Por Altamiro Borges
Com grande alarde no Jornal Nacional e nos demais veículos do seu império midiático, a Rede Globo divulgou na semana passada um longo documento com os seus “princípios editoriais”. O texto, enfadonho, risível e cínico, não é gratuito. Ele tem como alvo a blogosfera e as redes sociais, que minam a sua credibilidade e causam a queda de tiragem do seu jornal e da audiência de sua emissora.
Já na abertura, a Globo mostra que não tem qualquer princípio ou compromisso com a verdade. Em tom arrogante, o texto afirma:
“Desde 1925, quando O Globo foi fundado por Irineu Marinho, as empresas jornalísticas das Organizações Globo, comandadas por quase oito décadas por Roberto Marinho, agem de acordo com princípios que as conduziram a posições de grande sucesso: o êxito é decorrência direta do bom jornalismo que praticam. Certamente houve erros, mas a posição de sucesso em que se encontram hoje mostra que os acertos foram em maior número”.
As razões do "sucesso"
O texto não explica como o império atingiu “a posição de sucesso”. Nada fala sobre o acordo ilegal com a Time-Life, multinacional estadunidense, na criação da TV Globo. Não aborda as relações promiscuas com a ditadura militar, que garantiram a expansão da empresa. Quanto ao “bom jornalismo”, ele não faz autocrítica do seu clamor pelo golpe de 1964, do seu apoio à ditadura, da sabotagem às Diretas-Já, das tentativas de desestabilização do governo Lula, da criminalização dos movimentos sociais.
O documento apresenta um monte de baboseiras sobre “isenção”, “neutralidade”, “imparcialidade”. Na prática, ele visa ser um contraponto às críticas crescentes dos internautas. O império faria o “bom jornalista”; já a blogosfera e as redes sociais fariam “propaganda política”. Roberto, João e José, os filhos de Roberto Marinho, parecem temer o crescimento da internet, que hoje faz a disputa contra-hegemônica e enfrenta as manipulações dos monopólios midiáticos.
“Com a consolidação da Era Digital, em que o indivíduo isolado tem facilmente acesso a uma audiência potencialmente ampla para divulgar o que quer que seja, nota-se certa confusão entre o que é ou não jornalismo, quem é ou não jornalista, como se deve ou não proceder quando se tem em mente produzir informação de qualidade”, resmunga o documento. Em outras palavras, a Rede Globo detesta a verdadeira liberdade de expressão, teme que novas vozes se expressem.
Com grande alarde no Jornal Nacional e nos demais veículos do seu império midiático, a Rede Globo divulgou na semana passada um longo documento com os seus “princípios editoriais”. O texto, enfadonho, risível e cínico, não é gratuito. Ele tem como alvo a blogosfera e as redes sociais, que minam a sua credibilidade e causam a queda de tiragem do seu jornal e da audiência de sua emissora.
Já na abertura, a Globo mostra que não tem qualquer princípio ou compromisso com a verdade. Em tom arrogante, o texto afirma:
“Desde 1925, quando O Globo foi fundado por Irineu Marinho, as empresas jornalísticas das Organizações Globo, comandadas por quase oito décadas por Roberto Marinho, agem de acordo com princípios que as conduziram a posições de grande sucesso: o êxito é decorrência direta do bom jornalismo que praticam. Certamente houve erros, mas a posição de sucesso em que se encontram hoje mostra que os acertos foram em maior número”.
As razões do "sucesso"
O texto não explica como o império atingiu “a posição de sucesso”. Nada fala sobre o acordo ilegal com a Time-Life, multinacional estadunidense, na criação da TV Globo. Não aborda as relações promiscuas com a ditadura militar, que garantiram a expansão da empresa. Quanto ao “bom jornalismo”, ele não faz autocrítica do seu clamor pelo golpe de 1964, do seu apoio à ditadura, da sabotagem às Diretas-Já, das tentativas de desestabilização do governo Lula, da criminalização dos movimentos sociais.
O documento apresenta um monte de baboseiras sobre “isenção”, “neutralidade”, “imparcialidade”. Na prática, ele visa ser um contraponto às críticas crescentes dos internautas. O império faria o “bom jornalista”; já a blogosfera e as redes sociais fariam “propaganda política”. Roberto, João e José, os filhos de Roberto Marinho, parecem temer o crescimento da internet, que hoje faz a disputa contra-hegemônica e enfrenta as manipulações dos monopólios midiáticos.
“Com a consolidação da Era Digital, em que o indivíduo isolado tem facilmente acesso a uma audiência potencialmente ampla para divulgar o que quer que seja, nota-se certa confusão entre o que é ou não jornalismo, quem é ou não jornalista, como se deve ou não proceder quando se tem em mente produzir informação de qualidade”, resmunga o documento. Em outras palavras, a Rede Globo detesta a verdadeira liberdade de expressão, teme que novas vozes se expressem.
Ainda, o Cálice...
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=vJHmTp4uxNc&feature=fvst
Ainda bem que o território livre da internet nos permite o aceso a "verdades" que não vemos na TV aberta. Tomara que eles não achem um jeito de controlar a internet também.
ResponderExcluirEu acho que vou ser a única pessoa que vai passar por esse post e achar que ele é toscamente mal-articulado e com anseio exagerado de retornar a buscar culpados e blablabla.
ResponderExcluirConfuso: uma hora a Globo abre espaço pra o chamado "jornalismo cidadão" e é taxada por seus críticos de desvalorizar o diplona. Outra hora ela diz que o conceito de jornalismo está confuso atualmente e precisando ser revisto e, assim, não quer que ninguém tenha voz - dizem outros críticos.
Onde, pelo amor de Papai do Céu, ainda se acredita que existe mídia sem interesse financeiro, mídia sem gatekeeper, mídia sem marketing de relacionamento descarado, mesmo?
Eu, pobre blogueiro há 10 anos, digo sem medo: nem nesse vale delicioso que é a Internet existe tal utopia.
Mais um conglomerado de informação da Fase das Chaminés (Alvin Toffler) com medo da blogosfera. Além da censura aos seus jornalistas, distinguido-os como sendo "de aluguel", a Globo quer um outro tipo de "jornalismo" - o do cinismo. No texto dos "Princípios", tópicos que mais parecem confissões do que andaram praticando no passado.
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