Por Altamiro Borges
Ao ordenar a prisão de 439 bombeiros e abusar da violência contra os grevistas, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, demonstrou total inabilidade no trato democrático das demandas trabalhistas. Diante da tomada do quartel central do Corpo de Bombeiros na noite de sexta-feira (3) – o que as próprias lideranças do movimento já reconheceram como um erro político –, o governador esbanjou truculência, confundindo autoridade com autoritarismo.
Reação indignada da sociedade
Sua atitude intempestiva acabou gerando uma onda de críticas de vários partidos e movimentos sociais. Para o presidente da CUT no estado, Darby Igayara, “faltou jogo de cintura” ao governador. Em nota, a Força Sindical classificou de “selvagem” a reação do governante. A CTB também emitiu nota de solidariedade aos bombeiros. As centrais exigem a imediata libertação dos 439 presos e retomada das negociações. Alertam que a radicalização artificial não ajudará a superar o impasse.
Deputados de diversos partidos também decidiram criar uma frente parlamentar para intermediar as negociações e anunciaram que trancarão a pauta da Assembleia Legislativa até que os bombeiros presos sejam libertados. A Ordem dos Advogados do Brasil se somou na solidariedade. “As reivindicações dos bombeiros são justas e legítimas. Os vencimentos da categoria são aviltantes e devem ser reajustados imediatamente”, opina Wadih Damous, presidente da seção fluminense da OAB. Para ele, a truculência do governador “contribuiu decisivamente para radicalização do movimento”.
Quem planta vento, colhe tempestade
Apesar da violenta repressão, os bombeiros dão prova de maturidade e mantêm a mobilização. Cerca de 150 ativistas continuam em vigília nas escadarias da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, com faixas pedindo por “socorro” e críticas ao governador que rotulou os grevistas de “vândalos”. Outros protestos ocorrem pela cidade, como em Campo Grande e na Penha.
A categoria, bastante respeitada pela população carioca, luta por melhores salários e condições de trabalho. O piso no estado é de R$ 950, o menor do país. Faltam equipamentos mínimos para o exercício da profissão e não há canais de diálogo com a categoria. Desde abril que os bombeiros reivindicam um piso salarial de R$ 2 mil e melhores condições de trabalho, mas sempre esbarraram na intransigência e insensibilidade do governador Sérgio Cabral. Quem planta vento, colhe tempestade!
Ao ordenar a prisão de 439 bombeiros e abusar da violência contra os grevistas, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, demonstrou total inabilidade no trato democrático das demandas trabalhistas. Diante da tomada do quartel central do Corpo de Bombeiros na noite de sexta-feira (3) – o que as próprias lideranças do movimento já reconheceram como um erro político –, o governador esbanjou truculência, confundindo autoridade com autoritarismo.
Reação indignada da sociedade
Sua atitude intempestiva acabou gerando uma onda de críticas de vários partidos e movimentos sociais. Para o presidente da CUT no estado, Darby Igayara, “faltou jogo de cintura” ao governador. Em nota, a Força Sindical classificou de “selvagem” a reação do governante. A CTB também emitiu nota de solidariedade aos bombeiros. As centrais exigem a imediata libertação dos 439 presos e retomada das negociações. Alertam que a radicalização artificial não ajudará a superar o impasse.
Deputados de diversos partidos também decidiram criar uma frente parlamentar para intermediar as negociações e anunciaram que trancarão a pauta da Assembleia Legislativa até que os bombeiros presos sejam libertados. A Ordem dos Advogados do Brasil se somou na solidariedade. “As reivindicações dos bombeiros são justas e legítimas. Os vencimentos da categoria são aviltantes e devem ser reajustados imediatamente”, opina Wadih Damous, presidente da seção fluminense da OAB. Para ele, a truculência do governador “contribuiu decisivamente para radicalização do movimento”.
Quem planta vento, colhe tempestade
Apesar da violenta repressão, os bombeiros dão prova de maturidade e mantêm a mobilização. Cerca de 150 ativistas continuam em vigília nas escadarias da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, com faixas pedindo por “socorro” e críticas ao governador que rotulou os grevistas de “vândalos”. Outros protestos ocorrem pela cidade, como em Campo Grande e na Penha.
A categoria, bastante respeitada pela população carioca, luta por melhores salários e condições de trabalho. O piso no estado é de R$ 950, o menor do país. Faltam equipamentos mínimos para o exercício da profissão e não há canais de diálogo com a categoria. Desde abril que os bombeiros reivindicam um piso salarial de R$ 2 mil e melhores condições de trabalho, mas sempre esbarraram na intransigência e insensibilidade do governador Sérgio Cabral. Quem planta vento, colhe tempestade!
Altamiro,
ResponderExcluirMeus parabéns! Você é o cara!
Cada dia que passa me convenço cada vez mais que o Governador do RJ e o seu amiguinho prefeito governam apenas para a elite e para os turistas que chagarão aqui em 2014 e 2016. Para eles, a população só serve para pagar impostos.nalting
ResponderExcluirUé, como não têm equipamentos, se pagamos a taxa de incêndio?
ResponderExcluirA taxa serve pra que ent€ao? Como está sendo usada a taxa de incêndio?
Essa taxa me parece que é recursos "carimbado",i.é, não pode ser usada para outra coisa, assim peço a gentileza de algum navegantes para descubrir o uso da referida taxa.
Ficar muito longe de Paris, deixa o Cabral estressado e truculento...tadinho ! até entendo ele...
ResponderExcluirMiro, que democracia é essa onde o povo não pode ir à rua protestar? É a democracia da ordem? O caso dos bombeiros é só mais um dentre tantos da repressão cotidiana feita à bala e bomba de "efeito moral"!
ResponderExcluirhttp://www.espacobanal.com.br/2011/06/democracia-e-uma-santa-no-altar-onde-ir.html
Acima texto do blog Espaço Banal, meu e de amigos.
Abr e té mais!
Sérgio Cabral sempre foi deselegante, para não dizer, grosseiro, no trato com servidores públicos. Os funcionários da Saúde do Estado do Rio de Janeiro aguardam o Plano de Carreira, Cargos e Salários, que ele está brigando na (in)Justiça para não pagar. Já chamou médicos de vagabundos, agora os bombeiros de vândalos.
ResponderExcluirVagabundagem, para mim, é virar político profissional sem nunca ter trabalhado na vida, como é o caso de vários políticos e o dele.
Vandalismo é pagar um salário sem vergonha para profissionais que expõem a vida a todo momento, além de não lhes oferecer condições de trabalho dignas.
Acho que o apoio do PT a ele está formando um futuro adversário político de peso, além de truculento.
Os demagogos de plantão sempre se valem do discurso da segurança pública, da educação, da saúde. Mas pagam mal aos policiais, recusam-se a pagar o piso salarial irrisório dos professores e deixam os hospitais cairem aos pedaços.
ResponderExcluirE agora resolvem ser brutais com quem faz alguma denúncia à sua bandalheira.
Ué onde está a novidade de que Cabral e Paes governam apenas para os ricos? Aff, parece que os cariocas acabaram de descobrir a pólvora. Me poupem, viu!!
ResponderExcluirNão apenas governa para os ricos como ainda paga tributo à Globo para governar, ou seja, em forma de verba publicitária.
Os cariocas são dominados pela Globo e quem ela elege e fingem que são livres. Parecem os baianos nos tempos de ACM.
Quando Sérgio Cabral chorou da TV no caso dos royalties do petróleo a luz amarela ascendeu.
ResponderExcluirDepois veio à tona o escandaloso decreto Luciano Huck
Hoje, não há mais dúvida sobre o caráter do sujeito.
Fica evidente que, não fosse Lula e as verbas federais para o Rio, Cabral já estaria morto politicamente.
O sujeito é um poço de arrogância, sem nenhum traquejo no trato das questões democráticas que envolvam pessoas simples e trabalhadoras.