Marcelo Lacerda/Terra Magazine |
Um agricultor foi encontrado morto no assentamento agroextrativista Praialta-Piranheira, em Nova Ipixuna (PA), onde na última terça-feira (24) o casal de ambientalistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo foi assassinado.
De acordo com a Polícia Civil do Pará, o corpo do agricultor Eremilton Pereira dos Santos, de 25 anos, foi achado por uma equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que fazia uma fiscalização na área. Santos estava desaparecido desde quinta-feira (26).
O corpo tinha marcas de ferimentos a tiros e estava às margens de um lago, na área do assentamento, a cerca de 7 quilômetros do local onde o casal foi vítima de uma emboscada no início da semana.
A polícia diz que ainda não é possível vincular os dois crimes, apesar da hipótese levantada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), de que Santos era testemunha da execução do casal de ambientalistas.
A Polícia Federal também está na região para apurar os crimes. Santos é o quarto trabalhador morto em uma semana na Amazônia.
Além dos três assassinatos em Nova Ipixuna, na sexta-feira (27) um líder camponês foi morto a tiros em Vista Alegre do Abunã, em Rondônia. Adelino Ramos, o Dinho, era líder do Movimento Camponês Corumbiara, e vinha sendo ameaçado de morte por denunciar a ação de madeireiros na divisa dos estados do Acre, Amazonas e de Rondônia.
A Polícia Civil diz já haver identificado o suspeito de matar a Dinho, que era sobrevivente do massacre de Corumbiara, ocorrido em 1995 contra trabalhadores rurais sem terra. O agricultor Ozeas Vicente está sendo procurado por policiais de três estados.
O PC do B tem sangue nas mãos.
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