais uma boa notícia aos funcionários da empresa. Na sexta-feira (15) foi anunciada a demissão do superintendente da TV, Paulo Roberto Siqueira. A saída do diretor era uma das principais reivindicações dos trabalhadores, que em 4 de abril realizaram uma manifestação que obrigou a direção do canal 4 a trocar sua programação.
O diretor foi indicado pela direção nacional da Rede Globo e estava trabalhando na empresa há 11 meses. Sua gestão foi marcada por corte de direitos aos trabalhadores, demissões e falta de respeito com os sindicatos. Para o presidente do Sindicato dos Radialistas de Sergipe, Fernando Cabral, foi uma grande conquista conseguir a demissão de um funcionário indicado pela Rede Globo. “Foi uma vitória total dos trabalhadores. Que não venha outro carrasco”, pede Cabral.
Além da demissão do diretor, os trabalhadores da TV já haviam conseguido outras conquistas, frutos de sua mobilização. Em duas reuniões entre representantes da empresa e dos sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas – a primeira, na segunda (11), com Albano Franco, um dos acionistas da TV Sergipe; a outra, na terça-feira (12), realizada na Superintendência Regional do Trabalho, com prepostos da emissora –, chegou-se a um termo de compromisso que estabelece o retorno do pagamento correto das diárias e das gratificações; retorno do turno de 6 horas para os motoristas das equipes de reportagem; fim do banco de horas e retorno do pagamento das horas-extras; volta da fixação da escala de trabalho com 30 dias de antecedência; volta do transporte do centro para a TV e do pagamento em quinzenas; e respeito à liberdade sindical.
Também ficou acertado que não haverá perseguição, represália ou demissão aos funcionários que participaram do movimento de paralisação.
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Trabalhadores da TV Sergipe fazem paralisação e tiram programa do ar
Em protesto à maneira como vem sendo dirigida a TV Sergipe – afiliada da Globo no Estado – os funcionários da emissora fizeram uma paralisação nesta segunda-feira (4) exigindo melhorias nas condições de trabalho e a saída do diretor da TV, Paulo Siqueira. Por conta do movimento dos trabalhadores, o programa matinal Bom Dia Sergipe não foi ao ar e, em seu lugar, a empresa acabou transmitindo o Bom Dia Pernambuco.
A paralisação, que começou por volta das 8h, só terminou após uma reunião de sindicalistas com alguns sócios da empresa. A suspensão da atividade não significa, porém, que o movimento acabou. O presidente do Sindicato dos Radialistas de Sergipe, Fernando Cabral, afirma que a mobilização está grande e novos protestos podem acontecer.
Os sócios da empresa têm até a próxima quarta-feira (13) para dar uma resposta às reivindicações dos trabalhadores. “Não queremos mais o Paulo Siqueira. Queremos que se respeite a Convenção Coletiva, como o pagamento de banco de horas, e também respeito aos dirigentes sindicais”, diz Fernando Cabral, que considerou a paralisação um marco na luta pela libertação dos trabalhadores do Estado.
A emissora é ligada ao ex-governador e ex-deputado federal Albano Franco, do PSDB. Um de seus filhos e sócio da empresa, Ricardo Franco, fez críticas ao presidente da TV, Paulo Siqueira. Em reunião com os sindicalistas ele afirmou que Paulo teria gasto R$ 120 mil na reforma de sua própria sala, quando o custo previsto era de R$ 20 mil.
Ao mesmo tempo em que o presidente da TV tem esse tipo de gasto elevado em seu próprio benefício, os trabalhadores da empresa tiveram gratificações cortadas. A equipe de jornalismo também teve suas diárias para viagens suspensas. Além disso, os funcionários reclamam de assédio moral constante na emissora. Com um discurso de enxugamento da empresa, Paulo Siqueira já demitiu 42 funcionários (incluindo dirigentes sindicais) em sua gestão, que tem menos de um ano.
A decisão pelo protesto desta segunda foi tomada em assembleia dos trabalhadores realizada na sexta-feira (1°). Além do Sindicato dos Radialistas e dos Jornalistas, também apoiaram o movimento entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Sindicato dos Gráficos.
Histórico
Um dos demitidos de Paulo Siqueira, em 2010, foi o dirigente sindical e radialista Jorge Eduardo Lima Araújo. A arbitrariedade da demissão foi reconhecida pela 1ª Vara de Justiça de Sergipe, que ordenou a reintegração do funcionário ao quadro da empresa, o que acontece em 15 de março deste ano.
O atual diretor da TV Sergipe já causou problemas no Piauí, onde foi administrador da TV Rádio Clube de Teresina S/A e promoveu mais de 60 demissões, segundo o Sindicato dos Radialistas do Piauí. “Em dois momentos reunidos com a direção e a assessoria jurídica da nossa entidade sindical, ele (Paulo Siqueira) se mostrou arrogante, prepotente e debochado, rindo e zombando do povo hospitaleiro e ordeiro do Piauí”, relatam, em nota, os coordenadores do sindicato do Piauí Val Morais e J. Filho.
Resta,agora, aos funcionários da Globo Rio e de São Paulo fazerem o mesmo: conquistar direitos.
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