quarta-feira, 13 de abril de 2011

Fórum da Igualdade por outra comunicação

Reproduzo matéria enviada por Márcia Carvalho e Amanda Fernandes:

“Sem Liberdade não há Igualdade”, este foi o tema do I Fórum da Igualdade, que aconteceu nos dias 11 e 12 de abril, no auditório Dante Barone, da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. A promoção da CUT e da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) proporcionou o debate sobre o atual papel da comunicação.

O governador Tarso Genro esteve presente na abertura do Fórum e destacou o evento como “uma reação política da sociedade à visão de um caminho único”. Além de destacar a importância do evento como uma forma de combater as desigualdades sociais e regionais.



Também estiveram presentes na abertura do evento o presidente da Assembleia Legislativa, Adão Villaverde, a presidente da câmara municipal de Porto Alegre, Sofia Cavedon e a deputada federal Manuela d’Ávila.

Manuela referiu-se ao I Fórum da Igualdade como a construção de um novo espaço para o avanço na reflexão sobre o estado e sobre o país, para a inserção de todos. “A comunicação é fundamental para a concretização da democracia, assim como a liberdade sempre pressupõe a igualdade.” concluiu.

Renomados defensores da liberdade e da democracia foram os painelista e debatedores deste encontro e ressaltaram que “uma outra comunicação é necessária”.

Venício de Lima Lima, que é jornalista, sociólogo e pós-doutor, fez um apanhado histórico desde a década de 30, quando o governo brasileiro escolheu entregar a exploração do sistema de radiodifusão para a iniciativa privada. "Na mesma época, por exemplo, a Inglaterra fazia a escolha inversa, decidindo que o sistema de radiodifusão deveria ser explorado pelo Estado. A escolha brasileira fez com que o primeiro interesse a ser atendido fosse o da empresa, criando a relação produtor-consumidor", apontou.

O repórter da revista CartaCapital, Leandro Fortes, criticou a forma como assuntos de interesse coletivo são levantados na grande mídia. "A liberdade de imprensa e a liberdade de expressão são tratadas como uma coisa só, para que sejam tratados como nada”, disparou.

Para o doutor em comunicação, Pedrinho Guareschi, a comunicação não pode ser tratada como uma mercadoria que dá lucro. “A comunicação é um instrumento fundamental para que os homens se desenvolvam como seres humanos e onde se dá a democracia”, reflete.

Vito Gianotti, escritor e estudioso da comunicação, disse que sem igualdade não tem democracia.

- O estado é o responsável pela comunicação como direito humano. E se não avançar na democratização da comunicação não haverá democracia, e sem democracia será muito difícil avançar nas lutas sociais, define o jornalista Altamiro Borges, coordenador do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

Um comentário:

  1. Parabéns pela iniciativa dos realizadores do Fórum. A redemocratização da comunicação deveria ser pauta constante nos debates dos movimentos sociais.

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