Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A revista Veja, como se sabe, não faz jornalismo.
Semana passada, dedicou-se ao exercício da espionagem e ao da infâmia.
Como não “colou” a jogada e ainda está às voltas com a possibilidade de que se descubra quem plantou a câmara de espionagem da qual tirou as fotos que jornalista Alberto Dines disse que “não renderiam sequer uma nota numa coluna de fofocas políticas”, esta semana a revista veio “light”.
Mas continuou a não fazer jornalismo.
A revista dedica-se a fazer a campanha pelo voto distrital, não a abrir um debate sobre o tema.
É militância, mesmo, por uma esperança de, mudando as regras, aumentar a representação da direita sem aumentar seus votos. Chega até a convidar os seus leitores, expressamente, para subscreverem um abaixo-assinado pela mudança. Claro, em nome do “combate à corrupção”.
Quem é do Rio e anda pelos 50 anos ou mais lembra que já tivemos aqui um “voto distrital”. Era o chaguismo e sua “política da bica d´água”. Chagas Freitas nomeava os administradores regionais, eles faziam clientelismo político e saíam eleitos dos “distritos”. Um esquema corruptíssimo para angariar votos, sobretudo dos mais pobres.
Os méritos que a ideia do voto distrital possa ter vão se perdendo a medida em que se revelam seus apoiadores: José Serra, Veja, etc. Aliás, a Veja publica um gráfico que mostra como ficaria o Congresso com o voto distrital. A esquerda perde e o centro-direita ganha, exceto pelo DEM, que hoje perde corrida até se disputar sozinho. A projeção, porém, não deve ser vista senão como uma besteira, porque chega a “eleger” candidatos com 1% dos votos no suposto distrito.
Mas vale tudo para despolitizar as eleições, não é?
A revista Veja, como se sabe, não faz jornalismo.
Semana passada, dedicou-se ao exercício da espionagem e ao da infâmia.
Como não “colou” a jogada e ainda está às voltas com a possibilidade de que se descubra quem plantou a câmara de espionagem da qual tirou as fotos que jornalista Alberto Dines disse que “não renderiam sequer uma nota numa coluna de fofocas políticas”, esta semana a revista veio “light”.
Mas continuou a não fazer jornalismo.
A revista dedica-se a fazer a campanha pelo voto distrital, não a abrir um debate sobre o tema.
É militância, mesmo, por uma esperança de, mudando as regras, aumentar a representação da direita sem aumentar seus votos. Chega até a convidar os seus leitores, expressamente, para subscreverem um abaixo-assinado pela mudança. Claro, em nome do “combate à corrupção”.
Quem é do Rio e anda pelos 50 anos ou mais lembra que já tivemos aqui um “voto distrital”. Era o chaguismo e sua “política da bica d´água”. Chagas Freitas nomeava os administradores regionais, eles faziam clientelismo político e saíam eleitos dos “distritos”. Um esquema corruptíssimo para angariar votos, sobretudo dos mais pobres.
Os méritos que a ideia do voto distrital possa ter vão se perdendo a medida em que se revelam seus apoiadores: José Serra, Veja, etc. Aliás, a Veja publica um gráfico que mostra como ficaria o Congresso com o voto distrital. A esquerda perde e o centro-direita ganha, exceto pelo DEM, que hoje perde corrida até se disputar sozinho. A projeção, porém, não deve ser vista senão como uma besteira, porque chega a “eleger” candidatos com 1% dos votos no suposto distrito.
Mas vale tudo para despolitizar as eleições, não é?
Tive a oportunidade de participar do que chamaram de debate sobre reforma política/eleitoral. Mas ninguém debateu nada, quem falou, estava ali para defender sua opinião e ponto... Tinha até torcida organizada dos que defendem voto em lista, voto distrital, voto blábláblá.... Todos os lados, sem exceção, se comportam da mesma forma.
ResponderExcluirPaz e bem!
ResponderExcluirSabe por que estou tranquilo neste tema?
Porque qualquer mudança drática na forma de eleição não passa no congresso.
Seja distrital, seja distritão
ou outra maluquice
sempre ocorrerá o seguinte:
> 10% dos deputados
terão certeza
de sua reeleição.
> 20% saberão que
têm grandes chances.
> 70% estará em
grandes dúvidas.
Por isto não passa nada radical.