Da Rede Brasil Atual:
Conforme esperado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu pela segunda reunião seguida a taxa básica de juros, a Selic. O corte foi novamente de meio ponto percentual, para 11,5% ao ano. A decisão foi unânime e sem viés.
A redução condiz com declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, sobre ajustes moderados na taxa, segundo ele compatíveis com a convergência da inflação para o centro da meta (4,5%) no ano que vem. "O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012", diz nota divulgada logo após o término da reunião, nesta quarta-feira (19).
Foi a sétima reunião do Copom no governo Dilma, já sob a gestão Tombini, que substituiu Henrique Meirelles. Nas cinco primeiras, o comitê aumentou a taxa básica, que de 10,75% (no final de 2010 e início deste ano) chegou a 12,5%, recuando um ponto percentual nos dois últimos encontros. Assim, em 2011 o Copom chegou a aumentar a taxa em 1,75, para depois cortar um ponto.
Em entrevista recente, o presidente do BC disse que a esperada moderação da economia brasileira, um dos objetivos da política monetária, já havia acontecido.
Repercussão
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro, disse que considerou lento o ritmo de queda da taxa. "É preciso ousar e acelerar o corte da Selic, porque o Brasil ainda mantém o título de campeão mundial dos juros, o que freia o emprego, a produção e o desenvolvimento, e somente incentiva a entrada de capital especulativo", afirmou.
Também para o presidente da Força Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), o corte foi pequeno. "O Copom acertou no remédio, mas errou na dose. Infelizmente, os membros do Banco Central se transformaram em fiéis escudeiros dos especuladores", criticou. De positivo, ele avalia que a redução do índice "reflete a pressão da sociedade, especialmente do movimento sindical, que constantemente tem se manifestado a favor de queda ousada na taxa básica de juros".
O movimento de queda deve continuar, pediu o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmando que a redução de meio ponto corresponde a uma economia de R$ 8,5 bilhões aos cofres públicos. Na terça-feira (18), a Fiesp e a Abimaq (associação da indústria de máquinas e equipamentos) participaram de manifestação pelo corte dos juros ao lado da CUT, Força e dos sindicatos dos Metalúrgicos do ABC e de São Paulo.
"Considero insuficiente a queda de 0,5% para que o país continue a enfrentar a crise financeira internacional e espero que a taxa de juros continue caindo em um percentual maior ainda”, declarou o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes. .
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão foi acertada e "vem em linha com as preocupações crescentes sobre o agravamento da crise econômica mundial e seus efeitos na expansão da economia brasileira". A entidade avalia que o momento econômico "já começa a provocar uma desaceleração na economia brasileira e terminará por se refletir no cenário inflacionário, não se justificando a manutenção de uma política monetária restritiva". Por outro lado, acrescenta, é preciso observar o compromisso com a meta da inflação para 2012.
Conforme esperado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu pela segunda reunião seguida a taxa básica de juros, a Selic. O corte foi novamente de meio ponto percentual, para 11,5% ao ano. A decisão foi unânime e sem viés.
A redução condiz com declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, sobre ajustes moderados na taxa, segundo ele compatíveis com a convergência da inflação para o centro da meta (4,5%) no ano que vem. "O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012", diz nota divulgada logo após o término da reunião, nesta quarta-feira (19).
Foi a sétima reunião do Copom no governo Dilma, já sob a gestão Tombini, que substituiu Henrique Meirelles. Nas cinco primeiras, o comitê aumentou a taxa básica, que de 10,75% (no final de 2010 e início deste ano) chegou a 12,5%, recuando um ponto percentual nos dois últimos encontros. Assim, em 2011 o Copom chegou a aumentar a taxa em 1,75, para depois cortar um ponto.
Em entrevista recente, o presidente do BC disse que a esperada moderação da economia brasileira, um dos objetivos da política monetária, já havia acontecido.
Repercussão
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro, disse que considerou lento o ritmo de queda da taxa. "É preciso ousar e acelerar o corte da Selic, porque o Brasil ainda mantém o título de campeão mundial dos juros, o que freia o emprego, a produção e o desenvolvimento, e somente incentiva a entrada de capital especulativo", afirmou.
Também para o presidente da Força Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), o corte foi pequeno. "O Copom acertou no remédio, mas errou na dose. Infelizmente, os membros do Banco Central se transformaram em fiéis escudeiros dos especuladores", criticou. De positivo, ele avalia que a redução do índice "reflete a pressão da sociedade, especialmente do movimento sindical, que constantemente tem se manifestado a favor de queda ousada na taxa básica de juros".
O movimento de queda deve continuar, pediu o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmando que a redução de meio ponto corresponde a uma economia de R$ 8,5 bilhões aos cofres públicos. Na terça-feira (18), a Fiesp e a Abimaq (associação da indústria de máquinas e equipamentos) participaram de manifestação pelo corte dos juros ao lado da CUT, Força e dos sindicatos dos Metalúrgicos do ABC e de São Paulo.
"Considero insuficiente a queda de 0,5% para que o país continue a enfrentar a crise financeira internacional e espero que a taxa de juros continue caindo em um percentual maior ainda”, declarou o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes. .
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão foi acertada e "vem em linha com as preocupações crescentes sobre o agravamento da crise econômica mundial e seus efeitos na expansão da economia brasileira". A entidade avalia que o momento econômico "já começa a provocar uma desaceleração na economia brasileira e terminará por se refletir no cenário inflacionário, não se justificando a manutenção de uma política monetária restritiva". Por outro lado, acrescenta, é preciso observar o compromisso com a meta da inflação para 2012.
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