quinta-feira, 14 de abril de 2011

Internet lenta e cara entrava a indústria

Por Altamiro Borges

Estudo divulgado na semana passada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) confirma que a internet no Brasil é cara, lenta, com cobertura geográfica desigual e com metas de expansão muito tímidas para as necessidades do país. Este quadro negativo, segundo a entidade, tende a ser um forte obstáculo ao crescimento industrial e ao desenvolvimento econômico do país.

No Brasil, a conexão à velocidade de 1 Mbps custa, em média, R$ 70,85 por mês, equivalente a US$ 42,80. Esse serviço custa US$ 9,30 na Alemanha, US$ 12,40 em Taiwan, US$ 28,60 no Canadá, e US$ 40 nos EUA. As disparidades regionais também são gritantes. No Amapá, a banda larga de 1 Mbps custa R$ 429,90, seis vezes a média nacional, devido às dificuldades de conexão.


Uma banda bem estreita

Além de caro, a internet é lenta. O serviço mais simples oferece velocidade de download de 150 Kbps (kilobyte por segundo, um milésimo de Mbps), cerca de cinco vezes menor do que a velocidade mínima considerada como banda larga nos EUA. No Japão, a velocidade mínima é de 12 Mbps, 80 vezes superior à brasileira; na França, de 8 Mbps, 53 vezes maior; na Itália, de 7 Mbps, 45 vezes mais rápida; e no Uruguai, de 3 Mbps, 20 vezes.

Preocupada com os lucros empresarias, a Firjan aponta a urgência da alteração deste quadro. Ela lembra que a internet de 100 Mbps é a ideal para as grandes empresas e que só existe em 13 Estados. Como forma de superar o gargalo, a entidade defende maiores investimentos públicos, mas também propõe o corte de tributos para o serviço.

PNBL: positivo, mas tímido

O estudo já foi encaminhado ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e ao presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg. A Firjan elogia as iniciativas do governo para expandir o serviço, através do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e do Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU). Mas observa que as metas ainda são tímidas.

Pelo plano do governo, até 2014 serão atendidos com serviços de conexão em banda larga 50% dos domicílios brasileiros, todas as micro e pequenas empresas e todos os órgãos públicos. Também deverão estar em operação pelo menos 100 mil telecentros. A Firjan lembra que, para 2014, a Alemanha prevê o atendimento de 75% dos domicílios com acesso à velocidade de 50 Mbps; e a Austrália, 90% dos domicílios com 100 Mbps, por rede de fibra ótica.

5 comentários:

  1. É o absurdo do absurdo.. Aqui em Salvador entre a média Nacional, pelo menos, pra mim aqui em casa não está tão ruim, pois com 2 Mbps estou pagando R$49,90. Isso, depois de muita pressão (ameaça ao cancelamento), antes,pagávamos por 1Mbps esse mesmo valor.
    As operadoras não sabem crescer sem o rombo em nossos bolsos.

    Obrigado!

    João herbert, sou de Quijingue-Ba.

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  2. A diferença entre a banda larga em países desenvolvidos e o Brasil, é absurda, até com outros países em desenvolvimento, também é absurda.

    Dependendo da região onde você mora, você tem sorte, lá em São Paulo, quando vou no final do ano passar as férias com meus pais, a internet é de 10MBits, perfeita, com ping 17 contra o Google, ele paga uns R$149,00 pela internet + tv a cabo, aqui em Cuiabá, só a internet da Oi (só chega Oi na minha região) de 1MB, que falha toda hora, com ping 595 contra o Google (ping, quanto maior, pior), lenta, lenta, lenta, instável, eu pago R$113,00 por mês, sendo que a de 10MBits custa R$595,00 por mês. :\

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  3. Não sabia que a conexão no Norte era tão cara.

    Herança FHC: privatizações sem interesse algum para a população. Muito pelo contrário.

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  4. A privatização é uma beleza, principalmente se for gringa.

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  5. onde moro mesmo, não temos conexão com Banda Larga. ainda bem que aqui podemos conectar com a Inteligweb, que além de boa conexão eles ainda pagam pelo tempo q fico conectada. então ai compensa!

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