Editorial do jornal Brasil de Fato:
Esse não é um assunto novo. Mas entendemos ser sempre importante analisar. Trata-se dos passos e lutas dos setores e forças inimigas do povo. É um princípio da luta da classe trabalhadora conhecer a nós mesmos, ter projeto, planos de ações, políticas de alianças etc. Porém, é igualmente importante compreender quem são os inimigos do povo, como se organizam e o grau de coesão deles. Nesse sentido, abordaremos alguns dos pontos sobre os nossos inimigos.
A mídia burguesa
Nos últimos meses os setores populares, em especial o movimento sindical e camponês, protagonizaram jornadas de lutas massivas que mobilizaram, em marchas, ocupações e greves, milhares de pessoas. Por exemplo, a greve dos professores de Minas Gerais, que já ultrapassou 100 dias, mobilizações dos bombeiros do Rio de Janeiro, metalúrgicos, o acampamento da Via Campesina em Brasília e as dezenas de atos com pautas do campo.
Essas lutas – mesmo que não tenham alcançado suas reivindicações por completo – vêm garantindo vitórias importantes, demonstradas em conquistas pontuais, como o reajuste acima da inflação para diversas categorias, assim como a garantia de políticas públicas para a reforma agrária e o pequeno agricultor.
No entanto, a mídia burguesa segue firme no seu propósito de silenciar, deturpar e mentir sobre essa realidade do povo brasileiro em luta. As recentes operações midiáticas da revista Veja, passando pela ofensiva televisiva, e a agora a recente “reportagem” de capa da revista Isto É, profetizando o fim do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), mostra como se comporta a imprensa brasileira.
Ou seja, procuram sistematicamente criminalizar, desmoralizar e ridicularizar as lutas dos trabalhadores e suas organizações. Aliás, a “reportagem” da Isto É proclama, no melhor estilo imprensa-marrom, o fim das lutas no campo. Como se as contradições e a luta de classes no país deixassem de existir para os camponeses.
A direita se organiza
Os setores defensores do capitalismo, as elites e suas classes orgânicas se organizam em partidos, sindicatos patronais, organizações classistas (como a Confederação Nacional da Indústria, entres outras), na grande mídia e na estrutura do Estado (não confundir com governo). Por isso, avaliar como os inimigos do povo se organizam vai além de analisar o que se passa no PSDB, DEM, PPS, PTB e outros partidos de menor importância.
Isso não quer dizer que não devemos celebrar ao ver e constatar a crise pela qual passam o DEM e PSDB, as duas principais siglas, com inúmeros rachas e núcleos em plena disputa sanguinária pelo controle da máquina partidária (ou melhor, máquina publicitária), em especial em São Paulo, estado onde essas duas organizações sempre mantiveram núcleos mais ideológicos e dirigentes.
Como abordamos, essas crises são positivas, mas estão longe de expressar uma crise da direita. Esta segue firme, pautando seus interesses em todos os espaços, seja fazendo oposição ou por dentro (com suas frações governistas) do governo federal, composto por forças que nos permitem afirmar ser um governo de alianças entre setores do proletariado, setores médios e forças da burguesia (industrial e financeira).
Mudança de tática
Diferentemente de antes, em que os ataques eram dirigidos para os setores mais fortes do governo - principalmente ao Lula e ao PT -, contando com uma base militante disposta a sair em sua defesa, hoje os ataques se voltam para os aliados, ou, em outros termos, para os setores mais fracos do bloco governista (mais precisamente, PR, PCdoB, e o fisiológico PMDB).
Esse bloco – à exceção do PCdoB – não conta com uma base militante disposta a defendê-lo, muito menos entre a militância e forças do PT. Por isso, parece ser uma correção da tática, de não mais atacar o pólo mais forte – em outros termos (sobretudo militar), esse é um grave equívoco político que se pode cometer numa luta – e apontar os canhões para o bloco de forças visando fragilizá-lo e buscando, ao fim e ao cabo, que o PT perca força e governabilidade.
Fiquemos atentos
Esses três aspectos são parte da análise das forças inimigas e parte essencial da luta popular. É preciso manter esse debate sobre os inimigos do povo, especialmente para identificar como se comportam, suas táticas, e, centralmente suas fragilidades, para sobre essas atuarmos. Nesse sentido, pode-se avançar, e quem sabe, impor derrota definitiva a esses setores. Nossa vitória será conquistada nos fortalecendo e sabendo como fragilizar e derrotar esses inimigos. Eis porque devemos estar atentos às manobras dos setores reacionários.
Esse não é um assunto novo. Mas entendemos ser sempre importante analisar. Trata-se dos passos e lutas dos setores e forças inimigas do povo. É um princípio da luta da classe trabalhadora conhecer a nós mesmos, ter projeto, planos de ações, políticas de alianças etc. Porém, é igualmente importante compreender quem são os inimigos do povo, como se organizam e o grau de coesão deles. Nesse sentido, abordaremos alguns dos pontos sobre os nossos inimigos.
A mídia burguesa
Nos últimos meses os setores populares, em especial o movimento sindical e camponês, protagonizaram jornadas de lutas massivas que mobilizaram, em marchas, ocupações e greves, milhares de pessoas. Por exemplo, a greve dos professores de Minas Gerais, que já ultrapassou 100 dias, mobilizações dos bombeiros do Rio de Janeiro, metalúrgicos, o acampamento da Via Campesina em Brasília e as dezenas de atos com pautas do campo.
Essas lutas – mesmo que não tenham alcançado suas reivindicações por completo – vêm garantindo vitórias importantes, demonstradas em conquistas pontuais, como o reajuste acima da inflação para diversas categorias, assim como a garantia de políticas públicas para a reforma agrária e o pequeno agricultor.
No entanto, a mídia burguesa segue firme no seu propósito de silenciar, deturpar e mentir sobre essa realidade do povo brasileiro em luta. As recentes operações midiáticas da revista Veja, passando pela ofensiva televisiva, e a agora a recente “reportagem” de capa da revista Isto É, profetizando o fim do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), mostra como se comporta a imprensa brasileira.
Ou seja, procuram sistematicamente criminalizar, desmoralizar e ridicularizar as lutas dos trabalhadores e suas organizações. Aliás, a “reportagem” da Isto É proclama, no melhor estilo imprensa-marrom, o fim das lutas no campo. Como se as contradições e a luta de classes no país deixassem de existir para os camponeses.
A direita se organiza
Os setores defensores do capitalismo, as elites e suas classes orgânicas se organizam em partidos, sindicatos patronais, organizações classistas (como a Confederação Nacional da Indústria, entres outras), na grande mídia e na estrutura do Estado (não confundir com governo). Por isso, avaliar como os inimigos do povo se organizam vai além de analisar o que se passa no PSDB, DEM, PPS, PTB e outros partidos de menor importância.
Isso não quer dizer que não devemos celebrar ao ver e constatar a crise pela qual passam o DEM e PSDB, as duas principais siglas, com inúmeros rachas e núcleos em plena disputa sanguinária pelo controle da máquina partidária (ou melhor, máquina publicitária), em especial em São Paulo, estado onde essas duas organizações sempre mantiveram núcleos mais ideológicos e dirigentes.
Como abordamos, essas crises são positivas, mas estão longe de expressar uma crise da direita. Esta segue firme, pautando seus interesses em todos os espaços, seja fazendo oposição ou por dentro (com suas frações governistas) do governo federal, composto por forças que nos permitem afirmar ser um governo de alianças entre setores do proletariado, setores médios e forças da burguesia (industrial e financeira).
Mudança de tática
Diferentemente de antes, em que os ataques eram dirigidos para os setores mais fortes do governo - principalmente ao Lula e ao PT -, contando com uma base militante disposta a sair em sua defesa, hoje os ataques se voltam para os aliados, ou, em outros termos, para os setores mais fracos do bloco governista (mais precisamente, PR, PCdoB, e o fisiológico PMDB).
Esse bloco – à exceção do PCdoB – não conta com uma base militante disposta a defendê-lo, muito menos entre a militância e forças do PT. Por isso, parece ser uma correção da tática, de não mais atacar o pólo mais forte – em outros termos (sobretudo militar), esse é um grave equívoco político que se pode cometer numa luta – e apontar os canhões para o bloco de forças visando fragilizá-lo e buscando, ao fim e ao cabo, que o PT perca força e governabilidade.
Fiquemos atentos
Esses três aspectos são parte da análise das forças inimigas e parte essencial da luta popular. É preciso manter esse debate sobre os inimigos do povo, especialmente para identificar como se comportam, suas táticas, e, centralmente suas fragilidades, para sobre essas atuarmos. Nesse sentido, pode-se avançar, e quem sabe, impor derrota definitiva a esses setores. Nossa vitória será conquistada nos fortalecendo e sabendo como fragilizar e derrotar esses inimigos. Eis porque devemos estar atentos às manobras dos setores reacionários.
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