Do sítio Vermelho:
Um movimento mundial de aversão a risco levou os mercados financeiros a viverem um dia de fúria, evidenciando o avanço implacável da crise mundial do capitalismo, que parece indiferente e adversa às intervenções dos Estados. As bolsas asiáticas, europeias, americanas e brasileira desabaram junto com as commodities, enquanto o preço do dólar e a procura pelos títulos públicos dos EUA subiu.
O pânico que tomou conta das mesas de operação, entretanto, apenas reproduziu um sentimento já constante de preocupação com uma nova crise global, com a recessão das maiores economias.
Fuga de capitais
No Brasil, o chamado “fly to quality” (fuga para ativos de maior qualidade) levou o Ibovespa a perder 5,85% na mínima do dia, quando marcou 52.706 pontos.
Com queda menor no fechamento, o índice registrou baixa de 4,83%, aos 53.280 pontos. Esta foi a maior queda diária desde 8 de agosto, quando o Ibovespa recuou mais de 8% e marcou a mínima do ano, de 48.668 pontos. O giro financeiro foi elevado nesta jornada e somou R$ 8,054 bilhões.
EUA
Com a quarta desvalorização consecutiva, a bolsa nacional já acumula baixa semanal de 6,9% e mensal de 5,7%.
Em Wall Street, o índice Dow Jones caiu hoje 3,51%, aos 10.733,83 pontos, enquanto o Nasdaq recuou 3,25%, para 2.455,67 pontos, e o S&P 500 perdeu 3,19%, aos 1.129,56 pontos.
O resultado da reunião do Federal Reserve (FED, o banco central dos EUA) realizada ontem à tarde, quando as bolsas europeias já tinham fechado, frustrou os agentes.
Na visão do estrategista da Santander Corretora, Leonardo Milane, se por um lado o mercado já contava com a chamada “operação twist”, a expectativa em relação ao tom do comunicado era mais otimista.
“Ninguém esperava que o Fed fosse jogar a toalha como fez, já que o mercado estava mais pessimista que o banco. Ontem o discurso do Fed mudou, ao deixar clara a chance de o desaquecimento da economia ser mais forte”, observa.
Default na Grécia
Ainda que a reação dos investidores tenha sido desenfreada na ponta vendedora, inclusive com a zeragem de posições, Milane ressalta que já tinha uma visão mais pessimista para a bolsa e recomendava aos clientes ficarem “short” (vendidos, com aposta na baixa) em Ibovespa para hedgear suas posições.
“Estamos vendo uma corrida para ativos de perfil de risco bastante conservador. A cautela ainda prevalece”, destaca.
No caso específico da Grécia, o estrategista assinala que o problema do país não é de liquidez, como tem sido encarado, mas de solvência. “A pura e simples injeção de capital não resolve a situação. É mais fácil assumir um default. Vira-se a página e o transatlântico para o caminho certo”, diz Milane, que tem uma visão de curto e médio prazo de bolsa “de lado”, com viés de baixa.
Indústria em queda na China
Além da crise da dívida soberana europeia e o risco de nova recessão nos Estados Unidos, o dia contou com notícias negativas da China. Dados preliminares mostraram que a atividade manufatureira do país em setembro teve queda, segundo o HSBC.
A deterioração da economia chinesa é mais um ingrediente explosivo da crise mundial, que pode ser particularmente nocivo para os países ditos emergentes, especialmente o Brasil, que hoje tem na China o principal mercado para suas commodities, cujos preços estão caindo e tendem a recuar ainda mais.
Na Europa, as principais bolsas de valores registraram nesta quinta-feira (22), queda média de 4%, enquanto na Ásia a queda foi, em média, de 4,85%. As bolsas europeias que declinaram foram Londres (Reino Unido), Paris (França), Frankfurt (Alemanha), Madri (Espanha), Zurique (Suíça) e Lisboa (Portugal). Analistas europeus definiram esta quinta-feira como um dia negro para o mercado financeiro.
Um movimento mundial de aversão a risco levou os mercados financeiros a viverem um dia de fúria, evidenciando o avanço implacável da crise mundial do capitalismo, que parece indiferente e adversa às intervenções dos Estados. As bolsas asiáticas, europeias, americanas e brasileira desabaram junto com as commodities, enquanto o preço do dólar e a procura pelos títulos públicos dos EUA subiu.
O pânico que tomou conta das mesas de operação, entretanto, apenas reproduziu um sentimento já constante de preocupação com uma nova crise global, com a recessão das maiores economias.
Fuga de capitais
No Brasil, o chamado “fly to quality” (fuga para ativos de maior qualidade) levou o Ibovespa a perder 5,85% na mínima do dia, quando marcou 52.706 pontos.
Com queda menor no fechamento, o índice registrou baixa de 4,83%, aos 53.280 pontos. Esta foi a maior queda diária desde 8 de agosto, quando o Ibovespa recuou mais de 8% e marcou a mínima do ano, de 48.668 pontos. O giro financeiro foi elevado nesta jornada e somou R$ 8,054 bilhões.
EUA
Com a quarta desvalorização consecutiva, a bolsa nacional já acumula baixa semanal de 6,9% e mensal de 5,7%.
Em Wall Street, o índice Dow Jones caiu hoje 3,51%, aos 10.733,83 pontos, enquanto o Nasdaq recuou 3,25%, para 2.455,67 pontos, e o S&P 500 perdeu 3,19%, aos 1.129,56 pontos.
O resultado da reunião do Federal Reserve (FED, o banco central dos EUA) realizada ontem à tarde, quando as bolsas europeias já tinham fechado, frustrou os agentes.
Na visão do estrategista da Santander Corretora, Leonardo Milane, se por um lado o mercado já contava com a chamada “operação twist”, a expectativa em relação ao tom do comunicado era mais otimista.
“Ninguém esperava que o Fed fosse jogar a toalha como fez, já que o mercado estava mais pessimista que o banco. Ontem o discurso do Fed mudou, ao deixar clara a chance de o desaquecimento da economia ser mais forte”, observa.
Default na Grécia
Ainda que a reação dos investidores tenha sido desenfreada na ponta vendedora, inclusive com a zeragem de posições, Milane ressalta que já tinha uma visão mais pessimista para a bolsa e recomendava aos clientes ficarem “short” (vendidos, com aposta na baixa) em Ibovespa para hedgear suas posições.
“Estamos vendo uma corrida para ativos de perfil de risco bastante conservador. A cautela ainda prevalece”, destaca.
No caso específico da Grécia, o estrategista assinala que o problema do país não é de liquidez, como tem sido encarado, mas de solvência. “A pura e simples injeção de capital não resolve a situação. É mais fácil assumir um default. Vira-se a página e o transatlântico para o caminho certo”, diz Milane, que tem uma visão de curto e médio prazo de bolsa “de lado”, com viés de baixa.
Indústria em queda na China
Além da crise da dívida soberana europeia e o risco de nova recessão nos Estados Unidos, o dia contou com notícias negativas da China. Dados preliminares mostraram que a atividade manufatureira do país em setembro teve queda, segundo o HSBC.
A deterioração da economia chinesa é mais um ingrediente explosivo da crise mundial, que pode ser particularmente nocivo para os países ditos emergentes, especialmente o Brasil, que hoje tem na China o principal mercado para suas commodities, cujos preços estão caindo e tendem a recuar ainda mais.
Na Europa, as principais bolsas de valores registraram nesta quinta-feira (22), queda média de 4%, enquanto na Ásia a queda foi, em média, de 4,85%. As bolsas europeias que declinaram foram Londres (Reino Unido), Paris (França), Frankfurt (Alemanha), Madri (Espanha), Zurique (Suíça) e Lisboa (Portugal). Analistas europeus definiram esta quinta-feira como um dia negro para o mercado financeiro.
Realmente trágico, mas não me atinge gostaria de saber a quem atinge realmente as quedas bruscas...
ResponderExcluirAfinal de contas quem investe nas bolsa corre o risco que é de natureza conhecida!
Penso que talvez tenhamos que inovar em outro setores globais e reenventar como os bancos devem ser tratados a partir de agora.