Por Altamiro Borges
A diretora do semanário “Sexto Poder”, Dinorá Girón, foi presa nesta semana por decisão da Justiça da Venezuela. Ela foi acusada de “instigar o ódio e o preconceito” com uma reportagem sobre as “mulheres de Chávez”. O periódico de direita é conhecido por sua linha provocadora, de ataques e baixarias contra o governo venezuelano.
Na sua edição mais recente, uma fotomontagem abusa do machismo. Os rostos da presidente do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), Luisa Estela Morales, da defensora do povo (ouvidora), Gabriela Ramírez, da procuradora-geral da República, Luísa Ortega Díaz, aparecem colados em corpos de dançarinas de um cabaré chamado “Revolução”.
“As poderosas da revolução”
O texto, intitulado “As poderosas da revolução", desqualifica as mulheres que hoje ocupam altos postos no comando da Venezuela. Ele também ataca a controladora-geral da República, Adelina González, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, e a vice-presidente da Assembléia Nacional, Blanca Eekhout.
"Ao som da melodia de um piano, as seis mulheres divertem o público com esperados bailes de pernas ao ar, que vem e vão, e saias ondeantes que se movem ao ritmo das canções tocadas pela banda PSUV [Partido Socialista Unido da Venezuela]”, afirma a matéria, que também tenta ridicularizar o “chefe do cabaré, Mister Chávez”.
Resposta imediata às baixarias
A Venezuela, porém, não é o Brasil. Aqui não se garante sequer o direito de resposta ao caluniado, jornais publicam impunemente fichas policiais falsas contra a candidata à presidência e TVs transformam bolinhas de papel em mísseis contra o candidato da oposição. No país vizinho, a mídia não está acima da Constituição e do Estado de Direito.
Diante da provocação do seminário, a reação foi imediata. "Não vamos permitir que nós nem nossas famílias sejamos vilipendiadas ou ofendidas de nenhuma maneira", reagiu Estela Morales, presidenta do TSJ. A Assembléia Nacional também condenou o seminário. E a Justiça determinou a detenção da diretora e proibiu a distribuição desta edição.
A diretora do semanário “Sexto Poder”, Dinorá Girón, foi presa nesta semana por decisão da Justiça da Venezuela. Ela foi acusada de “instigar o ódio e o preconceito” com uma reportagem sobre as “mulheres de Chávez”. O periódico de direita é conhecido por sua linha provocadora, de ataques e baixarias contra o governo venezuelano.
Na sua edição mais recente, uma fotomontagem abusa do machismo. Os rostos da presidente do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), Luisa Estela Morales, da defensora do povo (ouvidora), Gabriela Ramírez, da procuradora-geral da República, Luísa Ortega Díaz, aparecem colados em corpos de dançarinas de um cabaré chamado “Revolução”.
“As poderosas da revolução”
O texto, intitulado “As poderosas da revolução", desqualifica as mulheres que hoje ocupam altos postos no comando da Venezuela. Ele também ataca a controladora-geral da República, Adelina González, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, e a vice-presidente da Assembléia Nacional, Blanca Eekhout.
"Ao som da melodia de um piano, as seis mulheres divertem o público com esperados bailes de pernas ao ar, que vem e vão, e saias ondeantes que se movem ao ritmo das canções tocadas pela banda PSUV [Partido Socialista Unido da Venezuela]”, afirma a matéria, que também tenta ridicularizar o “chefe do cabaré, Mister Chávez”.
Resposta imediata às baixarias
A Venezuela, porém, não é o Brasil. Aqui não se garante sequer o direito de resposta ao caluniado, jornais publicam impunemente fichas policiais falsas contra a candidata à presidência e TVs transformam bolinhas de papel em mísseis contra o candidato da oposição. No país vizinho, a mídia não está acima da Constituição e do Estado de Direito.
Diante da provocação do seminário, a reação foi imediata. "Não vamos permitir que nós nem nossas famílias sejamos vilipendiadas ou ofendidas de nenhuma maneira", reagiu Estela Morales, presidenta do TSJ. A Assembléia Nacional também condenou o seminário. E a Justiça determinou a detenção da diretora e proibiu a distribuição desta edição.
No Brasil daria o Prêmio Kamel de Jornalismo...
ResponderExcluirPerfeito!
ResponderExcluirDa uma inveja...
Um dia seremos como os venezuelanos. Por enquanto, não somos sequer como os (arghh) argentinos.
ResponderExcluirEdemar, concordo que falta muito para que o brasileiro chegue próximo ao argentino, principalmente no que toca à politização( no Brasil, está na moda criticar movimentos sociais, o PIG trata manifestações como ato de marginais). O Machismo na América Latina é muito arraigado, principalmente pela influência da Igreja Católica com sua misoginia. Percebo que o machismo varia de espécie de país para país. Moro na Argentina e, apesar das diferenças culturais - que são muitas - e da alegria ser uma característica do brasileiro; garanto-lhe que se trata de um povo extremamente amável e, ainda que sejam também machistas (principalmente no que toca à libido sexual do homem), não se compara com a brutalidade dos homens brasileiros com as mulheres, suas ou alheias. O homem argentino é gentil.
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