Por Altamiro Borges
Durante quase cinco meses, a mídia demotucana deu uma trégua para Dilma Rousseff. Na campanha do ano passado, a imprensa insinuava que ela era um “poste”. Depois de eleita, passou a tratá-la como “estadista”, tentando cavar uma cunha entre ela e Lula, o “populista”. No congresso dos metalúrgicos da CUT, há três semanas, Lula até ironizou o “namorico” da mídia com a presidenta.
Agora, porém, a coisa parece que azedou. A mídia resolveu detonar a principal referência do atual governo, o ministro Antonio Palocci, da Casa Civil. A acusação é grave. A imprensa insinua que o ministro enriqueceu ilicitamente, adquirindo um apartamento de R$ 6,6 milhões – bem acima dos seus rendimentos. Em quatro anos, Palocci teria multiplicado por 20 o seu patrimônio.
O “fiador” que desestabiliza
A ofensiva contra o ministro todo-poderoso é até curiosa. Afinal, Palocci é reconhecidamente o homem de confiança do “deus-mercado” e dos barões da mídia. Ainda na campanha eleitoral, a revista Veja, já sentindo a derrota do seu candidato, aconselhou a futura presidenta a indicá-lo como “fiador” do seu governo. Agora, ela e outros veículos batem para matar no “fiador”.
Cabe a Palocci esclarecer as denúncias. Ele afirma que sua renda decorre do trabalho de consultoria às empresas que prestou nos últimos anos. De fato, o seu trânsito entre os ricaços é grande. Sua campanha para deputado federal em 2006, que custou R$ 2,4 milhões, já foi bancada pela elite empresarial, principalmente por banqueiros – conforme declaração oficial no TSE.
Objetivos da mídia demotucana
Mas o que explica, então, a ofensiva da mídia contra seu homem de confiança no Palácio do Planalto? Uma leitura atenta ajuda a entender os motivos da recente onda de escândalo. Na prática, a imprensa demotucana bate em Palocci para atingir Dilma – no mínimo, para mandar seus recados e enquadrá-la. Isto fica implícito nos editoriais e nos artigos dos seus principais “calunistas”.
O Estadão, por exemplo, não esconde seu ranço contra o governo “lulista”. Ao tratar de Palocci, o jornalão inicia seu editorial com a frase. “Lula ensinou muita coisa aos seus companheiros”. O alvo não é o ministro, mas sim o ex-presidente. Ele também insinua que o dinheiro usado na compra do apartamento é sobra da campanha, tentando envolver a presidenta Dilma no escândalo.
Ventilador no esgoto
Na mesma linha, os “calunistas” da Folha batem em Palocci para atingir Dilma e o “petismo”. Fernando de Barros e Silva destila veneno já no título da sua coluna – “um petista neoclássico”. O seu alvo é o partido da presidenta. “O PT se confunde com a direita”, afirma o jornalista, sempre afinado com a direita, que tenta generalizar as críticas, ligando o ventilador no esgoto!
Já Eliane Cantanhêde, a entusiasta da “massa cheirosa” do PSDB, prega o fim da “lua de mel” com o atual governo e exige uma postura mais agressiva da oposição demotucana. Como já foi dito, Palocci deve esclarecer rapidamente o seu enriquecimento – se é que tem explicações para dar. Mas o alvo da mídia não é o ex-ministro, o queridinho do “deus mercado”, mas o governo Dilma!
Durante quase cinco meses, a mídia demotucana deu uma trégua para Dilma Rousseff. Na campanha do ano passado, a imprensa insinuava que ela era um “poste”. Depois de eleita, passou a tratá-la como “estadista”, tentando cavar uma cunha entre ela e Lula, o “populista”. No congresso dos metalúrgicos da CUT, há três semanas, Lula até ironizou o “namorico” da mídia com a presidenta.
Agora, porém, a coisa parece que azedou. A mídia resolveu detonar a principal referência do atual governo, o ministro Antonio Palocci, da Casa Civil. A acusação é grave. A imprensa insinua que o ministro enriqueceu ilicitamente, adquirindo um apartamento de R$ 6,6 milhões – bem acima dos seus rendimentos. Em quatro anos, Palocci teria multiplicado por 20 o seu patrimônio.
O “fiador” que desestabiliza
A ofensiva contra o ministro todo-poderoso é até curiosa. Afinal, Palocci é reconhecidamente o homem de confiança do “deus-mercado” e dos barões da mídia. Ainda na campanha eleitoral, a revista Veja, já sentindo a derrota do seu candidato, aconselhou a futura presidenta a indicá-lo como “fiador” do seu governo. Agora, ela e outros veículos batem para matar no “fiador”.
Cabe a Palocci esclarecer as denúncias. Ele afirma que sua renda decorre do trabalho de consultoria às empresas que prestou nos últimos anos. De fato, o seu trânsito entre os ricaços é grande. Sua campanha para deputado federal em 2006, que custou R$ 2,4 milhões, já foi bancada pela elite empresarial, principalmente por banqueiros – conforme declaração oficial no TSE.
Objetivos da mídia demotucana
Mas o que explica, então, a ofensiva da mídia contra seu homem de confiança no Palácio do Planalto? Uma leitura atenta ajuda a entender os motivos da recente onda de escândalo. Na prática, a imprensa demotucana bate em Palocci para atingir Dilma – no mínimo, para mandar seus recados e enquadrá-la. Isto fica implícito nos editoriais e nos artigos dos seus principais “calunistas”.
O Estadão, por exemplo, não esconde seu ranço contra o governo “lulista”. Ao tratar de Palocci, o jornalão inicia seu editorial com a frase. “Lula ensinou muita coisa aos seus companheiros”. O alvo não é o ministro, mas sim o ex-presidente. Ele também insinua que o dinheiro usado na compra do apartamento é sobra da campanha, tentando envolver a presidenta Dilma no escândalo.
Ventilador no esgoto
Na mesma linha, os “calunistas” da Folha batem em Palocci para atingir Dilma e o “petismo”. Fernando de Barros e Silva destila veneno já no título da sua coluna – “um petista neoclássico”. O seu alvo é o partido da presidenta. “O PT se confunde com a direita”, afirma o jornalista, sempre afinado com a direita, que tenta generalizar as críticas, ligando o ventilador no esgoto!
Já Eliane Cantanhêde, a entusiasta da “massa cheirosa” do PSDB, prega o fim da “lua de mel” com o atual governo e exige uma postura mais agressiva da oposição demotucana. Como já foi dito, Palocci deve esclarecer rapidamente o seu enriquecimento – se é que tem explicações para dar. Mas o alvo da mídia não é o ex-ministro, o queridinho do “deus mercado”, mas o governo Dilma!
Concordo que o objetivo é atingir o governo, o que não se conseguirá se Palloci explicar de onde vem um faturamento de 20 milhões em quatro anos! (Se é que faturou realmente). Se mostrar de onde vem o dinheiro: que serviços prestou e a quem está resolvido. Se não tem que sair do governo. E aí o PIG vai querer pautar Dilma o resto do mandato. É uma encruzilhada.
ResponderExcluirPalocci não era nem para estar no governo Dilma. Chegou lá por que? Por que ficou no coração da campanha de Dila? Foi a presença do fiador?
ResponderExcluirDilma agora está num encruzilhada: ou se rende à imprensa golpista ou dá uma guinada à esquerda.
Está nas mãos delas a "Ley dos medios", a banda larga, enfim, com a faca e o queijo na mão.
Aproveita, tira Palocci e dê seu recado à didatdura midiática: "Não vem que não tem!"
Prezado Altamiro,
ResponderExcluirPrimeiro, parabéns por seu blog, lucidez, clareza.
Sobre o post:
1. normal, a direita e suas inconsequências... faz parte dela provocar a instabilidade política, institucional e social quando não está no poder... esperar do PIG e de seus fanfarrões atitudes responsáveis para com o país, é perda de tempo;
2. à esquerda, para aqueles que ainda não entenderam o governo Lula e Dilma por seu pragmatismo, é necessário alertar..
3. a discussão sobre a presença de qualquer pessoa no governo vitorioso que saiu das urnas, deve ser feito de forma orgânica, ideológica e teórica, tendo como paradigma o projeto em curso implantado por Lula e Dilma, em vista de avanços possíveis;
4. à esquerda cabe defender o governo Dilma, e não utilizar o PIG para desestabilizar o governo e o partido que lidera o processo, o PT; ora, a esquerda que pedi a cabeça de Palocci, Ana de Holanda, Haddad, é tão canalha quanto o PIG...
Esta mais do que claro que os barões querem a aprovação do código florestal, Palocci esta negociando o novo código com os deputados, caso seja aprovado hoje, o escândalo Palocci some do ar, caso seja rejeitado ou adiado, continua a novela.
ResponderExcluirSão os Barões cobrando seu dinheiro investido de volta.
Não sou do DEM nem sou tucana, e mesmo assim acho Palocci um ótimo representante do que vem se tornando o PT, bem diferente do que era no início. Como sou comunista, acho no mínimo absurdo uma pessoa ter tanta grana assim e trabalhar pra um governo que se diz de esquerda, e ainda mais absurdo a blindagem que está sendo feita para ele. Se o cara enriqueceu tanto dando consultoria, é por que vendeu informação privilegiada de dentro do governo, coisa que tb acho que deveria ser ilegal!
ResponderExcluirTa tudo errado, e ainda tem petista que fica tentando desculpar cagadas e bandidos como esse. Mandem esse cara embora de uma vez! Os petistas não tem mais controle do partido, quem tem são esses homens da grana. Tem gente vivendo com 2 pila por dia, e tem petista desculpando o enriquecimento de um cara que mora num lugar de 6 milhões, caralho! Vamos repensar ai quem é que está do lado de quem nessa história!
Ainda chega ao ponto de vetar um projeto bacana como esse da campnha anti-homofobia nas escolas, fazendo acordo com a direita podre par que não batam no cara. pelamordedeus!
ResponderExcluirMeu desejo era que toda essa gente, inclusive dilma, tivesse filho gay matriculado em escola pública pra ver de perto o que é que realmente quer dizer a palavra buylin.