Reproduzo matéria de Brizola Neto, publicada no blog Tijolaço:
À medida em que vai se tornando iminente a votação do projeto que institui a Comissão da Verdade, as reações da direita feroz vão se tornar mais agudas, porque sabem que será exposto à nação o conjunto de monstruosidades que se praticou nos porões da ditadura.
Por isso, não é de surpreender que o deputado Jair Bolsonaro - que escapou há pouco, infelizmente, de ser punido pelo flagrante crime de racismo que cometeu contra a apresentadora Preta Gil – hoje “mandou bala” em cima do Ministro Nelson Jobim, que nem é alguém de minha simpatia. Venal, crápula e outras coisinhas mais são os adjetivos que Bolsonaro usou contra Jobim, talvez porque este, finalmente, tenha se vergado à decisão do governo de instalar a comissão.
Bolsonaro contou uma história, atribuindo-a ao índio Marcos Terena, de que ele teria conhecido o presidente durante uma viagem para “buscar dinheiro para o PT” e que, nela, teria sido levado à presença de Khaddafi. Acho meio sem pé nem cabeça, mas que respondam, se de fato Terena disse isso.
Mas chamo a atenção aos termos em que Bolsonaro se dirige a Nelson Jobim. Eu, que o critiquei e critico muitas vezes, sobretudo por sua resistência ao voto impresso como forma de auditar o eletrônico, jamais me referia a ele em termos nem sequer próximos ao que Bolsonaro faz:
“Ministro Jobim, eu não sei com que interesse V.Exa. está apoiando essa Comissão. Se tem um interesse escuso, com toda certeza só pode ser isso. Se és venal, se és um inocente ou se és um crápula. Se encaixe no adjetivo que bem entender. Esse tua Comissão, que V.Exa. apoia, apurará isso daqui, que eu quero que a Comissão também apure a grana recebida por Fidel Castro para financiar luta armada no Brasil. Porque uma Comissão para apurar só o que interessa para vocês, para depois colocar essas mentiras, essas patifarias nos currículos escolares, aí não vale. Então, Ministro Jobim, vê se toma vergonha na cara, Ministro, e fala a verdade sobre quais são seus interesses por debaixo do pano sobre essa Comissão.”
E aí, Senhor Ministro, o senhor vai responder a isso?
À medida em que vai se tornando iminente a votação do projeto que institui a Comissão da Verdade, as reações da direita feroz vão se tornar mais agudas, porque sabem que será exposto à nação o conjunto de monstruosidades que se praticou nos porões da ditadura.
Por isso, não é de surpreender que o deputado Jair Bolsonaro - que escapou há pouco, infelizmente, de ser punido pelo flagrante crime de racismo que cometeu contra a apresentadora Preta Gil – hoje “mandou bala” em cima do Ministro Nelson Jobim, que nem é alguém de minha simpatia. Venal, crápula e outras coisinhas mais são os adjetivos que Bolsonaro usou contra Jobim, talvez porque este, finalmente, tenha se vergado à decisão do governo de instalar a comissão.
Bolsonaro contou uma história, atribuindo-a ao índio Marcos Terena, de que ele teria conhecido o presidente durante uma viagem para “buscar dinheiro para o PT” e que, nela, teria sido levado à presença de Khaddafi. Acho meio sem pé nem cabeça, mas que respondam, se de fato Terena disse isso.
Mas chamo a atenção aos termos em que Bolsonaro se dirige a Nelson Jobim. Eu, que o critiquei e critico muitas vezes, sobretudo por sua resistência ao voto impresso como forma de auditar o eletrônico, jamais me referia a ele em termos nem sequer próximos ao que Bolsonaro faz:
“Ministro Jobim, eu não sei com que interesse V.Exa. está apoiando essa Comissão. Se tem um interesse escuso, com toda certeza só pode ser isso. Se és venal, se és um inocente ou se és um crápula. Se encaixe no adjetivo que bem entender. Esse tua Comissão, que V.Exa. apoia, apurará isso daqui, que eu quero que a Comissão também apure a grana recebida por Fidel Castro para financiar luta armada no Brasil. Porque uma Comissão para apurar só o que interessa para vocês, para depois colocar essas mentiras, essas patifarias nos currículos escolares, aí não vale. Então, Ministro Jobim, vê se toma vergonha na cara, Ministro, e fala a verdade sobre quais são seus interesses por debaixo do pano sobre essa Comissão.”
E aí, Senhor Ministro, o senhor vai responder a isso?
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