Enviado por Bruno Felisbino:
Um ato de repúdio foi realizado nesta terça-feira, 17, na porta da Motorola, em Jaguariúna. Os trabalhadores mobilizados com o Sindicato dos Metalúrgicos de Jaguariúna e Região (SindMetal) protestavam contra a atitude da empresa de arrombar sem o consentimento dos funcionários a maior parte dos armários privativos onde são guardados seus pertences pessoais.
Ao chegar ao trabalho, nesta segunda-feira, os trabalhadores ficaram indignados com o que classificaram como “atitude arbitrária e invasão de privacidade” da empresa. Além de terem seus pertences manuseados longe de sua presença, os objetos encontrados nos armários foram atirados em sacos plásticos e grampeados com a numeração escrita a mão. As sacolas foram depositadas em um local e os trabalhadores tiveram de percorrer todo o lote até localizarem seus objetos pessoais.
A situação gerou revolta e uma onda de ligações no Sindicato cobrando uma atitude firme contra a arbitrariedade da empresa. Os trabalhadores reclamavam o desaparecimento de objetos como carteiras, relógios, óculos escuros e, inclusive, dinheiro. “Ninguém é obrigado a aceitar esse tipo de coisa. A empresa precisa responder por isso. Não vou ficar quieta diante de uma atitude grave como essa. Temos que ser tratados com respeito”, revoltou-se a trabalhadora do setor de manufatura A.V., que trabalha há quatro meses na empresa e registrou um Boletim de Ocorrência contra a Motorola.
Os diretores do Sindicato estiveram na porta da Motorola nesta manhã e tarde para transmitir o recado aos trabalhadores de que providências já estão sendo tomadas. “Estamos convocando a empresa para uma reunião urgente, para cobrar que todos os pertences sejam devolvidos imediatamente. Nosso Departamento Jurídico vai entrar com uma ação coletiva na Justiça e o Sindicato continuará mobilizado com os trabalhadores para que essa situação seja resolvida e a empresa responsabilizada pelo que aconteceu”, explicou o presidente do SindMetal, José Francisco Salvino, o Buiú.
O vice-presidente do SindMetal e funcionário da Motorola, Sandro Rovariz, frisou que este acontecimento é mais um passo atrás na relação da empresa com os trabalhadores. "Esta é mais uma das consequências negativas de todo esse processo de terceirização que a empresa faz. A dignidade do trabalhador deve ser sempre preservada e o Sindicato está aqui para resguardar isso", disse.
Violação
Conforme a informação prestada por alguns trabalhadores, a empresa alega que havia comunicado anteriormente os supervisores de que os armários seriam arrombados para o recadastramento, caso o funcionário não se manifestasse. Muitos não tomaram conhecimento desse comunicado. O diretor do SindMetal e também funcionário da Motorola, Cesar Cardoso da Silva, explica que antigamente a Segurança Patrimonial deixava um aviso na porta dos armários, com um recado informando sobre o recadastramento. Quem não se recadastrasse teria o armário lacrado até preencher novamente o formulário e, depois, o espaço seria liberado.
“A empresa pode resolver a situação material, mas a questão da moral e do respeito aos funcionários está completamente abalada. Não sei quais serão os desdobramentos, mas não podemos deixar passar em branco algo que fere a dignidade do ser humano”, afirmou Cesar.
* Bruno Felisbino é jornalista, da assessoria de comunicação do SindMetal Jaguariúna e Região. Para maiores informações, visite o sítio: www.portaldostrabalhadores.com.br
Um ato de repúdio foi realizado nesta terça-feira, 17, na porta da Motorola, em Jaguariúna. Os trabalhadores mobilizados com o Sindicato dos Metalúrgicos de Jaguariúna e Região (SindMetal) protestavam contra a atitude da empresa de arrombar sem o consentimento dos funcionários a maior parte dos armários privativos onde são guardados seus pertences pessoais.
Ao chegar ao trabalho, nesta segunda-feira, os trabalhadores ficaram indignados com o que classificaram como “atitude arbitrária e invasão de privacidade” da empresa. Além de terem seus pertences manuseados longe de sua presença, os objetos encontrados nos armários foram atirados em sacos plásticos e grampeados com a numeração escrita a mão. As sacolas foram depositadas em um local e os trabalhadores tiveram de percorrer todo o lote até localizarem seus objetos pessoais.
A situação gerou revolta e uma onda de ligações no Sindicato cobrando uma atitude firme contra a arbitrariedade da empresa. Os trabalhadores reclamavam o desaparecimento de objetos como carteiras, relógios, óculos escuros e, inclusive, dinheiro. “Ninguém é obrigado a aceitar esse tipo de coisa. A empresa precisa responder por isso. Não vou ficar quieta diante de uma atitude grave como essa. Temos que ser tratados com respeito”, revoltou-se a trabalhadora do setor de manufatura A.V., que trabalha há quatro meses na empresa e registrou um Boletim de Ocorrência contra a Motorola.
Os diretores do Sindicato estiveram na porta da Motorola nesta manhã e tarde para transmitir o recado aos trabalhadores de que providências já estão sendo tomadas. “Estamos convocando a empresa para uma reunião urgente, para cobrar que todos os pertences sejam devolvidos imediatamente. Nosso Departamento Jurídico vai entrar com uma ação coletiva na Justiça e o Sindicato continuará mobilizado com os trabalhadores para que essa situação seja resolvida e a empresa responsabilizada pelo que aconteceu”, explicou o presidente do SindMetal, José Francisco Salvino, o Buiú.
O vice-presidente do SindMetal e funcionário da Motorola, Sandro Rovariz, frisou que este acontecimento é mais um passo atrás na relação da empresa com os trabalhadores. "Esta é mais uma das consequências negativas de todo esse processo de terceirização que a empresa faz. A dignidade do trabalhador deve ser sempre preservada e o Sindicato está aqui para resguardar isso", disse.
Violação
Conforme a informação prestada por alguns trabalhadores, a empresa alega que havia comunicado anteriormente os supervisores de que os armários seriam arrombados para o recadastramento, caso o funcionário não se manifestasse. Muitos não tomaram conhecimento desse comunicado. O diretor do SindMetal e também funcionário da Motorola, Cesar Cardoso da Silva, explica que antigamente a Segurança Patrimonial deixava um aviso na porta dos armários, com um recado informando sobre o recadastramento. Quem não se recadastrasse teria o armário lacrado até preencher novamente o formulário e, depois, o espaço seria liberado.
“A empresa pode resolver a situação material, mas a questão da moral e do respeito aos funcionários está completamente abalada. Não sei quais serão os desdobramentos, mas não podemos deixar passar em branco algo que fere a dignidade do ser humano”, afirmou Cesar.
* Bruno Felisbino é jornalista, da assessoria de comunicação do SindMetal Jaguariúna e Região. Para maiores informações, visite o sítio: www.portaldostrabalhadores.com.br
Isso é um absurdo, realizar uma paralisação por um motivo tão fútil, já trabalhei 4 vezes nesta empresa, e todas como terceira e graças a isso tive muita experiência profissional, na qual sou beneficiada até hoje , atualmente não trabalho na Motorola, mas guardo boas lembranças, até hoje não conheci nenhuma empresa melhor para se trabalhar.
ResponderExcluirAcredito que essa manifestação foi feita, pois muitas pessoas querem ganhar com isso e se candidatar nas próximas eleições como fez o Edson do Sindicato (o mesmo já participou de vários escândalos na prefeitura desde a sua eleição), e as pessoas que seguem esses “Lideres” acabam achando que estão reivindicando seus direitos, mas na verdade estão sendo prejudicada, pois sua imagem perante a empresa fica “queimada”, enquanto eles tem estabilidade graças ao Sindicato.
É uma pena ler o comentário acima, pois entender que a violação da liberdade indivídual é algo fútil - mostra o conceito de cidadania do autor do texto, que nem ao menos se identificou.
ResponderExcluirUma gracinha(sic) o comentário do Anônimo(a). Se trabalhou na Motorola certamente foi na função de "lacrador" de armários.
ResponderExcluirA Motorola é Israelense, e parece que por lá também não se respeita trabalhadores não sionistas.
Tudo a ver.
Betinho
Sr. ou Sra. Anônimo: se a coisa é tão futil por que razão não assinou seu nome? Se escondeu por trás do sigilo que lhe é garantido aqui nesse espaço? Se assinasse o nome quem sabe a empresa te cpontratasse pela 5a vez?
ResponderExcluirEu sou a anônima do primeiro comentário, não me identifico por que não quero me “promover”, e muito menos ser contratada novamente, pois não estou procurando emprego no momento; esse blog é público e vivemos em um país livre onde podemos expressar nossas opiniões, e foi isso que fiz, ao invés de criticar minha opinião deveriam se expressar sobre o artigo, pois é para isso que serve os Comentários de um blog.
ResponderExcluirAs suas opiniões sobre a Motorola são validas, mas são divergentes da minha, pois cada um tem uma opinião e uma experiência diferente; sou de Jaguariúna e para muitos que moram aqui, trabalhar na Motorola significa status, pois ela possui uma estrutura que serve de benchmarking para as demais, isso em todas as áreas, além se ser uma das empresas mais citadas como exemplos de eficiência em Universidades onde também é responsável pela implantação de matérias como Six Sigma, estratégias que são aplicadas em muitas empresas hoje.
E sobre a palavra “Fútil”, não quis dizer que estou 100% a favor da Motorola, acredito que isso foi apenas um procedimento que deve conseqüências, e essas conseqüências poderiam ser resolvidas internamente, sem a presença de uma paralisação sindical.
Acredito que uma paralisação deve ser feita em locais que a situação é pregaria, onde os salários não são dignos e assim defender o trabalhador, mas não resolver “probleminhas” internos, ainda mais quando estão envolvidas pessoas que trabalham no sindicato, a imagem do mesmo fica ainda mais “queimada” por causa dessas atitudes. Além do mais as pessoas sempre apóiam paralisações em empresas, mas criticam quando é no poder publico, pois quando isso acontece não é o “dono” que é prejudicado mais sim o Povo, e ninguém que se colocar no lugar do outro né? Lembrando que esses “donos” é que trazem desenvolvimento para o país, geram empregos e graças a isso que
que conseguimos (nós o Povo) realizar nossos sonhos.
Olha anônimo, concordo com vc em relação à tudo que disse sobre a Motorola no sentido de ambiente de trabalho, estrutura e tudo o mais que deixa a desejar em outras empresas. Mas, se vc visse como eu vi como estavam sendo tratados os trabalhadores e caso isso estivesse acontecido com vc, talvez suas observações seriam mudadas. Acredito sim na liberdade, na dignidade e no respeito pelas pessoas, algo que a Motorola sempre teve. Pesquise como são tratados os pertences dos presos qdo das visitas de seus familiares, foi coisa pior. Até agora muitos ainda não localizaram os seus pertences e cerca de 50 pessoas fizeram boletim de ocorrência. Acredito também que muitas pessoas utilizam o sindicato como trampolim político, mas no caso do Edison ele foi afastado da presidência por tomar atitudes arbitrárias como essa entre outras. Mas, não confunda as coisas com relação aos direitos individuais e coletivos. Os trabalhadores pediram e o sindicato foi na empresa. Fútil vai depender do ponto de vista. E assim como vc vou ser anonimo.
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