Por Altamiro Borges
Os telejornais de ontem deram grande destaque ao leilão de objetos da Vasp – a lendária Viação Aérea de São Paulo. Dias antes, as emissoras de TV também mostraram o desmanche das aeronaves da empresa no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. As cenas são deprimentes, tristes. Mas a mídia privatista preferiu não abordar as reais causas do desmonte da outrora poderosa Vasp.
O leilão e o desmanche desmascaram o discurso da mídia neoliberal sobre a chamada “eficiência da iniciativa privada”, que serviu para sucatear e privatizar inúmeras empresas estatais. A Vasp foi criada em novembro de 1933 por um grupo de empresários e pilotos paulistas. Devido a graves problemas financeiros, em janeiro de 1935 a empresa foi estatizada pelo governo de São Paulo.
Motivo de orgulho nacional
Com o tempo, a Vasp deixou de ser uma companhia regional. Em 1936, ela inaugurou a primeira linha comercial entre São Paulo e Rio de Janeiro. Robustecida, adquiriu pequenas empresas comerciais. Em 1962, comprou a Lloyd Aéreo e ampliou sua presença no território nacional. A Vasp se orgulhava de possuir a sua própria frota e de ser a segunda maior empresa de aviação do país.
No início dos anos 1990, já no clima privatizante da ofensiva neoliberal, a empresa sofreu brutal sucateamento com o objetivo da sua privatização. O governador Orestes Quércia contratou a consultoria Price Waterhouse para acelerar a venda da estatal, que tinha 32 aeronaves e 7.300 funcionários. Em 1º de outubro de 1990, o Grupo Canhedo comprou a empresa por US$ 44 milhões.
A privatização criminosa
Wagner Canhedo foi apresentado pela mídia privatista como um empresário inovador, eficiente, moderno. Em pouco tempo, ele se mostrou um verdadeiro bandido, um aventureiro. A Vasp, outrora motivo de orgulho nacional, deixou de pagar impostos e os salários de seus funcionários. A empresa cancelou as rotas internacionais e a frota foi drasticamente reduzida.
Em setembro de 2004, o Departamento de Aviação Civil (DAC) suspendeu as operações de oito aeronaves da VASP, que estavam sem manutenção e colocavam em risco a vida dos passageiros. De segunda maior companhia de aviação, a empresa privatizada passou a deter apenas 1,39% dos vôos no país. Em 2004, os trabalhadores fizeram a primeira greve contra o atraso dos salários.
Mídia privatista não confessa seu crime
A ineficiência privada, expressa na ambição de lucro de Walter Canhedo, matou a Vasp em janeiro de 2005, quando o DAC cassou a sua autorização de operação. As suas aeronaves ficaram estacionadas nos pátios dos aeroportos de todo o país, numa cena triste e deprimente. Toda esta tragédia, porém, não foi relatada pela mídia privatista na cobertura do show do leilão dos restos da Vasp.
Os telejornais de ontem deram grande destaque ao leilão de objetos da Vasp – a lendária Viação Aérea de São Paulo. Dias antes, as emissoras de TV também mostraram o desmanche das aeronaves da empresa no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. As cenas são deprimentes, tristes. Mas a mídia privatista preferiu não abordar as reais causas do desmonte da outrora poderosa Vasp.
O leilão e o desmanche desmascaram o discurso da mídia neoliberal sobre a chamada “eficiência da iniciativa privada”, que serviu para sucatear e privatizar inúmeras empresas estatais. A Vasp foi criada em novembro de 1933 por um grupo de empresários e pilotos paulistas. Devido a graves problemas financeiros, em janeiro de 1935 a empresa foi estatizada pelo governo de São Paulo.
Motivo de orgulho nacional
Com o tempo, a Vasp deixou de ser uma companhia regional. Em 1936, ela inaugurou a primeira linha comercial entre São Paulo e Rio de Janeiro. Robustecida, adquiriu pequenas empresas comerciais. Em 1962, comprou a Lloyd Aéreo e ampliou sua presença no território nacional. A Vasp se orgulhava de possuir a sua própria frota e de ser a segunda maior empresa de aviação do país.
No início dos anos 1990, já no clima privatizante da ofensiva neoliberal, a empresa sofreu brutal sucateamento com o objetivo da sua privatização. O governador Orestes Quércia contratou a consultoria Price Waterhouse para acelerar a venda da estatal, que tinha 32 aeronaves e 7.300 funcionários. Em 1º de outubro de 1990, o Grupo Canhedo comprou a empresa por US$ 44 milhões.
A privatização criminosa
Wagner Canhedo foi apresentado pela mídia privatista como um empresário inovador, eficiente, moderno. Em pouco tempo, ele se mostrou um verdadeiro bandido, um aventureiro. A Vasp, outrora motivo de orgulho nacional, deixou de pagar impostos e os salários de seus funcionários. A empresa cancelou as rotas internacionais e a frota foi drasticamente reduzida.
Em setembro de 2004, o Departamento de Aviação Civil (DAC) suspendeu as operações de oito aeronaves da VASP, que estavam sem manutenção e colocavam em risco a vida dos passageiros. De segunda maior companhia de aviação, a empresa privatizada passou a deter apenas 1,39% dos vôos no país. Em 2004, os trabalhadores fizeram a primeira greve contra o atraso dos salários.
Mídia privatista não confessa seu crime
A ineficiência privada, expressa na ambição de lucro de Walter Canhedo, matou a Vasp em janeiro de 2005, quando o DAC cassou a sua autorização de operação. As suas aeronaves ficaram estacionadas nos pátios dos aeroportos de todo o país, numa cena triste e deprimente. Toda esta tragédia, porém, não foi relatada pela mídia privatista na cobertura do show do leilão dos restos da Vasp.
"O que é bom a gente mostra o que é ruim a gente esconde"
ResponderExcluir(Rubens Ricupero)
Pois é, Miro!
As aulas do Ricupero foram bem assimiladas, há muito.
Jamais seria mostrada qualquer faceta da verdadeira história da Vasp, lembrada em trechos por você nesta sua postagem.
A Vasp era conhecida como a empresa áerea de verdadeira integração nacional, pois voava para todas as capitais de Estado no Brasil, numa época em que a aviação era serviço de tranporte de elite.
Hoje muito mais popular, viajar de avião no Brasil é acessível ao povo, e da mesma forma mais fácil ao aparecimento de empresas que cobrem várias cidades.
Naquela época, o feito da Vasp era de grande valor.
Mas Canhedo e sua família pratica banditismo e picaretagem com as empresas de ônibus de transporte urbano em Brasilia, não só na Vasp.
São os empresários tupiniquins, adeptos do lucro fácil, nenhum investimento, explorando trabalhadores e sonegando impostos.